Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

O Sermão de Jesus sobre o Tempo do Fim

 
Nós usaremos o texto de Mateus 24.1-51, e faremos referências aos textos paralelos dos evangelhos de Marcos e Lucas, na apresentação do Sermão Profético de Nosso Senhor sobre o tempo do fim.
Comecemos então com a leitura dos versos 1 a 3 de Mateus 24:
 
“1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.
2  Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3  No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. (Tudo o que foi dito adiante pelo Senhor se refere portanto à resposta que deu aos discípulos quanto aos eventos relacionados à Sua segunda vinda e ao fim dos tempos. Tudo se refere portanto, às coisas que estarão ocorrendo em conjunto, e em sucessão na geração do tempo do fim).
4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. (O engano que será operado pelo diabo e os demônios através de agentes humanos será muito grande neste tempo do fim, e por isso nosso Senhor alertou sobre a necessidade de os cristãos estarem acautelados para que não sejam enganados. Lembremos que todo engano é baseado em sutileza, e é exatamente isto o que está ocorrendo quanto à apostasia da Igreja, porque a grande maioria dos cristãos está sendo enganada com ensinos de homens e de demônios, conforme a Bíblia afirma que ocorreria nos últimos dias, porque pensam que é o verdadeiro evangelho que lhes está sendo pregado, porque afinal, isto está sendo feito dentro de muitas igrejas que se proclamam evangélicas ou a serviço de Cristo).
5  Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. (O maior de todos estes falsos Cristos é a Besta de Apocalipse, que é chamado de Anticristo, porque tentará também se passar por Messias da humanidade. Todavia, nosso Senhor, diz que todos eles são enganadores, e que seriam seguidos por muitos, enganando-os com o disfarce de promotores da paz e segurança mundial. Todavia, esta advertência de nosso Senhor neste quinto versículo de Mateus 24, tem uma aplicação mais extensa, sendo muito particular para estes nossos dias, em que se multiplicam aqueles que alegam serem cristos ministrando na terra). 
6  E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. (Aqui estão em foco as guerras dos últimos dias, especialmente a grande e última  Terceira Grande Guerra Mundial, que terá o propósito de conduzir o Anticristo ao poder, com a ilusão que um governo central sobre as nações porá fim aos conflitos mundiais. Nosso Senhor revelou que todo sonho de paz duradoura produzida pelo próprio mundo sempre será frustrado, porque o mundo jaz nas trevas sob o governo do diabo. 
As guerras mundiais são planejadas pelos enganadores que foram citados por nosso Senhor anteriormente. E os rumores de guerra são referentes à guerra fria e às ameaças de guerra que não seriam cumpridas neste período, com o propósito de alarmar toda a humanidade. O ambiente de terrorismo implantado nesta nossa época tem muito a ver com estes rumores de guerra a que se referiu nosso Senhor. Este período não é no entanto o da Grande Tribulação, mas um período preparatório para a vinda do Anticristo, e por isso nosso Senhor disse que seria necessário que tudo isto ocorresse primeiro, e que ainda não seria o fim dos tempos propriamente dito).
7  Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; (Este levantar de nação contra nação e reino contra reino se refere aos confrontos não para afirmação da nacionalidade, mas justamente para a destruição da soberania das nações, para a globalização que conduzirá à consolidação do reino da Besta. Enquanto as nações que resistirem à Nova Ordem Mundial serão esmagadas pela guerra. Não há nenhum paradoxo, pelo fato de nosso Senhor ter afirmado que se levantaria  nação contra nação e reino contra reino, porque os que resistirem à unificação mundial serão atacados pelas nações que se autodesignam como eixo do bem. E aqueles que são classificados como sendo do eixo do mal provocarão, da sua parte, como tem ocorrido, as demais nações. Veja por exemplo o que tem feito o Irã e a Coreia do Norte. Então temos testemunhado esta conjugação de conflitos entre nações e fomes, pestes e terremotos, como profetizado por nosso Senhor, que tais ocorrências se dariam em “vários lugares”, ou seja, no mesmo período, da geração do tempo do fim, e isto em várias partes do mundo.)
