Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Como Deus Penalizou o Pecado do Homem? 
 

 “17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.
18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo.
19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.” (Gên 3.17-19)
   
Na maldição da mulher relativa a seus filhos e marido, temos a indicação indireta de que o reino da mulher casada é o seu lar. E nos versos 17 a 19 nós vemos qual é o reino do homem, pois foi designado a ele a atribuição de obter o sustento da sua família lavrando a terra.
O homem passaria também a ter dificuldades no trabalho que deveria fazer para obter o sustento de sua família, porque a terra produziria cardos e abrolhos, que é uma referência a ervas daninhas e espinhos.
E a causa da maldição do homem é declarada por Deus: “Visto que atendeste à voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a terra por tua causa...”. Houve uma razão para o efeito especial que foi projetado para ser um castigo particular colocado no homem como uma lembrança da severidade do pecado.
A razão porque ele fez isto foi porque ele escutou a voz da sua esposa, em lugar da voz de Deus.
Ele decidiu fazer o que ela queria que ele fizesse, em lugar do que Deus lhe ordenou que fizesse.
É bom conhecer os desejos da esposa; é bom satisfazer os pedidos da esposa. Mas não quando ela está  pedindo que o marido desobedeça a Deus.
Ela sabia o que Deus tinha dito. Mas ela queria que ele comesse. Ela tinha feito isto debaixo da ilusão que ela conheceria o bem e o mal agora; que ela seria como Deus. Este era um ato de auto-exaltação. Ela queria que ele fizesse isto. E ele escutou a voz dela, em lugar do mandamento de Deus. Ele fez o que a sua esposa queria que ele fizesse.
E foi como se Deus dissesse: "'Porque você escutou a voz de sua esposa no lugar da voz de Deus. Porque em lugar de regê-la, você deixou que ela o regesse. Em lugar de mostrar a ela através do exemplo o que era certo, obedecendo a Deus, você seguiu o exemplo dela de desobediência a Deus. Em lugar de honrar a Deus, você honrou sua esposa, que, em vez de honrar a Deus, honrou a serpente.”.
E a consequência disso é que a terra permanece sob maldição, e não há outro modo de se obter boas safras agrícolas a não ser mediante muito trabalho e esforço.
Por isso Deus disse a Adão: “maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu, comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão”.
Assim, somente o trabalho honesto num mundo de pecado se torna uma bênção. E as dificuldades para o homem vencer em seu trabalho são um duplo reforço de bênção já que estamos num mundo de pecado e sujeitos ao pecado.
O trabalho mantém a mente e as mãos ocupadas naquilo que é útil e não pecaminoso.
O coração fica fortalecido e Deus derrama a sua bênção sobre aquele que trabalha.
Mas o ocioso pode facilmente se dispor para a prática do mal, e a ocupar o seu pensamento com o que é vão e pecaminoso.
Assim, essa maldição específica, num mundo pecado, é uma proteção para o homem com seu coração pecaminoso, e não algo para atormentá-lo e levá-lo à ruína.  
O ideal seria que não houvesse fadiga, esforço, tristeza em seu trabalho, mas isto somente seria adequado num mundo sem pecado.
Certamente as mãos que não estiverem ocupadas no que é útil, poderão mais facilmente ocupar-se de cousas com as quais não deveriam se envolver.
Isto se aplica  tanto ao pão material, quanto ao espiritual, porque sem diligência, trabalho, especialmente para viver dentro do padrão estabelecido por Deus em Sua Palavra, a graça que está disponível em Jesus, de pouco ou nada nos beneficiará, porque o Senhor tem amarrado à Sua bênção à quebra da maldição, pelo esforço em diligência. 
 
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 04/11/2012
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