Jesus Caminhou Sobre as Águas
“15 Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
16 E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.
17 E, entrando no barco, atravessaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.
18 E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava.
19 E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus, andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e temeram.
20 Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais.
21 Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.
22 No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia ali mais do que um barquinho, a não ser aquele no qual os discípulos haviam entrado, e que Jesus não entrara com os seus discípulos naquele barquinho, mas que os seus discípulos tinham ido sozinhos
23 (Contudo, outros barquinhos tinham chegado de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças).
24 Vendo, pois, a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus.
25 E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
26 Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.” (joão 6.15-27)
Depois de ter multiplicado os cinco pães e dois peixes Jesus se retirou da multidão e foi sozinho para o monte.
Ele se antecipou à ação daquelas pessoas porque sabia que tentariam proclamá-lo rei de Israel, e isto despertaria não somente uma visão incorreta à natureza do Seu reino, que não é política, como também precipitaria novas perseguições contra Ele pelo falso argumento de que era um subversivo.
Além disso, não é deste modo que Ele deseja ser honrado, a saber, com a motivação incorreta, porque o que aquelas pessoas desejavam realmente não era se submeterem à Sua autoridade divina, para um governo no coração, mas se livrarem do domínio do Império Romano, e também, como o próprio Senhor lhes dissera, não por terem reconhecido que Ele era o Messias, pelos sinais que haviam visto Ele fazer, mas porque haviam comido dos pães e dos peixes e se fartaram.
Ao cair da tarde os discípulos foram para o mar da Galiléia para atravessá-lo para o outro lado, em direção a Cafarnaum, e como Jesus não apareceu, decidiram fazer a travessia sem Ele, e sendo escuro enfrentaram uma tempestade no meio do mar, porque soprava um vento muito forte.
O Senhor veio ter com eles andando por sobre as águas do mar, e não sabendo que se tratava de Jesus que vinha na direção deles, temeram, mas o Senhor lhes tranqulizou revelando-se a eles; e puderam chegar em segurança ao outro lado; porque conforme vemos no complemento desta passagem nos evangelhos sinópticos Jesus havia ordenado ao mar que se acalmasse.
Jesus caminhou sobre o mar tempestuoso para nos mostrar que Ele tem domínio sobre as tempestades que atingem as nossas vidas e pode nos manter em perfeita segurança no meio delas.
Jesus é o Rei dos reis, mas não necessita ser entronizado pelos homens, nem pelos anjos, porque foi o próprio Pai que Lhe fez Senhor de tudo e de todos.
Conhecendo o que estava no coração deles, e o motivo pelo qual lhe estavam procurando, Jesus lhes repreendeu dizendo que não o faziam não pelos sinais que haviam visto, mas por causa da comida grátis, e que eles deveriam trabalhar para obter o sustento deles, mas não simplesmente pelo sustento material que estavam buscando nEle, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, o qual Ele lhes daria de boa vontade, caso O buscassem da maneira certa.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 11/11/2012