Legado Puritano

Quando a Piedade Tinha o Poder

Áudios

Purificação Total
Data: 29/05/2025
Créditos:
Texto: Silvio Dutra
Voz: Silvio Dutra

Purificação Total

A paz do Senhor Jesus esteja com todos os amados leitores. Nós estamos com o desejo de colocar neste momento algo que tem sido grandemente esquecido por boa parte da própria igreja de Cristo, nesses dias difíceis e trabalhosos, conforme profetizados na própria Palavra de Deus. E é com muita expectativa de que o que temos em vista para ser falado, possa tocar profundamente em nossas almas, de maneira que nunca esqueçamos do que é essencial e fundamental para uma verdadeira salvação, e comunhão com Deus através de Jesus Cristo; que tenhamos sempre diante de de nós a grande verdade, que desde que o primeiro homem pecou a sua própria justiça, ficou inteiramente arruinada e com ele, a de toda a sua descendência, porque Deus fizera um pacto, uma aliança, com toda a humanidade através de Adão, dizendo-lhe que era necessário que ele, em tudo, fosse perfeito, diante dele, e obediente, quer por obras, pensamentos, atitudes, pensamento de modo geral, e isso, num viver piedoso e santo, rejeitando o mal, quando este lhe viesse a ser apresentado, sob a forma de tentação, como fora de fato, e sempre escolhendo o bem. Então era um pacto de obras, um pacto em que o próprio homem responderia por si mesmo diante de Deus, quanto a ser aceito por ele e a agradá-lo. Mas quando Adão pecou, toda a sua descendência foi encerrada na sua desobediência. Todos foram encerrados sob o pecado, como afirmam as Escrituras, de maneira que já na nenhuma justiça, em qualquer pessoa, desde o princípio, em que Adão pecou, que possa apresentá-la diante de Deus, para que seja aceita como filho, em comunhão, e coparticipante da sua natureza, em amor, de forma que, na verdade, queridos, todos nós somos um poço de pecados, em profundidades que não podem ser medidas, porque o pecado é algo que ficou de tal forma entranhado na nossa natureza, que nos tornamos inimigos de Deus, pois a carne é inimizade contra Deus. Há uma condição estabelecida, em que por melhores que sejam as nossas intenções, os nossos empenhos, as nossas promessas de reforma, jamais poderemos apagar uma só vírgula, um só til do pecado em nossa vida, de maneira que um ato bom jamais poderia cobrir um mau ato, um bom pensamento, um mau pensamento, conforme o dizer do apóstolo Tiago, que aquele que guarda toda lei mas descumpre um só preceito, ele é achado culpado, de todos os demais. Por que isso? Porque a justiça de Deus, seu atributo de justiça, e inerente à sua pessoa divina, estando intimamente ligado a ele, exige, completa conformidade com a Sua santidade, de todo ser moral, seja ele anjo ou homem, para que seja considerado justo por Deus. Para aceitação pela Sua justiça, é preciso que essa pessoa não tenha em si a mínima mancha de pecado, uma mínima falha, uma mínima mancha, um mínimo erro é suficiente para que a justiça determine que tal pessoa seja morta, física, espiritual e eternamente; de maneira que tendo entrado o pecado no mundo, com ele entrou a morte, morte essa, como vemos no plano físico, ninguém pode escapar da mesma, como que sendo indicativo de que assim como o homem morre fisicamente, também ele está morto espiritualmente e essa morte espiritual que é a separação de Deus, ela será uma morte eterna depois que acontece a morte física. Então, por grande misericórdia, por sua grande bondade, seu grande amor, por seus outros atributos, que contrabalançam, com o atributo da justiça e do juízo, e da ira divina, determinou salvar alguns desta terrível e miserável condição.

E a única forma, disto ser feito, é que como está efetivamente declarado pela justiça de Deus o pecador deve morrer. Então, Deus fez isso, dando o Jesus Cristo para morrer a nossa morte.

Ele é o substituto, o seu sacrifício responde por nós, diante de Deus, de maneira que a justiça de Deus seja satisfeita, pelo estabelecimento de um novo pacto, de uma nova aliança, onde não mais respondemos perante ele por nossa própria justiça, mas por termos ou não, a justiça de Jesus que se tornam da parte de Deus para nós, a nossa justiça. É por ele que nós somos justificados. Se estamos nele, somos vistos por Deus como também mortos para o pecado nele, pois a morte dele passa a ser considerada a nossa morte.

Mas voltando ao início, devemos lembrar que um só ato de transgressão, um só erro, uma só falha, uma só mancha, torna o homem culpado diante de Deus, e isto é visto lá no pacto de obras que foi feito com o primeiro homem, e que foi confirmado na antiga aliança, esse mesmo pacto de obras através da Lei que foi dada através de Moiés, para a nação de Israel, para ser guardado durante o período em que aquela aliança vigorou de Moisés, até a morte de nosso Senhor Jesus Cristo.