8  porém tudo isto é o princípio das dores. (Este princípio de dores aqui referido, é o princípio das dores de parto para dar à  luz o Anticristo. São os eventos relacionados ao mistério da iniquidade operado pelo diabo desde a mais remota antiguidade, e que terão a sua conclusão e culminância, neste tempo do fim, conforme temos testemunhado, e especialmente no período da Grande Tribulação). 
9  Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. (A Igreja sofreu uma dura perseguição por parte Império Romano, nos primeiros 300 anos de sua existência, até Constantino ter-se declarado cristão, com fins políticos. Aquele tipo de perseguição, que tinha por objetivo atingir as pessoas dos cristãos, só serviu para contribuir para o crescimento da Igreja, e para a confirmação da fé na sã doutrina.  Então o diabo mudou de estratégia, e passou a dar maior ênfase ao que Paulo chama de “mistério da iniquidade” (II Tes 2.7), realizando uma perseguição muito sutil, e dirigida contra aqueles que sustentam a sã doutrina, e  que mantêm a verdade do evangelho na terra. É uma perseguição de ódio contra a verdade, muito mais do que contra as pessoas dos cristãos, individualmente se falando. O alvo é o de erradicar os valores do cristianismo da face da terra, substituindo tais valores por uma nova filosofia de vida que apregoa especialmente a liberdade do homem para fazer aquilo que considere o mais conveniente para a sua própria felicidade, segundo o seu próprio ponto de vista, ou então  pela oferta de doutrinas liberais para o mesmo propósito. Isto está sendo feito primeiramente pela destruição dos valores cristãos, em favor de uma alegada igualdade, liberdade e fraternidade mundial, onde todas as diferenças devem ser eliminadas para a aceitação dos valores satânicos que se opõem à Palavra de Deus. Esta é a razão de nosso Senhor ter dito que os cristãos seriam odiados de todas as nações. Os cristãos que se recusarem a abraçar este liberalismo mundano, e que permanecerem fiéis a Cristo e à Sua Palavra serão odiados até o ponto de alguns deles experimentarem a morte física, por uma perseguição governamental, tal como nos dias de Roma, porque serão considerados um empecilho para a paz e segurança mundanas que estão sendo implantadas nas nações através de engano, e prática aberta do pecado, para a recepção do Anticristo. Não podemos esquecer que muitos cristãos estão sendo martirizados nos países da chamada janela 10/40, especialmente na Ásia. Nosso Senhor se refere também ao fato de que os cristãos serão atribulados, ou seja, eles terão aflições em suas almas justas neste período, tal como Ló sofria e afligia diariamente a sua alma justa, em razão do pecado das cidades de Sodoma e Gomorra, por terem que viver em contextos de iniquidade, onde a Palavra de Deus é desprezada, inclusive em suas próprias igrejas).       
10  Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; (Este tempo de preparação para a chegada do Anticristo, no qual já estamos vivendo, é um tempo de escândalos, traição e ódio entre as pessoas. Mas tudo isto está encoberto debaixo de uma capa de falsa  unidade, liberdade e aceitação sem qualquer tipo de discriminação contra toda forma de prática deliberada de pecado e seus excessos, seja em sexo, mentira, e toda forma de prática até mesmo entre cristãos nominais na Igreja que levarão muitos a se escandalizarem, pensando que nosso Senhor tem algo a ver com estes cristãos liberais e apóstatas. Então muitos levantarão uma forte oposição a todos os cristãos que pretenderem perseverar na fidelidade a Cristo e à Sua Palavra). 
11  levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. (Especialmente o trabalho de escandalizar, referido anteriormente, será operado por falsos profetas, que estarão falando em nome de Deus e de Cristo, e lograrão enganar  a muitas pessoas, que seguirão as suas profecias e ensinos satânicos. Isto está ocorrendo até mesmo no seio da Igreja. As doutrinas de sociedades secretas e ocultistas estão ganhando espaço e força, e influenciando não poucos cristãos. Muitos estão sendo enganados pelos falsos profetas que alegam estar falando da parte de Deus, porque pregam amor irrestrito a todos os homens, e assim muitos pensam que eles pertencem a Deus, porque afinal, Deus é amor. Todavia eles não pregam o juízo de Deus contra o pecado, a necessidade de santificação para o arrebatamento e para se agradar a Deus, não pregam que há uma porta estreita e um caminho estreito, no qual a fé do cristão é provada pelas tribulações. Enfim, eles falam de amor mas não vivem o verdadeiro amor que não folga com a iniquidade, senão somente com a verdade).   
