“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” [Gl 5: 16-25]
Uma pessoa santificada tem a garantia de sucesso neste conflito entre o Espírito e a carne, que continua em abençoada paz e ordem em sua alma durante sua continuação - e há um duplo sucesso contra os atos rebeldes dos resquícios do pecado interior, que lutam contra o Espírito.
Suponha que a luta seja considerada em relação a qualquer desejo particular e corrupção, e essa luxúria está em conjunto com alguma tentação poderosa.
Nós temos a segurança suficiente e abençoada de que, se permanecermos no uso diligente de formas e meios de graça (oração, meditação da Palavra, etc.) que nos são atribuídos, e no aperfeiçoamento do uso da assistência fornecida no pacto da graça, não deixaremos de ter sucesso real – a luxúria não vai conceber, gerar e acabar no pecado.
"Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte".[Tg 1: 15]
Mas, se negligenciamos nossos deveres conhecidos e principais preocupações, então não é para se perguntar se, às vezes somos lançados na desordem e frustrados pelo poder do pecado.
Estes deveres a que devemos atender não consistem basicamente em que frequentemos as reuniões públicas de adoração, que sejamos dizimistas e ofertantes constantes, e que façamos muitas outras coisas de caráter dito religioso, porque é possível ser e fazer tudo isso e ainda assim não ter qualquer interesse real na santificação, ou ainda que o tendo, não sermos santificados por meio de tais coisas, pois que o que deve preceder a tudo o que fizermos, para e em nome de Cristo, deve proceder de um andar no Espírito Santo, para que antes de tudo as obras da carne em nossa antiga natureza possam ser vencidas e substituídas pela graça.
Além disso, é o coração revestido com graça que é de valor para Deus e que torna nossa adoração em espírito e em verdade, em um viver realmente santo e piedoso. Não será em Gerizim ou Jerusalém, que Deus deve ser adorado. Não depende do lugar em que O adoremos, mas que isto seja feito a partir do nosso coração em Espírito.
Nunca devemos esquecer, que a expiação do nosso pecado só pode ser realizada por meio do sacrifício que Jesus ofereceu por nós, e além disso, nossa justificação, regeneração e santificação dependem de estarmos sendo alimentados espiritualmente por Sua própria vida, conforme representado nos elementos da Santa Ceia, que apontam para Seu corpo e sangue.
Então, se não houver esta manifestação espiritual do próprio Senhor Jesus em nós, não se pode dizer que estamos sendo santificados, pois é nesta união espiritual com Ele que somos levados a crescer na graça e no conhecimento de Sua Pessoa Divina.
Quanto ao sucesso geral em toda a causa, ou seja, que o pecado não desfigure totalmente a imagem de Deus em nós, nem absolutamente ou finalmente arruíne nossa alma (que é o seu fim e tendência), temos a fidelidade da aliança de Deus para nossa segurança, que esta fidelidade não nos deixará. [Rm 6: 14], portanto não obstante esta oposição e tudo o que é atribuído a ela, há paz e ordem preservada pelo poder da santidade em uma mente e alma santificada, mas será ainda objetado que, em segundo lugar;
"Muitos professantes que desejam muito a santificação e santidade, e quem você julga participar deles é, no entanto rabugento, perverso, taciturno e inquieto em sua mente entre seus familiares e no mundo.
Na verdade, existe muita vaidade externa e desordem (que você transforma em símbolos da interna confusão da mente dos homens e do poder do pecado) que procedem deles, ou são realizados por eles.
Muitos são talvez, considerados santos e santificados, mas na verdade não o são.
Estou pressionando pela necessidade de santidade, isto é, para seu aumento e crescimento, a fim de que este trabalho seja levado a cabo para a perfeição - e através disso, pelo poder da graça do evangelho, a grande promessa possa ser cumprida; o que está registrado em Isaías.
"O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.
A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi.
A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor , como as águas cobrem o mar". [Is 11: 6-9]
Jesus nos comprou por um preço, e não somos nosso, mas dEle - e porque somos dEle, devemos glorificá-Lo em corpo e alma.
"Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo".
[1 Co 6: 19,20]
Ele morreu por nós, para que não vivêssemos para nós mesmos, mas para Aquele que morreu por nós, em virtude de cuja morte vivemos.
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. [ 2 Co 5: 15]
“Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos." [Rom 14: 7-9]
"o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras". [Tt 2: 14]
Mas não precisamos insistir nisso. Negar que devemos glorificar e honrar a Cristo no mundo é renunciar a Ele e ao evangelho.
A única pergunta é:
"Como podemos glorificá-Lo e honrá-Lo, e o que Ele exige de nós para esse propósito?"
Uma resposta simplificada para isto pode ser resumida, em que devemos ser realmente santificados pelo Espírito Santo, mediante a Palavra de Deus.