Eis que sempre vem o sol Como saído de um esconderijo Trazendo calor, luz e vida.
Porventura não traz consigo a mensagem
De que nada valem sentimentos de morte
Se o próprio Deus não é Deus de morte
Mas de vida?
Olhe ao redor e se encante
Escolha a alegria e se levante
É certo que há o que entristece
Mas seja alegre e desfrute.
Desfrute tudo o que for lícito
Não se deixe prender por nada terreno
Mas use com alegria o que Deus criou.
A própria imaginação é um dom divino
E com ela também criamos coisas úteis,
belas, aprazíveis.
Tudo que é bom nos clama:
Desfrute.
O tempo passa
E coisas há
Não apropriadas à velhice.
Voltar no tempo é impossível.
Viva então o presente
Segundo o modo apropriado
A cada fase da vida.
É certo que há uma vida melhor
Um tempo inigualável
Pelo qual esperamos.
Importa entretanto viver neste tempo
Aguardando o tempo que vem chegando
Como se as promessas já estivessem cumpridas
Porque não foi para a morte que fomos criados
Mas para a vida.
Não para a tristeza, mas para a alegria.
Não para a tormenta, mas para a paz.
Aprimore portanto o seu pensamento
Fixando-se naquilo que é bom e agradável
Diga não para os sentimentos de morte
Respire o ar espiritual da vida
Afinal, respirar não é próprio da morte
Mas da vida.
Exercite-se, trabalhe, caminhe e ore
Não se permita ser vencido por si mesmo
Entregando-se a um desalentado esquecimento
De tudo aquilo que lhe tem sido disponibilizado
Esperando apenas ser desfrutado.