Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Áudios
SALMO 38 – Salmo de Davi
Data: 22/01/2013
Créditos:
Texto: Silvio Dutra
Voz: Silvio Dutra
Edição de som: Silvio Dutra
Software de edição: Audacity
Agradecimentos a nosso Senhor Jesus Cristo
SALMO 38 – Salmo de Davi
 
Este salmo revela o modo muito sério que Davi considerava o pecado.
Não o reputava como coisa pequena, sem importância, como os que se desculpam por causa da fraqueza da natureza terrena.
Ele não fazia isto porque bem conhecia qual é o poder muito superior da graça de Deus, ao poder do pecado, de forma que nunca se permitiria ficar vencido pelo pecado, sabendo que seria uma grande afronta para o Senhor rejeitar a concessão de tão grande graça que Ele mantém a disposição de todos os Seus filhos.
Isto era também grande em Davi, porque se podemos dizer dele que teve uma vida cheia de percalços, podemos também dizer que foi grande em se arrepender diante do Senhor.
Com isto, ele achava até mesmo em suas fraquezas, oportunidade de exaltar e engrandecer o Senhor, por se diminuir a seus próprios olhos, e reconhecer a sua total pobreza de espírito, ao mesmo tempo que recorria à graça do Senhor para ser perdoado.
É preciso aprendermos com ele nesta parte, porque muitos se deixam atormentar por seus pecados, não por causa de terem entristecido ao Senhor, mas porque se sentem desonrados por si mesmos, e se entregam a auto-comiserações que são na verdade altas expressões de justiça própria e de incredulidade na bondade, misericórdia, amor e poder de Deus, em nos perdoar e aceitar. 
Davi, ao contrário disto, reconhecia a sua culpa, e tinha o Senhor sempre por justo em tudo o que lhe sucedia, no entanto, se entregava inteiramente ao Seu cuidado, sabendo que é muito bondoso e misericordioso, e isto é fé na prática, é honra na prática, e disto o Senhor se agrada.  
  
“Não me repreendas, SENHOR, na tua ira, nem me castigues no teu furor. 
Cravam-se em mim as tuas setas, e a tua mão recai sobre mim. 
Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado.
Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniquidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças.
Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura. 
Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo. 
Ardem-me os lombos, e não há parte sã na minha carne. 
Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração.
Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta. 
Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo.
Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe.
Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam engano todo o dia.
Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. 
Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica.
Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu.
Porque eu dizia: Não suceda que se alegrem de mim e contra mim se engrandeçam quando me resvala o pé. 
Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre perante mim. 
Confesso a minha iniquidade; suporto tristeza por causa do meu pecado. 
Mas os meus inimigos são vigorosos e fortes, e são muitos os que sem causa me odeiam. 
Da mesma sorte, os que pagam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom.
Não me desampares, SENHOR; Deus meu, não te ausentes de mim. 
Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha.” 
 
Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/11/2012
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras