Legado Puritano

Quando a Piedade Tinha o Poder

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Mente Natural e Mente Espiritual – Parte 4
Data: 02/03/2025
Créditos:
Texto: Silvio Dutra
Voz: Silio Dutra

Mente Natural e Mente Espiritual – Parte 4

A chamada eficaz para a conversão é para a coparticipação do crente da santidade divina (Hebreus 12.10; II Pedro 1.4) e não da Sua onisciência, onipresença e onipotência e todos os seus demais atributos não comunicáveis, sendo exclusivos da divindade. Quando Eva foi tentada por Satanás a comer do fruto proibido e que dando-o a seu marido, ambos se tornariam exatamente como Deus, esta tenha sido talvez a maior mentira e o maior engano produzido pelo diabo, pois se Eva e Adão olhassem apenas para si mesmos e ao redor, e para o céu, contemplando tudo o que Deus havia criado a partir do nada, talvez tivessem refletido sobre a impossibilidade de serem exatamente como Deus com todo o Seu conhecimento, sabedoria e poder, e mesmo com sua mente natural, poderiam ter continuado crendo na Palavra de Deus de que no dia que comessem do fruto morreriam, em vez de terem dado crédito ao engano e à mentira de Satanás.

A compreensão desta realidade, conforme revelada nas Escrituras, é fundamental para que possamos ter um viver equilibrado e sensato quanto ao modo que devemos ter separadas diante de nós como deve ser o nosso comportamento tanto em relação às coisas que são naturais, e às que são espirituais.

Por exemplo: Não devemos usar em nossa pregação do evangelho, em nossas orações, louvores, adoração, comunhão dos santos nas reuniões de culto, uma abordagem realizada meramente com a mente natural, mas sobretudo com a espiritual, conforme dizer dos apóstolos:

10 Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! I Pedro 4.11.

26 Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação. II Cor 14.26.

Daí decorre em sentido oposto, a ordenança de Jesus de que não se deve lançar pérolas a porcos e coisas santas a cães, ou seja, não fazer uso das coisas que são espirituais e que operam na mente espiritual, àqueles que resistem a elas e as desprezam com sua mente natural e carnal.

No trabalho com o que é natural, devemos usar nossa mente natural, de preferência, com o auxílio da espiritual, pedindo a Deus sabedoria e capacitação para a realização do trabalho que devemos realizar no mundo secular.

Podemos e devemos recorrer a médicos, para receber orientação e tratamento de enfermidades físicas e naturais. Mas tendo antes entregado o nosso problema nas mãos de Deus, para receber dele instrução, proteção e cura.

Agora, esta mente espiritual que foi recebida na conversão inicial, deve ser renovada continuamente pelo Espírito Santo, e nisto dependemos de nos consagrarmos ao Senhor, em sincero desejo de conhecer e fazer a Sua vontade. E isto tem mais a ver com nossos afetos e formação de hábitos relacionados ao nosso crescimento na graça e no conhecimento de Jesus (II Pe 3.18). É pela falta disto que é de pouco ou nenhum proveito diante de Deus, a audição de sermões, leitura da Bíblia, louvores, em que a mente espiritual não esteja em exercício, mas somente a mente natural (esta que a propósito não tem qualquer interesse nas coisas celestiais e divinas, em sua natureza espiritual). É daí que decorre o apóstolo ter dito que a letra mata, e que o espírito vivifica, e nosso Senhor Jesus Cristo que disse que a carne para nada aproveita, e que é o espírito que vivifica, ou seja, o que é simplesmente natural não pode produzir a vida eterna sobrenatural que há em Jesus. A carne é fraca para tal propósito, ou seja, não possui o poder necessário para tal, e nem mesmo está habilitada e capacitada para o mesmo.

2 Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens,

3 estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.

4 E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus;

5 não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,

6 o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.

7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente,

8 como não será de maior glória o ministério do Espírito!

9 Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.

10 Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória.

11 Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente. II Cor 3.2-11.

 

Enviado por Silvio Dutra Alves em 01/03/2025



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