OS DEZ MANDAMENTOS – Parte 1
“1 Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
6 e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos.
7 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.
8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho;
10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.
12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
18 Ora, todo o povo presenciava os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte a fumegar; e o povo, vendo isso, estremeceu e pôs-se de longe.
19 E disseram a Moisés: Fala-nos tu mesmo, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 Respondeu Moisés ao povo: Não temais, porque Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.” (Êx 20.1-26).
As palavras citadas em Êx 20.2-17 foram proferidas audivelmente pelo Senhor a todos os israelitas, quando se encontravam de pé junto ao monte Sinai.
A lei escrita por Deus nos corações e consciências dos homens foi de tal maneira deformada pelo pecado, que foi necessário marcar o caráter da justiça e da santidade de Deus.
Certamente esta é uma lei do céu, de um Deus que é a Majestade infinita dos céus, porque de tal maneira o pecado deformou a natureza humana, que olhando para si, o homem nada veria em si mesmo que correspondesse perfeitamente aos mandamentos que lhes estavam sendo dados como expressão da vontade e da natureza divinas.
Geralmente se faz por conta desta inabilidade humana, um exame e avaliação muito superficiais do significado desta lei perfeita, e assim, não se chega a conhecer o tudo que está implícito nela, no seu espírito interior descrito em tão poucas palavras.
Por isso Jesus disse que não poderia e não deveria revogá-la, porque ela reflete em sua essência o caráter santo do próprio Deus.
Então a lei proferida audivelmente, veio não somente protestar contra o pecado que há no homem, como vindicar a justiça e santidade de Deus, exibindo direta e claramente que Ele não é como o homem, e não criou o homem no estado em que o homem se encontra, senão que tudo o que há de diferente neste, em relação à natureza divina deveu-se à entrada do pecado no mundo.
Mas a lei aponta a todo o homem o dever de ser perfeito e santo como Deus é perfeito e santo.
Assim o homem é responsável perante Ele em ser aquilo para o quê fora criado.
Para isso o Senhor proveu os meios necessários de redenção, perdão, mortificação do pecado, pela morte vicária de Jesus, pela operação do Espírito Santo, pelo dom da fé e da Sua Palavra revelada, para que o homem possa ser curado desta enfermidade chamada pecado, e viver em santidade e justiça na Sua presença.
Não é pois maravilhoso, que uma parte essencial do remédio que visa à nossa cura nos tenha sido dado de modo tão solene?