Como Saber o que Deve Ser Aprovado?
O mero conhecimento da letra da Palavra de Deus não é suficiente para que possamos fazer uma correta avaliação daquilo que deve ser ou não aprovado.
Como discernir o que seja ou não da vontade de Deus?
Como saber, especialmente em nosso relacionamento com as demais pessoas, o que deve ser aprovado ou reprovado no seu comportamento?
A Bíblia nos dá a resposta para isto em textos como por exemplo Fp 1.9,10, onde lemos o seguinte:
“9 E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção,
10 para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo,” (Fp 1.9,10)
Veja que o apóstolo Paulo afirma que orava para que o amor dos cristãos aumentasse progressivamente em pleno conhecimento e toda a percepção para que pudessem aprovar o que é excelente.
E que pleno conhecimento e toda a percepção são estes por ele referidos no citado texto?
Certamente é o conhecimento da vontade de Deus e o discernimento espiritual do que é e do que não é aprovado por Deus.
Este conhecimento e discernimento nos vêm das Escrituras, mas sempre pela iluminação e revelação do Espírito Santo.
É portanto a testificação do Espírito Santo com o nosso espírito, a chave para o reconhecimento do que devemos aprovar ou do que devemos rejeitar.
Assim, não é propriamente aquilo que a sociedade como um todo considere aprovado, que seja necessariamente aprovado por Deus, e isto poderemos saber, pelo modo como o Espírito Santo se move em nós, alegrando-nos, entristecendo-nos, constrangendo-nos ou operando qualquer outro tipo de sentimento que nos auxiliará no reconhecimento do que seja ou não aprovado.
Por exemplo, se numa reunião em que estejamos participando, alguém ou um grupo de pessoas começa a agir de uma determinada forma, julgada apropriada pelos participantes da reunião, a aprovação dos mesmos poderá, não necessariamente, estar em conformidade com o modo pelo qual tal ação é julgada por Deus, e isto poderemos conhecer pelo que está revelado na Palavra, e pelo modo como o Espírito Santo se move em nós, aprovando ou rejeitando o que estiver sendo feito.
Deste modo, nem mesmo a nossa própria consciência é uma boa medida para nos dirigir em tais decisões, porque é possível que estejamos interessados em sermos sinceros e coerentes com o que pensamos a respeito do assunto, e todavia, nossa sinceridade e coerência poderão não estar em conformidade com o julgamento de Deus.
Necessitamos então da direção do Espírito Santo em todos os nossos julgamentos. E isto só será possível caso andemos diariamente no Espírito, porque será impossível receber iluminação espiritual quando não temos qualquer comunhão com Ele.
Isto explica porque há tantos cristãos que não aprovam as coisas excelentes, e aprovam coisas que são reprovadas por Deus.
Andam por emoções e sentimentos.
Não julgam segundo a reta justiça.
São guiados pelo seu próprio modo de sentir e gostar, de maneira que, se gostam de alguma pessoa ou dos feitos de determinada pessoa, eles se sentirão inclinados a aprová-los, ainda que sejam reprovados por Deus.
“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” (Ef 5.11)