12  E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. (O resultado do abandono do cristianismo para se abraçar este modo de vida mundano proposto sob a falsa capa da liberdade, unidade e fraternidade das nações e dos povos, baseada no total abandono dos valores de Deus, com retorno às práticas do paganismo, é no que consiste a multiplicação da iniquidade, e a consequência imediata disto é o esfriamento do verdadeiro amor  divino nos corações daqueles que se desviam do amor à Sua Palavra. Isto ocorre porque Deus foi retirado do centro da vida das pessoas, e ali foi colocado o próprio homem, julgando estar livre do juízo divino. No entanto, está sob o jugo do pecado e do diabo. Como somente Deus é amor, e este amor de Deus é infundido pelo Espírito Santo nos corações dos cristãos, então, o resultado do abandono dos valores de Deus e da submissão à Sua vontade é o esfriamento do amor, tal como tem sido experimentado pela sociedade pós-moderna, porque aquele que não examina o seu próprio coração para que Deus veja se há nele algum caminho mau, de modo a poder ser conduzido pelo caminho da verdade, acaba por cair debaixo dos juízos do Senhor que começam pela Sua própria casa. O Deus que julgou e trouxe muitos dos cristãos rebeldes da Igreja de Corinto, debaixo de um juízo de morte física, de enfermidades e de muitas fraquezas, é o mesmo Deus que continua julgando os cristãos de todas as épocas. Daí as advertências de nosso Senhor para que nos guardemos do ensino dos falsos profetas, para que saiamos de debaixo da influência deles, para não ficarmos sujeitos aos juízos de Deus).
13  Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. (Somente o que perseverar na fidelidade ao Senhor e à Sua Palavra poderá escapar do engano que estará operando no mundo e dos juízos do próprio Deus, por causa de um viver em santificação. Lembremos sempre que nestes últimos dias, de apostasia, o que está sendo ensinado na maior parte das Igrejas não é o verdadeiro evangelho mas os ensinos da Nova Ordem Mundial, que tem por respaldo e base a influência e direção de sociedades ocultistas e stanistas, que têm aparência de justiça, bondade e amor, mas não é o evangelho, mas o meio de Satanás desviar de Deus os corações dos homens, por amarem a ideia de que são livres para efetuarem o seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual. Então, os verdadeiros cristãos que serão salvos, são aqueles que mostrarem a evidência de terem permanecido fiéis à Palavra de Cristo e obedientes à Sua vontade, em meio a estes dias difíceis do tempo do fim, porque o joio não pode suportar as aflições, que somente os verdadeiros cristãos podem aguentar, porque são assistidos pela graça de Jesus).  
14  E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. (A um mundo do qual se poderia dizer quase totalmente estragado e pronto para o juízo de destruição de Deus, o Senhor revela ainda a Sua graça, longanimidade e bondade, fazendo com que o evangelho seja pregado em todas as nações, pelo poder do Espírito, mesmo nestes dias difíceis, como um último toque de advertência da trombeta de Deus para que o homem se arrependa, se converta e viva. Quando este trabalho de pregação do verdadeiro evangelho bíblico em todo o mundo tiver sido completado, então será disparado o cronograma de Deus para a consumação de todas as coisas com a vinda do tempo preciso do fim, que será marcado com a Grande Tribulação, que ocorrerá na segunda metade do período de governo do Anticristo, ou seja, depois de três anos e meio do início do seu governo.).
Veja que esta primeira parte do sermão profético, ou seja, dos versos 1 a 14 de Mateus 24, é encerrada com a afirmação de Jesus: “Então virá o fim”. Isto, como a dizer: somente a partir de todas as coisas por Ele citadas, que seriam então desencadeadas todas as ocorrências que precipitarão a Sua volta.
