Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Quando estávamos reunidos em oração na casa de um amado irmão, perguntei quem gostaria de ser cristão entre os presentes.
Foi uma pergunta retórica, ou seja, não esperava que ninguém se manifestasse.
Todavia, um rapaz no canto da sala, ficou acabrunhado com a pergunta e se encolheu ainda mais, tentando se esconder, para não correr o risco de ter que responder.
Sorri para ele e lhe disse que ficasse tranquilo, porque ninguém se faz cristão de verdade na base de constrangimento.
Fiquei pensando porque isto acontece.
Especialmente no caso de muita gente de boa índole, que convive conosco e sabemos que deseja viver de modo agradável a Deus.
Uma das conclusões a que cheguei, é que aquilo que a maioria entende sobre se fazer cristão é se transformar num religioso, frequentador de templos, que deve pagar taxas, obedecer dogmas, cumprir rituais, e por aí afora.
Na verdade, isto nada tem a ver com o se tornar um cristão.
Foram coisas acrescentadas pelo homem à liberdade e ao amor que Jesus veio nos trazer.
E isto se torna de fato uma barreira mental terrível para ser ultrapassada, porque ser cristão na verdade, nada mais é do que amar a Deus e ser seu amigo, e não viver de modo triste carregando jugos pesados de obrigações religiosas.  
Deus é amor. Deus é Pai. Deus é bom. Deus é libertador. Deus é provedor. Deus é consolador. 
Caramba!
Quanta religiosidade que leva as pessoas a pensarem sobre Deus de várias maneiras, mas muito pouco ou nada sobre o modo como convém ser visto.
Que Ele tenha misericórdia de nós e que nos livre inteiramente de toda forma de tradicionalismo criado pela invenção dos homens, e que nada tem a ver com a pessoa e vontade de Cristo. 
Assim, quando perguntar de novo, em vez de dizer: "quem quer ser cristão?", vou falar: "Quem quer amar a Cristo? Quem quer ser seu amigo?".   


 










 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 31/10/2012
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras