Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

OS DEZ MANDAMENTOS – Parte 5

  
 

2 – Segundo Mandamento (Êx 20.4-6)
 
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança, alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”.
 
Antes de qualquer comentário, veja que há uma promessa de misericórdia para aqueles que amam a Deus e guardam os seus mandamentos, citada no final do versículo sexto.
Como já comentamos antes, esta é a ordem correta: primeiro amar a Deus, depois guardar os mandamentos, pois já vimos que não é possível guardar os mandamentos se não amarmos ao Senhor.
Por isso, antes de fazer a vontade de Deus é preciso aprender a amar esta Sua vontade, e mais do que tudo o próprio Deus.
E Deus promete usar de misericórdia até mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos.
Mas, ao mesmo tempo, revela que visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que o aborrecem fazendo aquilo que Ele proíbe.
A citação pais e filhos, não se refere particularmente à relação familiar, mas às gerações posteriores (filhos) de congregações, localidades e até mesmo nações, em relação às anteriores (filhos).
E esta misericórdia divina (em razão da obediência) ou visitação de juízos  (desobediência) estão vinculados no mandamento à proibição de adorar imagens de escultura. 
O ponto aqui destacado é que o culto e adoração, especialmente o culto público não deve ser realizado em conformidade com a imaginação dos homens, mas de acordo com a direção e instruções de Deus, conforme Ele fixou na lei da Antiga Aliança, para o tabernáculo, e na Nova Aliança, conforme nos tem ensinado na Bíblia, especialmente pelo ministério de Jesus e dos apóstolos.
Em suma, o culto deve seguir a norma estabelecida pelo Senhor em Sua Palavra, e não segundo as tradições e imaginações dos homens.
Quando o Senhor é desonrado por um povo numa determinada geração, é bem possível que aquela gente fique privada da Sua santa presença, ou que seja visitada pelos seus juízos, até a terceira e quarta geração subsequentes.
Há uma grande responsabilidade sobre os ombros daqueles que dirigem o culto de Deus aonde quer que seja, pois muito das bênçãos posteriores, que virão sobre as pessoas daquele local, poderão estar de alguma forma vinculadas à fidelidade que eles tiveram a Deus no passado.
Uma adoração correta trará a bênção da misericórdia prometida, especialmente para o perdão dos nosso pecados, e a incorreta, juízos corretivos.
É somente ao Senhor que deve ser tributada toda honra, glória e louvor em tudo o que fizermos, porque afinal, nada temos que não tenhamos recebido dEle, e nada que façamos que não seja pela Sua graça.
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 16/11/2012
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