Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Como Deus Penalizou o Pecado da Mulher? 


 
 
“E à mulher disse: Multiplicarei  sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” (Gên 3.16).   
  
Deus estava projetando originalmente que as mulheres teriam fillhos e que esses filhos trariam às mulheres tristeza e dor física, tristeza na  hora do nascimento, e então tristeza assistindo a luta daquele pequeno ser, contra todas as ameaças que vêm contra a sua vida e todas as coisas que podem afligir e quebrar o coração de uma mãe.
O desígnio original de Deus era isso? Não.  Tudo isso é  parte da maldição. Isso é o que Gên 3.16 está dizendo. Isso faz parte da maldição; isso não faz parte do desígnio original de Deus.   
A mulher foi amaldiçoada na esfera do seu trabalho, na esfera da sua vida; na relação com os filhos e o seu marido.
As dificuldades com os filhos e as dores que se  sofre nesta área, a dor física e emocional e às vezes uma dor espiritual profunda, e a luta com o marido, não fazia parte do que Deus pretendeu no princípio.
Isso é um resultado do pecado, e da maldição que Deus fez a Eva.
Isto lhe viria como consequência do pecado.
A primeira parte da maldição é em relação aos filhos. A segunda parte está relacionada ao marido. Nesta primeira parte, é dito literalmente: "'Em dor você terá os seus filhos”. E na segunda parte: “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.”.
Assim, as mulheres foram amaldiçoadas para sofrerem nas duas relações mais significativas da maioria delas, a saber, relacionamento com os filhos e relacionamento com os maridos.
Esses realmente são os dois reinos nos quais as mulheres geralmente acham a sua vida, porque a maioria delas está vocacionada por Deus para ser esposa e mãe. 
Deus criou Adão e Eva, originalmente no jardim em perfeição e sem pecado.
Deus falou com a mulher com a maldição que foi destinada a ela para servir como uma lembrança constante do seu pecado.
E é em princípio uma lembrança para todas as mulheres do horror do pecado, não para acusação, mas para reconhecimento da condição de pecado, para que haja confissão, arrependimento e salvação, porque sem o convencimento do pecado, não se pode receber a graça que liberta do pecado.
Podemos dizer então que a maldição no caso da mulher e do homem, não foi para o mal, mas para uma boa finalidade, a saber, a da redenção da humanidade.
A mulher quer ter pfaz, alegria, amor e harmonia no relacionamento com seu marido e filhos, mas para tê-lo, depois do pecado, deverá buscar tudo isso vivendo para Cristo.
Se ele não edificar o lar, em vão será todo o seu trabalho e esforço em tal sentido, porque somente Cristo pode libertar do poder e escravidão do pecado, que impede um viver abençoado em plenitude.
Isto quer dizer que a vida da mulher que está vencendo os efeitos da maldição que há no mundo é marcada por fé em Deus, por amor sincero a Deus, por santificação, pureza de vida e domínio próprio.
Esta é a marca com que uma mulher piedosa produzirá filhos piedosos. E com isso a sua dor será grandemente reduzida, pela bênção de Deus em sua vida, neste mundo de trevas.
Entretanto, como já dissemos, nem toda dor, sofrimento, decepção, serão retirados, pois não há quem não peque e que não necessite da disciplina e da instrução do Senhor.
Como aprenderemos humildade e paciência se não formos contraditados, injustiçados, perseguidos, desamparados?
Como experimentaríamos a realidade do cuidado de Deus se não tivéssemos em que ser socorridos?
Em quê perceberíamos a necessidade de mudarmos nosso comportamento, e mais do que o comportamento exterior, as atitudes internas do nosso coração, se não percebêssemos, pela graça do Senhor, no que temos errado em relação à edificação da vida de nosso cônjuge e  filhos?
Por isso, os problemas em família são também oportunidades para mudança e crescimento espiritual, pelo aprendizado e prática das virtudes que estão na própria pessoa de Cristo.
E assim, Deus faz com que tudo coopere para o bem daqueles que Lhe ama, sejam circunstâncias favoráveis ou adversas, porque estarão sempre produzindo um fruto pacífico de justiça e de refinamento de caráter e de fé.
Agora, vejamos a segunda parte da maldição que se refere à relação da mulher com o seu marido: “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.”.
"O teu desejo será para o teu marido.". Isto significa que o desejo dela vai ser algo negativo, algo que reflete separação e alienação.
Até este ponto foi posta inimizade entre a serpente e a mulher. Foi posta inimizade entre o homem e a terra. E é posta inimizade entre a esposa e o seu marido.
Ela não pode fazer o que ela deseja. Ela não vai viver a própria vida dela totalmente independente,  porque o marido dela rege sobre ela.
Tudo que ela deseja está sujeito à vontade dele.
Ela nem sempre adquirirá o que ela quer.
Ela vai ter que suportar a tristeza da insatisfação.
Lembre, antes de prosseguirmos, que isso será experimentado, sempre que não estiver debaixo do governo de Cristo.
Somente o Senhor pode modificar este quadro, colocando satisfação no coração em toda e qualquer circunstância. 
Olhemos agora para as particularidades do idioma que expressa o conflito. "'Seu desejo será para o seu marido.". Agora, falemos sobre a palavra "desejo". Significa “busca de controle”. Literalmente, poderia ser lido: “você buscará ter o controle de tudo”.
O pecado produziria isto naquela submissão voluntária da mulher antes da queda.
Em vez dela, haveria naturalmente na mulher, em sua natureza terrena, esta inclinação para governar o marido, invertendo assim o que fora planejado por Deus desde o princípio.
Você desejará fazer prevalecer sua vontade. Isso é um sinal da maldição do pecado que está no mundo desde a queda.
Somente em Cristo, este desejo pode ser revertido em sincera submissão.
Este comportamento seria uma conseqüência do próprio pecado na mulher, e não propriamente da maldição proferida por Deus.
 Você desejará estar no controle, dominar. E então, a conquência disto é que seu marido reagirá com domínio, governo, em vez de liderança amorosa.

 

 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 04/11/2012
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