OS DEZ MANDAMENTOS – Parte 7
5 – Quinto Mandamento (Êx 20.12)
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”.
Uma das formas de se demonstrar a nossa obediência e submissão à vontade de Deus é obedecendo e sendo submissos àqueles que Ele tem constituído sobre nós, a saber, autoridades civis, pastores, anciãos, maridos em relação a suas esposas, e especialmente os pais, conforme se ordena neste quinto mandamento.
Deste modo, quem diz honrar a Deus e não honra a seus pais, especialmente se estes honram ao Senhor, está enganando a si mesmo e está mentindo.
Assim como João diz que aquele que diz amar a Deus a quem não vê e não ama a seu próximo, a quem vê, é mentiroso. Ou seja: está se enganando quando pensa que está de fato amando ao Senhor.
A propósito este é o primeiro mandamento dos seis que destacam o nosso dever para com o nosso próximo.
E estes seis últimos consistem em obrigações práticas que demonstrarão se realmente amamos a Deus, pois quem ama o próximo tem amado a Deus.
Devemos nossa vida a Deus que é o autor de toda a vida, e isto nos traz o dever de gratidão e de honrá-lo.
Mas para trazer este dom a nós, Deus se vale de meios, a saber, os nossos pais.
E eles não são apenas os intermediários de Deus para nos conceder a nossa vida, como também são os meios de nossa subsistência e manutenção até que possamos caminhar por nós mesmos.
No caso de pais cristãos, que nos tenham ensinado nos caminhos do Senhor e que tenham orado pela nossa conversão para que recebêssemos o novo nascimento do Espírito, somos-lhes então devedores de uma dupla honra.
Deus, que se agrada da gratidão, que nos ordena que em tudo demos graças, quer que demonstremos a nossa gratidão a nossos pais de modo prático, honrando-os com a nossa obediência e com recompensá-los por tudo que fizeram por nós.
Nossa gratidão a Deus pelos Seus benefícios que nos foram e são concedidos, deve ser expressada em serviço amoroso, e de igual modo a nossa gratidão a nossos pais deveria ser expressada da mesma forma.
E tão agradável é ao Senhor que demonstremos esta submissão, obediência, gratidão a nossos pais, honrando-os, de maneira que nunca sejamos motivo de desgosto para eles, senão de contentamento e honra, que Ele acrescentou uma promessa de bênção associada ao mandamento, dizendo que prolongaria a vida na terra de todos os que honrassem seus pais.
E isto inclui certamente proteção e provimento de boa saúde.
Ainda que não vejamos ou saibamos, haverá este cuidado especial prometido por Deus àqueles que obedecerem este mandamento.
Evidentemente, outros fatores pesam em favor de se ter uma vida longa na terra, e assim, quem morre em tenra idade não significa que terá sido necessariamente por ter desonrado a seus pais.
Nem mesmo o oposto é verdadeiro, isto é, que todo o que tiver morrido em avançada velhice é porque honrou a seus pais.
Mas todos aqueles que têm honrado a seus pais podem estar certos de que neste particular têm agradado a Deus.
Entretanto devemos lembrar que não nos é dado escolher guardar um mandamento e negligenciar outro.
Pois um viver verdadeiramente abençoado depende de se empenhar em guardar e honrar todos os mandamentos de Deus.
Assim aprendemos com Tiago o que ele diz em Tg 2.10,11: “Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da lei.”.