![]() Por que o Justo Sofre e o Ímpio é Poupado?
Data: 14/02/2025
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Teto: Silvio Dutra
Voz: Silio Dutra Por que o Justo Sofre e o Ímpio é Poupado? Estaremos apresentando o comentário de Matthew Henry sobre o texto de II Cron 7.12.22, em que podemos aprender que apesar de conter um princípio que se aplicava especialmente à Antiga Aliança, o mesmo é condizente com a Nova Aliança em Jesus Cristo, quanto ao cuidado que devem ter todos os crentes nesta presente dispensação, em relação à atitude e conduta santas que devem ter perante Deus durante toda a sua jornada terrena, para que não sejam sujeitados à correção do Senhor com disciplina, repreensões e castigos, ainda que não para uma perdição eterna, mas para que possam retornar à comunhão com Ele. Um viver abençoado por Deus não exclui tribulações e aflições, mas inclui a necessidade de arrependimento e conversão contínuos para que possamos ser livrados e curados por ele. Deus não dará o inferno aos ímpios aqui na terra, pois os terá no inferno eternamnte depois que partirem deste mundo; mas aos crentes, permite que sejam afligidos por Satanás e pelos próprios ímpios, pois lhe dará eternamente o céu, e por isso os corrige porque são seus filhos, de modo que o julgamento começa por sua própria casa, para servir de alerta para os que não creem em Cristo, que o fato de serem deixados por Ele a si mesmos, para praticarem toda a sorte de pecados sem sofrerem um imediato juízo da parte do Senhor, não significa que isto sucede porque estão contando com o Seu agrado ou favor. E o próprio diabo não os perseguirá e perturbará como faz com os crentes, para que eles não sejam despertados do sono de morte em que se encontram, e assim, por mais que se alegrem ou fiquem em paz neste mundo; o inimigo os está conduzindo para permancerem na condenação eterna, sem julgarem necessário se converterem a Cristo. Este foi o dilema do salmista no Salmo 73, em que afirma que ao ver a prosperidade dos ímpios e os justos sendo afligidos neste mundo, julgou que havia sido em vão que tinha se esforçado para viver piedosamente em Deus, mas isto durou até que entrou no santuário e em oração percebeu que um castigo eterno estava reservado para todos os ímpios, e um céu de glória para os justos. De modo que o crente que está buscando uma vida sem tribulações neste mundo para que possa se sentir abençoado e feliz, não deve esperar por isto porque o diabo anda sempre em derredor buscando a quem possa tragar, e o descanso do crente não consiste em uma vida sem aflição aqui na Terra; mas em contar com a graça e a força de Jesus para ser livrado do mal. A isto se refere o apóstolo Pedro: “12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; 13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; 16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem. (I Pe 4.12-19) Vejamos então agora o texto de II Crôn 7.12-22: “12 De noite, apareceu o SENHOR a Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. 13 Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 14 se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. 15 Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. 16 Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela, estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias. 17 Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres segundo tudo o que te ordenei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, 18 também confirmarei o trono do teu reino, segundo a aliança que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará sucessor que domine em Israel. 19 Porém, se vós vos desviardes, e deixardes os meus estatutos e os meus mandamentos, que vos prescrevi, e fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, 20 então, vos arrancarei da minha terra que vos dei, e esta casa, que santifiquei ao meu nome, lançarei longe da minha presença, e a tornarei em provérbio e motejo entre todos os povos. 21 Desta casa, agora tão exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará e dirá: Por que procedeu o SENHOR assim para com esta terra e esta casa? 22 Responder-se-lhe-á: Porque deixaram o SENHOR, o Deus de seus pais, que os tirou da terra do Egito, e se apegaram a outros deuses, e os adoraram, e os serviram. Por isso, trouxe sobre eles todo este mal.” Que Deus aceitou a oração de Salomão apareceu pelo fogo do céu. Mas uma oração pode ser aceita e ainda não respondida na letra; e, portanto, Deus apareceu a ele durante a noite, como fez uma vez antes, e depois de um dia de sacrifício também, como então, e deu a ele uma resposta peculiar à sua oração. Já tínhamos a substância disso antes, 1 Reis 9. 2-9. I. Ele prometeu possuir esta casa para uma casa de sacrifício para Israel e uma casa de oração para todas as pessoas (Is 56. 7): Meu nome estará lá para sempre (v. 12, 16), isto é, "Haverá Eu me dou a conhecer e lá serei chamado”. II. Ele prometeu responder às orações de seu povo que a qualquer momento fossem feitas naquele lugar, v. 13-15. Julgamentos nacionais são aqui supostos (v. 13), fome e pestilência, e talvez guerra, pois os gafanhotos devorando a terra significavam inimigos tão gananciosos quanto gafanhotos e devastando tudo. 2. Arrependimento nacional, oração e reforma são necessários, v. 14. Deus espera que seu povo que é chamado por seu nome, se desonrou seu nome por sua iniquidade, o honre aceitando o castigo de sua iniquidade. Eles devem se humilhar sob sua mão, devem orar pela remoção do julgamento, devem buscar a face e o favor de Deus; e, no entanto, tudo isso não funcionará, a menos que eles se afastem de seus maus caminhos e retornem ao Deus de quem se revoltaram. 3. A misericórdia nacional é então prometida, que Deus perdoará seus pecados, que trouxe o julgamento sobre eles, e então curará sua terra, corrigirá todas as suas queixas. A misericórdia que perdoa abre caminhos para a misericórdia que cura, Sl 103. 3; Mateus 9. 2. III. Ele prometeu perpetuar o reino de Salomão, com a condição de que ele perseverasse em seu dever, v. 17, 18. Se ele esperava o benefício da aliança de Deus com Davi, deveria imitar o exemplo de Davi. Mas ele colocou diante de si tanto a morte quanto a vida, tanto a maldição quanto a bênção. 1. Ele supôs ser possível que, embora eles tivessem construído este templo para a honra de Deus, eles pudessem ser desviados para adorar outros deuses, v. 19. Ele conhecia a propensão deles para cair naquele pecado. 2. Ele ameaçou com certeza que, se o fizessem, certamente seria a ruína da igreja e do estado. (1.) Seria a ruína de seu estado, v. 20. "Embora tenham criado raízes profundas, e por muito tempo, nesta boa terra, ainda assim os arrancarei pela raiz, extirparei toda a nação, os arrancarei como os homens arrancam ervas daninhas de seu jardim, que são lançadas para o monturo." (2.) Seria a ruína de sua igreja. Este santuário não seria um santuário para eles, para protegê-los do julgamento de Deus, como eles imaginaram, dizendo: O templo do Senhor somos nós, Jeremias 7. 4. "Esta casa que é alta, não apenas pela magnificência de sua estrutura, mas pelos fins e usos projetados para ela, será um espanto, cairá maravilhosamente (Lam 1. 9), para espanto de todos os vizinhos
Enviado por Silvio Dutra Alves em 14/02/2025
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