O Amor ao Dinheiro
“6 e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento.
7 Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar;
8 tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes.
9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.
10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.
12 Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” (I Tim 6.6-12)
A cobiça é a mãe de todos os males, e por isso Paulo diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (v. 10).
A cobiça como obra da carne que é, nunca estará satisfeita, e assim quem se deixa dominar por ela não poderá viver em contentamento espiritual com Deus.
Não poderá ser achado alegre e contente em toda e qualquer situação, porque isto é para ser aprendido em Deus, de forma que se compreenda que coisas materiais não poderão jamais satisfazer ao homem interior que é espírito.
A matéria não pode alimentar e satisfazer o espírito.
Somente coisas espirituais podem trazer verdadeiro contentamento ao espírito, e estas coisas espirituais são ministradas a nós pelo Espírito Santo, quando andamos nEle, em santificação.
Quem é de fato governado pelo Espírito pode ser achado contente até mesmo tendo apenas vestiário e alimento, e sabe que é um alvo muito temporário este de ajuntar bens neste mundo, porque nada se poderá levar consigo para o outro lado depois da morte.
Então é a eternidade que nos está proposta em Cristo Jesus, que é o sentido e significado da nossa vida, e não todas as riquezas que se possam obter neste mundo.
Ao contrário há muitas tentações e dores envolvidas no desejo de se tornar rico segundo o mundo, e não raro, os que perseguem este alvo submergem em ruína e perdição, e se desviam da fé (v. 9, 10).
Paulo não somente ordenou a Timóteo para fugir destes laços da cobiça mundana associada à soberba da vida e à concupiscência dos olhos, como também ordenou que se aplicasse àquelas coisas que são verdadeiramente agradáveis a Deus e a nós, a saber: a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão (v. 11).
Santidade, amor, justiça, fé, constância, mansidão, longanimidade, e todas as virtudes que estão em Cristo, devem ser o grande objetivo pelo qual todos os cristãos devem lutar para alcançarem, e não as glórias e honras passageiras deste mundo.
Estas riquezas da graça são obtidas mediante esforço no contínuo combate da fé, na luta contra a carne (natureza decaída no pecado), e contra Satanás.
Estas riquezas da graça não são de fácil aquisição.
Exigem renúncia, diligência, aplicação nos deveres ordenados por Deus em Sua Palavra.
É assim que elas são concedidas a nós. E a premiação final e maior de tudo isto é a própria vida eterna (v.12).