Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Santidade ao Senhor

 
Vemos no capítulo 26 de Êxodo que Moisés recebeu instruções relativas às cortinas interiores do tabernáculo, que cobririam as tábuas revestidas de ouro, unidas umas às outras, que formavam tanto o Lugar Santo quanto o Santo dos Santos, quanto às camadas de peles de carneiros e de animais marinhos que cobririam o tabernáculo externamente.
Quatro tábuas dispostas paralelamente e cobertas com o véu, fariam separação entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos.  
 Tudo no tabernáculo era desmontável, de modo que pudesse ser um santuário portátil, acompanhando Israel em suas peregrinações.
Isto é ilustrativo da peregrinação do povo do Senhor neste mundo, que não possui um santuário fixo, até que cheguemos ao céu. 
As tábuas do tabernáculo eram muitas mas eram unidas umas às outras pelos travessões, assim como as cortinas que eram unidas pelos colchetes, e de igual modo a igreja de Cristo é formada de muitas congregações, mas estas formam uma unidade, por estarem unidas pelos travessões e colchetes do amor.      
A vista interna do tabernáculo exibia as cortinas de linho com as cores azul, púrpura e vermelho, envolvendo as paredes de madeira revestidas de ouro, estando tais cortinas estampadas com querubins.
E olhando para o teto do tabernáculo se via uma cobertura feita de cortinas de peles de cabras (26.7), sobre a qual estava uma outra cobertura feita de pele de carneiro tingida de vermelho e sobre a qual estava uma cobertura de peles de animais marinhos (26.14).
E toda esta beleza estava sobre um chão de terra, como vemos no verso 24, para que o homem se lembrasse sempre que está na terra e Deus está no céu.
Nada se diz sobre revestimento do chão do tabernáculo, nenhuma instrução foi dada da parte de Deus a este respeito.
Na presença do Senhor, o homem deve se lembrar que é pó, e deve se humilhar diante do Criador dos céus e da terra.
A adoração verdadeira chama humilhação, porque Deus dá a Sua graça aos humildes.  
No culto da Antiga Aliança o povo de Israel só podia ter acesso ao átrio exterior do tabernáculo, que será descrito no capítulo seguinte.
Ninguém podia oficiar no Lugar Santo, senão os sacerdotes, segundo os turnos designados, e somente para os serviços necessários de apagar e acender o candelabro, o incenso, e trocar os pães da mesa, e somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano para fazer propiciação com o sangue de animais, tanto pelos seus próprios pecados, quanto pelos de todo o povo.    
  Assim não havia nenhum objeto que pudesse ser adorado pelo povo naquela estrutura cujo modelo foi dado por Deus a Moisés.
Nada que pudesse ser manipulado pelo homem, depois de ter sido construído.
Deus é Onipotente e Onisciente, o Deus Altíssimo e completamente santo, mas veio habitar entre os homens, mas revelou que a aproximação dEle exige santidade, e o acesso ao Santo dos Santos exige completa reverência e está reservada somente àqueles que estão aliançados com Ele e que são chamados e designados por Ele para estarem na Sua presença.
Deus é santo, e há um véu que separa o pecador de Deus. Somente em Cristo este véu é rasgado, de modo que se possa contemplar a beleza da santidade do Senhor.
Todos aqueles que contemplaram tal beleza  como Enoque, Noé, Moisés e tantos outros, só puderam fazê-lo porque Cristo rasgou o véu para eles, pois de outra modo, o pecador jamais poderia se aproximar de Deus e ter comunhão com Ele.
Mas a estrutura do tabernáculo, que fala em figura das realidade do céu, e da forma de aproximação do Senhor, continua a nos lembrar que devemos fazê-lo com reverência e santo temor, pois o Deus que servimos é inteiramente elevado e santo.     
 
 
Baseado em Êxodo 26
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/11/2012
Alterado em 22/11/2012
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