Não lemos no relato das Escrituras que Adão foi criado filho de Deus, mas que Deus criou o homem.
Este homem criado, o próprio Adão somente poderia se tornar filho de Deus por meio da adoção segundo a fé em Jesus Cristo.
Deus criou a humanidade para se prover de filhos. E estes filhos por direito natural passam a ser herdeiros de Deus para sempre.
E não podem ser deserdados, porque a justiça de Deus, baseada no direito que é segundo a Sua natureza divina, não o permitiria.
Então Adão não seria filho de Deus, a menos por ter recebido dEle a referida condição.
Por isso se diz que Jesus é nossa justiça, não somente no sentido de nos livrar da culpa do pecado, como também para nos conduzir a esta condição de filhos, que foi o propósito de Deus na criação da humanidade.
Como a demanda da filiação aponta necessariamente para a semelhança com Cristo, então passa a ser também uma demanda da justiça divina, que sejam condenados e banidos todos aqueles que não satisfizerem a tal propósito; e que recebam herança e galardões todos aqueles que o cumprirem.
Deve ser assim porque a integridade é uma propriedade absoluta da natureza divina, e pode somente ser achada em todos aqueles que partilham da citada natureza.
Daí a necessidade de sermos feitos coparticipantes da natureza de Deus por meio da nossa união espiritual a Jesus Cristo.