A Paz Eterna
“25 Tenho-vos dito isto, estando convosco.
26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14.25-27)
Os discípulos seriam confrontados pelo vento forte da tribulação ao verem não muito depois de estarem ouvindo este discurso de Jesus, o Mestre deles sendo duramente escarnecido e maltratado pelos homens até a morte de cruz, então, com o intuito de fortalecê-los para aquela hora, Jesus prosseguiu lhes confortando com estas palavras, e aqui Ele destaca o fato de que o Espírito Santo que lhes seria enviado pelo Pai, em Seu nome, lhes ensinaria todas as coisas e lhes faria recordar tudo quanto havia dito.
Além disso, lhes deixou como promessa o recebimento da Sua paz em meio a todas as aflições que sofreriam neste mundo, e por isso não deveriam ficar com seus corações turbados, nem atemorizados.
O legado que Jesus deixou para os seus discípulos quando saísse deste mundo não seria ouro e prata, mas a Sua paz.
Sobretudo a paz da reconciliação com Deus que alcançamos por meio da justificação que é pela fé no nome de Jesus (Rom 5.1).
Mas daí também decorre uma tranquilidade de mente pela certeza da nossa justificação diante de Deus.
Foi Jesus que adquiriu esta paz para nós.
Assim, o próprio Jesus se tornou da parte de Deus para nós a nossa paz (Ef 2.14). Aqui Ele justificou o título que lhe foi dado pelo profeta Isaías de Príncipe da Paz (Is 9.6).
Esta paz de Cristo é um legado que somente podem receber aqueles que são filhos da paz, porque demanda a reconciliação do pecador com Deus, de maneira a ser livrado da Sua ira que repousa sobre todo aquele que não foi justificado do pecado.
É possível que até aquele momento, os discípulos não estivessem devidamente seguros da profundidade da bênção que seria conquistada por Cristo para eles com a Sua morte que ocorreria não muito depois de ter lhes falado tais coisas.
Para lhes ajudar no entendimento desta preciosa bênção da paz espiritual e eterna, pelo livramento absoluto do juízo de condenação divino, Jesus disse que esta paz que estava dando como legado não era como a paz do mundo, que significa ausência de problemas e tribulações.
Há uma falsa paz passageira que até mesmo o dinheiro pode comprar. Mas uma vez que a pessoa sair deste mundo, se não tiver a Cristo como Seu Salvador, terá que enfrentar a ira de Deus no Juízo.
Deste modo, o coração do cristão não deve ficar turbado nem atemorizado por qualquer mal que lhe possa ameaçar, porque todo cristão verdadeiro já foi livrado do poder do mal por Cristo, bem como da condenação eterna, por causa dos seus pecados.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 09/11/2012