Ora, então, há de se entender que, mesmo estando na graça, sob a salvação que há em Jesus, tendo a nossa culpa sido perdoada por Deus, sendo transferida para ele na cruz, todavia, o Deus que não muda, o Deus que é santo r diz: vocês serão  santos para mim, porque eu sou santo, e que diz que ele é o Deus que nos santifica, que nos purificaria de toda a injustiça, por meio do sangue de Jesus que seria derramado sobre nós, para que fôssemos lavados e purificados de toda a iniquidade, de toda a imundícia, entende-se então que isso não mudou. A exigência de santificação permanece de modo que se diz que sem santificação ninguém verá o Senhor, e nosso Senhor Jesus Cristo nos aponta o dever de servos perfeitos como o Pai é perfeito, e diz o apóstolo João que se dissermos que não temos pecado nós mentimos, a verdade não está em nós, mas se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Então irmãos, há esta obra necessária da purificação em progresso em nós pelo processo da santificação para que sejamos aceitos por Deus, porque o amor procede de um coração puro e são os puro de coração que verão a Deus, por isso que são bem-aventurados.

Ó, se temos em nós o pecado como algo que remanesce na velha criatura, na nossa carne, no velho homem, como poderíamos então nos aproximarmos de Deus e agradá-lo, tendo esta condição de impureza agarrada a nós?

Por isso foi feita uma nova aliança, não para que Deus passasse a mão por cima dos nossos pecados, não para que ele, ignorasse a nossa real condição, ou então que fizesse agora um pacto, onde ele relaxasse mais a exigência que havia no inicio da criação, para que nós pudéssemos nos aproximar dele mesmo sendo impuros... Não!

A Palavra diz que se a nossa consciência nos acusar, e se nós fizermos pedidos para gastar nos nossos próprios prazeres, pedimos mal, e não receberemos nada do Senhor, o que isso quer apontar então, senão para a necessidade de confissão, de arrependimento, de uma busca real de contrição de espírito diante do Senhor, para que ele nos lave pelo Espírito e assim sendo lavados, possamos efetivamente entrar na sua presença no Santo dos Santos celestial,como se vê lá em Hebreus 10, pelo novo, e vivo caminho que nos foi aberto, através do véu, a saber pela carne de Jesus. Por sua morte na cruz, ele abriu o caminho direto para o Santo dos Santos, mas para lá entrarmos em espírito, há necessidade de uma boa consciência, de que o corpo seja lavado com água pura, que o coração não nos condene, que tenhamos o coração puro, e quem nos dá essa condição é somente o Espírito Santo de Deus, quando nos humilhamos diante do Senhor e buscamos isso, diante dele, com toda a nossa força, toda nossa alma, todo o nosso entendimento, por amor a ele, isio é. amor de fato porque sem amor nada nos recomendará ao Senhor, pois trabalha através dos nossos afetos espirituais, ele nos chama a nos aproximar, mas no que nos chama a nos aproximarmos ele se santifica em nós, ele visita os pecados, ele estabelece os juizos corretivos, ele santificará para para que passamos estar diante dele, da maneira pela qual convém estarmos, a saber, de modo digno da nossa chamada, que foi uma chamada em santificação no Espírito Santo. Não nos iludamos, entao, pensando que podemos agradar a Deus, vivendo do modo que bem entendermos, e sob a alegação de que já que estamos na graça, o sangue de Jesus responderá por tudo, por nós, e que sempre nos abençoará, sempre estará em comunhão conosco independentemente do que sintamos, do que façamos, do que pensemos, do que venhamos a nos omitir a fazer como sendo o nosso dever, e o descumpramos, deliberadamente.

Possa, então, estar sempre diante de nós a visão  que o pacto de obras nos aponta para nossa incapacidade de agradarmos a Deus, pelo nosso próprio poder, pela nossa própria justiça, que a propósito é nenhuma diante do Senhor; da nossa condição de pecadores, para que passamos, recorrer sempre a Jesus e de forma real, e espiritual para que ele nos torne santificados, para que ele purifique as nossas almas, nosso entendimento, o nosso coração, de maneira que possamos ter real comunhão em espírito, com Deus Pai, e para que o nome do Filho seja glorificado. E assim, nós queremos pedir ao Senhor que realize esta obra em cada um de nós, pelo seu Espírito, estando cada um de nós, devidamente instruídos pela Palavra, que Jesus veio para tirar o pecado do mundo, ele não veio para nos salvar nos nossos pecados, ele veio para nos livrar do pecado, para que passamos ser apresentados diante do Pai, santos e incapáveis, pela relação de íntima comunhão que temos com ele, em vidas verdadeiramente piedosas e santificadas pelo Espírito Santo. Amém.

Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/05/2025



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