Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
João Testificou que Jesus é o Messias
“19 E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?20 E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.21 E perguntaram-lhe: Então quem? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.22 Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.24 E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.25 E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?26 João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.27 Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.28 Estas coisas aconteceram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.” (João 1.19-28)
Nos versos 15 a 18 nós vimos o testemunho geral que João dava de Jesus, e aqui nestes versos 19 a 28 nós temos registrado o testemunho que ele deu em certa ocasião quando os judeus lhe enviarem sacerdotes e levitas de Jerusalém para lhe perguntarem quem ele era (v. 19). João confessou que não era o Cristo. Que ele não era o grande profeta prometido desde Moisés (Dt 18.18). Disse também que não era o profeta Elias, que eles pensavam que voltaria à terra por causa da profecia de Malaquias 4.5; que era de fato uma referência a João Batista sob o codinome de Elias (Mt 17.10-13), mas isto não significava que João fosse de fato Elias. Ele viria no mesmo tipo de espírito e poder do profeta Elias, conforme o anjo preanunciou o nascimento de João a seu pai Zacarias (Lc 1.17). João disse aos sacerdotes e levitas que ele era aquele do qual havia falado o profeta Isaías. A voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor. Ele mostrou a eles que o seu ministério estava apoiado nas Escrituras. Aqueles sacerdotes e levitas que eram fariseus não retrucaram a resposta que João lhes dera, mas questionaram ainda por que ele batizava, já que não era o Cristo, nem Elias e nem o profeta.João lhes respondeu que ele batizava com água, mas já se encontrava entre os judeus Alguém que eles não conheciam, e que viria após ele, apesar de ser antes dele (até mesmo de Abraão e de tudo e de todos) do qual ele disse humildemente não ser digno sequer de lhe desatar a correia da sua sandália. Este serviço era prestado pelos escravos de mais baixa categoria aos seus senhores. Deste modo João testificou a respeito da dignidade dAquele que veio anunciando. É dito que na ocasião que João proferiu estas palavras ele se encontrava na cidade de Betânia, do outro lado do Jordão, onde estava batizando. Esta Betânia não era a mesma que ficava próxima de Jerusalém, porque é dito que ficava do outro lado do rio Jordão, cidade esta que era chamada também de Betabará. Era de se esperar que aqueles que tanto se dedicavam ao estudo das Escrituras, que fossem eles os primeiros a reconhecerem a vinda de João Batista e do próprio Cristo. No entanto, a grande maioria deles não chegou a conhecê-lo apesar do testemunho das Escrituras acerca deles, e a própria manifestação deles entre os judeus. Isto comprova que é possível Deus estar se manifestando e operando em nosso meio, e ainda assim não ser percebido e conhecido por muitos que estiverem dentre aqueles aos quais Ele estiver se manifestando. Os escribas e fariseus formaram a própria idéia deles sobre o reino do Messias, e elaboraram o seru próprio sistema para a justificação do pecado, de maneira que não se submeteram à justiça de Deus revelada em Cristo. O orgulho lhes impediu de renunciarem às suas convicções para que pudessem ser convencidos pela verdade de Deus. Eles não podiam entender que o reino não consiste em palavras e que nem vem em aparência visível porque é um reino espiritual que se manifesta espiritualmente. Assim, não podiam discernir as coisas do Espírito e permaneciam cegos.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 12/11/2012