Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

Aprendendo A Viver Contente Com Cristo em Qualquer Circunstância - Parte 1

Por favor, acompanhe o comentário lendo o quarto capítulo de Filipenses.

Paulo sabia que Deus não é um tirano que nos trata como se fôssemos marionetes em Suas mãos. Não! Mil vezes não! Teria dito Paulo! Ele não anula nossos pensamentos e vontade, e por isso nós O amamos livre e voluntariamente de todo o nosso coração, porque o amor, para ser amor, deve ser livre e voluntário. Paulo conhecia perfeitamente estas coisas, e afirmou mais uma vez no quarto versículo deste capítulo, a condição na qual todo cristão deveria ser encontrado: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”

Quando descobrimos quem é de fato o Senhor e o quanto Ele nos ama e cuida de nós, a consequência natural é que nos regozijaremos sempre nEle, e manifestaremos isto com a nossa adoração e louvor voluntários, com alegria de coração.  Quando crescemos no conhecimento da graça e de Jesus, e passamos a conhecer cada vez melhor, qual é o caráter, amoroso, justo e bondoso do nosso Rei, nada deste mundo poderá nos tornar insatisfeitos. Tudo suportaremos por amor a Ele com alegria em nossos corações, não somente como expressão de nossa gratidão, mas, sobretudo, porque será impossível viver de outro modo, estando permanentemente em espírito diante da Sua Grandeza e Majestade.

Esta alegria sobrenatural, que é fruto do Espírito, invadirá nosso coração de tal maneira que sempre seremos achados vivendo contentes em toda e qualquer circunstância. Nós aprenderemos isto, assim como Paulo havia aprendido. Nós sabemos o quanto agrada ao Senhor, que vivamos num só espírito, com o mesmo sentir de uns para com os outros. Então, nada faremos por motivo de partidarismo ou de vanglória, porque sabemos que a vontade do nosso Deus é que vivamos em  união, sobretudo em unidade de fé e amor.

As “Evódias” e as “Síntiques”, que são cristãs verdadeiras e trabalharam em prol do evangelho, juntamente com aqueles cujos nomes também estão no livro da vida, devem ser ajudadas a voltarem a trabalhar em harmonia, com o mesmo sentir no Senhor, como lemos nos versos 2 e 3.  A alegria e coroa dos ministros do evangelho é ver que seus amados irmãos, que estão debaixo do seu cuidado permanecem firmes no Senhor, como se lê no primeiro versículo. Agora, a alegria recomendada pelo apóstolo não é uma alegria carnal, ou seja, oriunda da carne, que tenha seus motivos na carne. É alegria puramente espiritual, e assim é recomendado também pelo apóstolo, no verso 5, que,  ao lado dela, haja moderação diante de todos os homens, sabendo que os olhos do Senhor estão acompanhando nosso proceder em todos os instantes.

Nem mesmo as nossas presentes necessidades neste mundo são motivo para nos roubar esta alegria espiritual no Senhor, porque devemos aprender a não andar ansiosos por coisa alguma; ao mesmo tempo em que devemos fazer conhecidos os nossos pedidos diante de Deus por meio da oração e da súplica, sendo-Lhe gratos pelas respostas que nos der, ainda que seja um “não”, ou um “espere”; porque é somente assim, reconhecendo Sua soberania, que a Sua paz poderá guardar nosso coração e nosso pensamento, em nossa comunhão com Cristo Jesus, como Paulo afirma no verso 6.

A paz que Deus nos dá é sobrenatural. Ela não pode ser explicada pela razão, porque excede todo o entendimento. É paz comunicada diretamente ao nosso espírito, pelo Espírito de Deus.  Ela não é o fruto dos nossos pensamentos. É paz no meio do conflito, a qual nos visita inesperadamente; vinda do alto, como resposta à nossa oração e comunhão com o Senhor. É fruto da Sua graça, do Seu Espírito, porque se diz também que o fruto do Espírito é paz.  Não podemos, no entanto, experimentar isto, se não aprendermos a abrigar, ou seja, a dar boa acolhida, a um modo de concentrar nossa atenção e pensamento somente naquilo que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama e que possua virtude e louvor, como se afirma no verso 8.

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/10/2012
Alterado em 29/10/2012
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