“Ao SENHOR ergo a minha voz e clamo, com a minha voz suplico ao SENHOR.
Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação. Quando dentro de mim me esmorece o espírito, conheces a minha vereda. No caminho em que ando, me ocultam armadilha. Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse. A ti clamo, SENHOR, e digo: tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. Atende o meu clamor, pois me vejo muito fraco. Livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem.”
Quando este salmo foi escrito, Davi ainda não reinava - ele estava sendo perseguido por Saul, e se encontrava escondido numa caverna, completamente desamparado, pois não havia nenhum lugar de refúgio que fosse seguro, nem mesmo a caverna em que se encontrava, tal o grande número de espiões que estavam a serviço de Saul. No entanto, ele sabia que seu clamor seria atendido, porque fizera do Senhor o seu refúgio, e não pusera sua confiança para ser livrado na força do homem, senão no poder de Deus.
Podemos cometer dois grandes erros na aflição;
. o primeiro está na acomodação ao mal, em nossa descrença, pensando que Deus não está interessado em fortalecer nosso coração e alegrar nossa alma - então não clamamos por socorro, como fez Davi; não oramos, não confiamos, não cremos.
. o segundo grande erro é o de subestimar a dor, e tocarmos a vida com o coração atribulado, julgando que somos mais fortes do que qualquer problema.
Davi não tinha vergonha de assumir e reconhecer, que há situações em que o nosso inimigo, seja ele qual for, e venha na forma em que for, é mais forte do que nós; assim não temos outra alternativa, senão a de recorrer ao auxílio do Altíssimo, do Todo Poderoso.
Há um mistério nisto, que Paulo bem conheceu: "quando somos fracos então somos fortes".
A graça do Senhor se revela poderosa em nossa fraqueza.
O ato de prosseguir tentando parecer ser mais forte, do que as forças que nos oprimem e deprimem, pode fazer com que nós, nesta nossa auto-confiança venhamos a ficar amargurados, endurecidos, obstinados e frios.
O poder não é nosso, nem das forças que nos assolam, mas é exclusivo de Jesus Cristo. Todo o poder Lhe foi dado nos céus e na terra, Ele tem autoridade sobre tudo e todos.
É seu prazer nos ajudar quando clamamos por socorro.
Assim, nossa primeira ocupação é a de recorrer a Deus. Façamos conhecidas de Deus, as nossas dúvidas e temores.
Quando estamos na caverna da aflição, não são palavras religiosas que irão nos ajudar, mas colocar toda nossa angústia diante de Deus.
Tal como uma criança, devemos dizer ao Senhor todas as nossas angústias, queixas, misérias, e temores.
Se lhe confessarmos tudo, Ele dará ao nosso espírito um grande alívio, pois tem prometido libertar do cativeiro a alma, que clama a Ele por socorro na angústia.
"invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. [Sl 50: 15]
Vão é o socorro humano, quando estamos na caverna. Deus pode levantar homens para virem em nosso auxílio, mas devemos reconhecer que eles não viriam e não agiriam bem em nosso favor, se o Senhor não os dirigisse em tal sentido.
É importante destacar que, quando Davi fez esta oração, ele se encontrava num grande refúgio, que era a caverna de Adulão; Ele estava em companhia de seus familiares e de quatrocentos homens que haviam feito dele, o seu chefe; mas Davi sabia que não há segurança confiável em nada neste mundo, assim se dispôs a buscar o único, verdadeiro e seguro refúgio; o Senhor nosso Deus.
É preciso reconhecer, como Davi, que somente no Senhor há esperança e interesse em socorrer a nossa alma, por isso ele orou assim:
"Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse".
"A ti clamo, Senhor; e digo: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes". [v. 4, 5]
As tribulações aprisionam nossa alma, colocam-na no cárcere, e ali perdemos a alegria da salvação, porque a alma é como um pássaro, que só canta em liberdade.
Os grilhões da maldade, da perseguição do inimigo que busca aprisionar nossa alma, não podem resistir ao poder de Jesus, que quebra todas as cadeias que nos prendem, e nos dá perfeita liberdade.
Podemos caminhar livremente em Jesus - por isso Davi orou:
"Atendes ao meu clamor, pois me vejo muito fraco. Livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu".
"Tira a minha alma do cárcere, para que eu te dê graças ao teu nome: os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem".
(v. 6, 7)
Quando os homens são livrados da prisão, eles agradecem e louvam à pessoa que os libertou - muito mais, nós devemos adorar e louvar a Jesus, pela liberdade que Ele nos dá.
Devemos glorificar o Seu santo nome, porque somente Ele é digno de adoração.
Há uma coisa para ser conhecida em relação às tribulações que sofremos:
Quando Deus quer fazer grande, uma pessoa, Ele primeiro a quebra em pedaços.
Agora, Davi seria rei sobre todo Israel.
Por onde passava o caminho para o trono de Davi?
Pela caverna de Adulão.
Deveria ir para lá, perseguido por Saul, como um pária, um proscrito, porque esse era o caminho que o levaria a ser o rei, que era segundo o coração de Deus.
Vocês não têm reparado em suas próprias vidas, que cada vez que Deus vai dar-lhes crescimento, para levá-los a uma esfera maior de serviço, ou nível mais elevado na vida espiritual; que primeiro vocês são derrubados?
Por isso a Palavra diz, que devemos ter por motivo de toda a alegria, o passar por várias provações, porque esta é a maneira de Deus trabalhar conosco.
Ele faz com que tenhamos fome, antes de nos dar de comer, desnuda-nos antes de nos vestir, e faz de nós nada, antes de fazer algo de nós.
Na aflição da caverna aprendemos a chorar com os que choram; aprendemos a valorizar o sofrimento dos nossos irmãos, e compartilharmos com eles suas lutas, intercedendo e socorrendo-os em suas tribulações.
Sem a caverna não aprenderíamos nenhuma destas coisas; por isso somos exortados a sermos gratos a Deus por tudo, e a entender que todas as coisas cooperam juntamente para o bem dos que amam a Deus.
Lembremos que, quando Deus nos retirar da caverna, uma vez cessado o perigo, ou por termos recebido forças para enfrentá-lo, devemos vigiar para não sairmos nos lamentando, da experiência que passamos; ao contrário, o Senhor quer que O louvemos pelo Seu poderoso livramento, porque os que cantam são os que seguem adiante.
Fora com todo o pessimismo e nuvens de tristeza que venham sobre nós, depois que temos sido libertados por Deus!
Que se encontrem somente palavras de louvor e gratidão em nossos lábios, e outros se juntarão a nós, para receberem da mesma alegria e unção.
Davi agia assim, e devemos agir do mesmo modo, orando juntamente com ele:
"Tira a minha alma do cárcere, para que eu te dê graças ao teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem".
[Sl 142: 7]
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo. Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links: http://retornoevangelho.blogspot.com.br/ http://poesiasdoevangelho.blogspot.com.br/
A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção. Veja a apresentação destas condições no seguinte link: http://aguardandovj.blogspot.com.br/