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O Bezerro de Ouro
Cerca de três mil homens foram mortos por causa da fabricação e adoração do bezerro de ouro pela espada dos levitas, por ordem de Moisés. E em Êxodo 32 vemos este mesmo Moisés subindo ao monte para fazer intercessão pelo povo, pedindo perdão a Deus por aquele pecado, a ponto de lhe pedir que riscasse o seu nome do livro da vida, caso não se dispusesse a perdoá-los. Deus havia acabado de lhes proferir audivelmente os dez mandamentos, dizendo que não fizessem para si imagens de escultura porque é Deus zeloso que visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que O aborrecem (Êx 20.5). E antes de Moisés subir ao monte para receber instruções para a construção do tabernáculo e para receber as duas tábuas de pedra com os mandamentos, Deus havia se aliançado com o povo pela declaração formal deles de que aceitavam as suas condições e que cumpririam todos os Seus mandamentos. E logo depois disto eles fabricaram e adoraram o bezerro de ouro. Se isto tivesse passado em branco naquela ocasião, e em face das bases daquela Aliança, se não houvesse um juízo imediato sobre aquele pecado, Deus passaria aos olhos deles como mentiroso e nada zeloso como havia afirmado de que visitaria a iniquidade dos pais nos filhos caso fizessem alguma imagem de escultura e a adorassem. Eles haviam sido previamente prevenidos e foram devidamente alertados, e no entanto não tiveram o mínimo temor quanto ao fato de que Deus cumpriria a ameaça que associara ao mandamento. Então a ordem foi que cada um dos levitas cingisse a sua espada e que fossem de porta em porta matando cada um a seu irmão, amigo e vizinho (v 27), que haviam liderado aquela adoração idolátrica, e que se consagrassem ao Senhor cada um contra o seu filho e contra o seu irmão (v 29) para que fossem abençoados por Deus. A aliança seria mantida mas o povo aprenderia que Deus cumpre de fato aquilo que Ele afirma na Sua Palavra. O Anjo da Aliança, que é Cristo, iria com os israelitas em suas jornadas, e isto deveria pesar em seus corações, lhes trazendo constrangimento em face da graça e bondade de Deus, reveladas na fidelidade de Seu Filho. Ainda que justamente irado com o nosso pecado o Pai deu o Filho por nós pecadores para o nosso benefício. E como voltaríamos as costas para Ele sem sofrer a devida punição da nossa ingratidão e endurecimento? Jesus foi quem fez a completa compensação pelos nossos pecados. Moisés tentou se apresentar como compensação pelo pecado dos israelitas pedindo que Deus o matasse e tirasse o seu nome do livro da vida, mas o seu pedido não poderia ser aceito, porque não seria eficaz, porque Moisés era também um pecador, e somente alguém perfeitamente santo poderia fazer esta compensação para cobrir o nosso pecado, livrando-nos da condenação eterna. Mesmo naquela matança de cerca de três mil homens a misericórdia de Deus já havia sido exibida, porque eles somavam em Israel cerca de seiscentos mil homens prontos para a guerra, e certamente o número dos que idolatraram o bezerro era muito maior do que aqueles três mil. Certamente foram mortos os lideres que pressionaram Arão a construir o bezerro, e que haviam sido identificados pelos levitas. Assim, os muitos que foram poupados da morte e que haviam também pecado, estavam debaixo da graça e da misericórdia que lhes havia livrado da morte que mereciam. E foi em favor destes que Moisés intercedeu para que Deus lhes perdoasse o pecado. E Moisés conseguiu com a sua intercessão que o Senhor os poupasse e prometesse o envio do seu Anjo, mas afirmou que lembraria do pecado deles para que os castigasse quando cometessem outros pecados graves como aquele. E na verdade isto viria a ocorrer porque os israelitas continuaram idolatrando ao longo das suas gerações e isto fez com que o Senhor os visitasse com juízos que culminaram nos cativeiros assírio e babilônico. Baseado em Êxodo 32 Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/11/2012
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