O Dilúvio – Parte 2 (Gênesis 7)
“1 Depois disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.
2 De todos os animais limpos levarás contigo sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea;
3 também das aves do céu sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.
4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da face da terra todas as criaturas que fiz.
5 E Noé fez segundo tudo o que o Senhor lhe ordenara.
6 Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando o dilúvio veio sobre a terra.
7 Noé entrou na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.
8 Dos animais limpos e dos que não são limpos, das aves, e de todo réptil sobre a terra,
9 entraram dois a dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
10 Passados os sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram,
12 e caiu chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
13 Nesse mesmo dia entrou Noé na arca, e juntamente com ele seus filhos Sem, Cão e Jafé, como também sua mulher e as três mulheres de seus filhos,
14 e com eles todo animal segundo a sua espécie, todo o gado segundo a sua espécie, todo réptil que se arrasta sobre a terra segundo a sua espécie e toda ave segundo a sua espécie, pássaros de toda qualidade.
15 Entraram para junto de Noé na arca, dois a dois de toda a carne em que havia espírito de vida.
16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o Senhor o fechou dentro.
17 Veio o dilúvio sobre a terra durante quarenta dias; e as águas cresceram e levantaram a arca, e ela se elevou por cima da terra.
18 Prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca vagava sobre as águas.
19 As águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do céu foram cobertos.
20 Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e assim foram cobertos.
21 Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto ave como gado, animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem.
22 Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia na terra seca, morreu.
23 Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.
24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinqüenta dias.”
Noé não trabalhou duramente na construção da arca durante aqueles 120 anos, em busca de prazeres presentes ou futuros, mas senão em ser obediente a Deus e buscar somente a Sua glória divina.
Do mesmo modo fica para nós a pergunta: O que estamos buscando em nosso serviço a Deus? Prazeres?
Acharmos a felicidade para nós mesmos?
Ou, como Noé estamos, sobretudo interessados em vivermos para que Deus seja glorificado em tudo que vivermos e fizermos?
Deus disse a Noé que reconhecia que ele era justo diante dEle no meio daquela geração perversa. O próprio Deus deu testemunho da honra e integridade de Noé. Assim Deus não deixou que se perdesse aquele único grão de trigo no meio de um grande monte de palha.
O Senhor conhece os que são seus e os preserva. Aqueles que se mantêm puros em tempos de iniqüidade terão a Deus como o seu castelo forte na hora da calamidade.
Quando se cumpriram os 120 anos em que a longanimidade de Deus aguardava para trazer o dilúvio sobre a terra, Ele avisou Noé que em sete dias começaria a chover, e Noé deveria, neste prazo de sete dias, começar a receber os animais na arca, e depois de tê-los abrigado, o próprio Deus fechou a arca quando se cumpriu o prazo por Ele determinado.
Noé entrou na arca e Deus a fechou, e do mesmo modo, quando Ele traz uma alma a Cristo, ele assegura a sua salvação, e a porta que Deus fecha ninguém pode abrir.
No dia 17 do segundo mês do ano em que Noé contava com a idade de 600 anos, a chuva começou a cair sobre a terra e se diz que inclusive as fontes subterrâneas de água afloraram sobre face da terra.
As águas foram derramadas e afloraram à superfície da terra por quarenta dias.
A tentativa de fugir subindo os altos montes foi em vão porque as águas cobriram o cume dos montes.
Tentar fugir em cavernas que fossem hermeticamente fechadas seria também em vão, porque as águas prevaleceram sobre a terra por cerca de um ano, e logo acabaria o suprimento de oxigênio, bem como não haveria provisões suficientes para sustentar a vida em tão longo período.
Acrescente-se a isto que os ímpios foram apanhados de surpresa quando começou o dilúvio, porque eles não creram na pregação de Noé sobre o juízo de Deus, e não se prepararam para escapar dele.
Jesus ensinou que ocorrerá a mesma coisa em relação à sua segunda vinda para julgar o mundo, porque muitos não creem que haverá um juízo sobre o pecado, e assim não se preparam para escapar dele pelo arrependimento e fé.
Tentar fugir em cavernas, em altos montes será em vão, porque o juízo é sobre o pecado, e condenará todo aquele que não tiver sido justificado e lavado dos seus pecados pelo sangue de Cristo, por meio do arrependimento e da fé.
Não há nenhum lugar na terra tão alto e seguro que esteja fora do alcance dos julgamentos de Deus (Jer 49.16; Ob 3,4) pois a mão do Senhor descobrirá todos os seus inimigos (Sl 21.8).
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 08/11/2012