![]() Tardio em se Irar Como Nenhum Outro Quando se diz que o tempo da paciência de Deus, da Sua longanimidade, que é o período da dispensação da graça, terminará com a volta do Senhor Jesus Cristo para julgar o mundo, isto não significa que Deus deixará de ser longânimo. Ele disse a Moisés que é tardio em se irar, quando revelou a Sua glória a ele. Tardio em se irar é o equivalente do Velho Testamento para longânimo no Novo. Inclusive o Senhor mostrou de modo prático, que é longânimo mesmo no período anterior à dispensação da graça, ou seja, no Velho Testamento. Ele disse a Abraão que visitaria a iniquidade dos amorreus somente quatrocentos anos depois. E por que isto? Porque estava sendo longânimo para com eles, ou seja, estava retardando a sua ira. Desta forma, deveríamos refletir melhor, quando afirmamos que toda vez que Deus vê o pecado sendo praticado, que a sua ira logo se acende, e que ela não se manifesta porque é contida pela Sua misericórdia. A razão dessa reflexão recomendada reside no argumento de que como poderia Deus se irar tão rápida e continuamente, uma vez que revelou de forma tão clara em sua palavra que Ele é de fato tardio para se irar? Sua natureza é de puríssimo domínio próprio, mansidão e calma tranquilidade. Ele se entristece e se aborrece com a prática do mal. Mas a sua ira se manifesta somente depois de ter aguardado muito tempo pelo arrependimento. Veja que no caso da nação de Israel, depois de ter falado a Moisés, cerca de 1.440 a.C., que os mandaria para o cativeiro caso permanecessem transgredindo os seus mandamentos, porque ficaria irado com eles, isto somente ocorreu, respectivamente em 722 a.C., e em 586 a.C, ou seja, cerca de 700 anos depois. Do mesmo modo tem retido a Sua ira, para um mundo sempre amadurecido para os Seus juízos, há mais de dois milênios, desde que Jesus se manifestou em carne para nos redimir do pecado. A quem compararemos o Deus da Bíblia? Quem é longânimo, tardio em se irar, como Ele? Abusar dessa longanimidade maravilhosa e terna somente agrava o juízo. Porque é por ela, é pelo que Deus é em sua natureza terna e mansa, que não somos destruídos. Suas misericórdias não têm fim e se renovam a cada manhã. Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 11/11/2012
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