Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Áudios
Deus Requer Santificação aos Cristãos 45
Data: 06/02/2022
Créditos:
Texto: Silvio Dutra
Voz: Silvio Dutra

 

 

 

 

 

1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?

2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,

6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

7 porquanto quem morreu está justificado do pecado." Romanos 6.1-7

Deus Pai considerou a morte sacrificial e vicária de Jesus como sendo a morte dos eleitos. Jesus se colocou em nosso lugar vivendo sob a Lei, e recebeu a sentença de condenação da Lei contra o pecado, que era a de morte como maldito de Deus. Houve uma substituição do transgressor pelo obediente. O Pai aceitou a obediência perfeita de Jesus como se fosse a nossa obediência, e a Sua morte como sendo a nossa morte, e é nesta base que somos justificados e salvos, para sermos santificados e vivermos em novidade de vida.

 

"Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça." Romanos 6.14

Como a lei não pode nos justificar do pecado, antes nos condena por sermos pecadores, Cristo se fez maldição em nosso lugar para nos resgatar, ou seja, para nos tirar de debaixo da condenação da lei, de modo que identificados com Sua morte, somos considerados por Deus como tendo morrido juntamente com Ele, de modo que a lei já não possui qualquer poder para amaldiçoar e condenar o crente, caso ele venha a transgredir eventualmente os seus mandamentos. A graça do evangelho alcançou o crente e passou a reinar em seu coração, de modo, que pelo poder da graça, o domínio antigo do pecado é quebrado e o crente não necessita e não deve permanecer na prática do pecado, uma vez que é convocado por Deus a mortificar o pecado pelo poder do Espírito Santo.

 

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 6.23

Onde o pecado prevalece, ele gera a morte espiritual presentemente em todos aqueles que se inclinam para a carne, mesmo que seja em um crente. Mas em Jesus há dom gratuito da vida eterna, que pode reverter este estado de morte espiritual completo nos que se convertem a Ele, e para reavivar o crente curando-o de seus desvios eventuais.

Não foi a incrédulos que Paulo dirigiu as palavras de Romanos 12.1,2, no sentido de se transformarem pela renovação de suas mentes, não se conformando ao mundo e oferecendo-se como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

Foi aos crentes, e isto é uma referência ao processo de santificação, para a mudança das faculdades da mente, em que Deus implantou a lei da graça, para se tornar efetivamente uma mente espiritual conforme a de Cristo, para o despojamento do velho homem e revestimento da nova criatura, em graus cada vez maiores.

Quando a mente deixa de ser carnal passando a ser espiritual, por uma constante renovação (mudança) pela aplicação da Palavra (Lei da Graça), pelo Espírito Santo, a santificação desse crente não pode ser prejudicada meramente por erros que ele possa cometer, que não sejam intencionalmente pecaminosos ou dos quais em sendo, deles se arrependam, pois lhe é garantido pela Aliança da Graça, a cobertura de multidão de erros e pecados, enquanto ele mantiver sua mente espiritual, sem que haja nisto qualquer incentivo ou estímulo para que continue na prática de pecados, pois, o que se tem em vista são as vitórias da graça sobre os ataques da lei do pecado em tentações, fazendo com que não pratique o que a vontade é instigada a fazer pela lei do pecado que opera na carne, e que no entanto é impedida pela vigilância e ação governante da mente espiritual, por estar fortificada na graça de Jesus.  

Não foi a uma simples questão de errar ou não errar que Paulo se refere à condição de por vezes não se fazer o bem que se pretende e sim o mal que não se quer, em Romanos 7, pois ali se descreve a condição da luta entre a lei do pecado que opera na velha natureza decaída em razão do pecado original, e a lei da graça implantada por Deus na mente e coração do crente, não significando isto que sempre há de ser vitoriosa a lei do pecado quando guerrear contra a alma e a mente do crente. Uma vez que a vitória sempre estará do lado da graça se o crente tiver renovado a sua mente para mente espiritual para vigiar e vencer a lei do pecado sempre que houver a insinuação de tentação ou circunstância em que seja solicitado a pecar.

O importante de tudo é permanecer em Cristo, fortalecer-se nEle e na Sua graça. Manter comunhão ininterrupta com Deus e zelar pelo crescimento e manutenção de uma mente espiritual bem alimentada com a oração e meditação da Palavra da verdade, continuamente.

Enviado por Silvio Dutra Alves em 17/12/2021
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