Qualificações para o Diaconato
“8 Da mesma forma os diáconos sejam sérios, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
9 guardando o mistério da fé numa consciência pura.
10 E também estes sejam primeiro provados, depois exercitem o diaconato, se forem irrepreensíveis.
11 Da mesma sorte as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes, e fiéis em tudo.
12 Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.
13 Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.” (I Tim 3.8-13)
Tal é a importância do ministério da Palavra, que ele vem citado não somente antes do ofício de diácono e dos demais ofícios relativos à administração dos recursos materiais da Igreja, especialmente no que diz respeito à ministração de bens aos necessitados, como também vemos em Atos 6.1-7, que Deus pôs um peso tal na pregação e ensino da Palavra e no apascentamento espiritual do Seu povo, que os apóstolos expressaram claramente que não podiam abandonar o ministério da Palavra e da oração para servirem às mesas, sendo esta importante atribuição delegada a outras pessoas diferentes daquelas que foram chamadas pelo Senhor para ministrar a Palavra e edificar os cristãos na verdade.
Assim, para que os ministros estejam liberados para o exercício do seu ministério, Deus também capacita e chama diáconos para cuidarem das necessidades temporais da Igreja, ainda que estas atribuições não configurem a ação exclusiva de tais oficiais, pois também devem se ocupar de assuntos espirituais.
Em razão do ofício que exercem, os diáconos devem ser pessoas honestas, acima de qualquer suspeita, para não darem ocasião ao Inimigo de blasfemar contra eles.
Este ofício exige portanto, pessoas de uma só palavra, não que seja admitido a qualquer cristão ser uma pessoa de língua dobre, mas esta certeza não pode faltar na ordenação de diáconos, porque os que são de língua dobre não têm um coração íntegro e reto.
A palavra deles deve ser confiável, de maneira que a paz da Igreja não seja perturbada por possíveis escândalos envolvendo as suas pessoas.
Um reforço para este mesmo propósito é que não sejam cobiçosos nem de torpe ganância
Exige-se também deles uma consciência pura, porque ainda que tenham um testemunho exemplar de vida, não faltará ocasião para serem acusados por instrumentos de Satanás que se infiltram na Igreja, e que certamente atacarão a sua integridade com injúrias.
Assim, a sua boa consciência será a melhor defesa que eles terão em face destes ataques que são geralmente desferidos a partir do inferno.
Deste modo, não basta que o candidato ao diaconato afirme que possui estas credenciais, isto deve ser comprovado na sua forma de viver e deve ser observado pela Igreja antes que se tome alguma decisão no sentido de ordená-lo.