Veja: o evangelho está sendo pregado no mundo todo, ao mesmo tempo em que estão ocorrendo guerras, rumores de guerras, epidemias, terremotos, fomes, aparição de falsos cristos e falsos profetas, perseguições e esfriamento do amor em razão da multiplicação da iniquidade. Em dado momento é atingida a última nação, o último povoado da Terra, com a pregação do evangelho. Este será o marco propulsor do retorno do Senhor. A partir daí começarão a ocorrer todos os demais eventos que estão relacionados à volta de Jesus, na geração que testemunhar todas estas demais coisas. Como Ele mesmo ensinou neste seu sermão profético. 
 
Vejamos agora a segunda parte do sermão profético de nosso Senhor, a partir do verso 15 de Mateus 24:
 
15  Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), (Nosso Senhor faz uma alusão direta à profecia de Dn 9.27, a cujo contexto pertence a predição relativa às 70 semanas que correspondem aos Seus dois adventos, ou seja, o primeiro para ser o Redentor de Israel e das nações, morrendo na cruz, e o segundo como o Libertador de Israel das assolações do Anticristo. É por isso que no texto de Daniel 9, a profecia é dividida em 69 semanas para o primeiro advento, e 1 semana para o segundo. Como o primeiro advento estava associado à reconstrução e restauração da religião de Israel a partir dos dias de Neemias e Esdras, então foi profetizada uma contagem de 483 anos (69 semanas de anos, porque 69 x 7 = 483), desde a saída da ordem para a reconstrução de Jerusalém, até a morte do Ungido, que é Cristo, na cruz. Como o tempo da dispensação da graça é considerado o tempo para a salvação dos gentios, no qual Israel tem permanecido endurecido ao evangelho, a contagem do tempo para o livramento da citada nação, é retomada a partir do início do governo de 7 anos do Anticristo, até o seu final, no qual o Senhor Jesus estará retornando para livrar os israelitas da intentada destruição geral de Israel, pela coligação de nações unidas ao Anticristo, da qual nenhum poder terreno seria capaz de livrá-los, senão uma intervenção direta da parte do Senhor.  
É por isso que Jesus fez referência no Seu sermão profético a esta profecia do livro de Daniel. Porque ela tem a ver com o fechamento do chamado período dos gentios, ou dispensação da graça, porque o Senhor estará retornando não como Salvador, mas como Juiz.)
 
16  então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; (Como o Anticristo irá cercar com os seus exércitos a cidade de Jerusalém, como se vê no texto paralelo do evangelho de Lucas, então todos os que estiverem na região da Judeia, estarão correndo grande risco de serem mortos, daí a orientação do Senhor de que fujam para se esconderem nos montes, para pouparem suas vidas. Lembre que os cristãos fiéis não enfrentarão a Grande Tribulação, conforme prometido pelo Senhor à Igreja fiel de Filadélfia, no terceiro capítulo do livro de Apocalipse, porque tais cristãos serão arrebatados antes do início da Grande Tribulação na metade do governo do Anticristo).
17  quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; (Tal será a urgência do ataque que será desferido contra os judeus na ocasião, que o Senhor lhes está advertindo por esta palavra que priorizem suas vidas e não os seus bens, e que os deixem para trás para que não sejam mortos, por darem tempo ao inimigo de atacá-los, a partir do momento que o templo de Jerusalém, que será reconstruído, for profanado pelo Anticristo, colocando ali a imagem de uma divindade pagã, que poderá ser a sua própria imagem, para ser adorada no lugar de Deus).  
18  e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. (os judeus que já se em encontrarem no campo na referida ocasião, não devem retornar à cidade, mas fugirem para os montes conforme a recomendação de nosso Senhor)
19  Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! (As mulheres que estiverem grávidas ou amamentando filhos em idade muito tenra, terão maiores dificuldades para empreenderem a fuga, e daí o “ai” proferido por nosso Senhor).
20  Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; (As atividades religiosas do dia de sábado concentrarão muitos judeus na cidade de Jerusalém, e caso o ataque iminente do Anticristo se dê em tal dia, isto lhe dará uma maior vantagem para a destruição dos judeus. E caso se dê no tempo do inverno, as condições climáticas desfavoráveis também serão um fator complicador para a fuga deles).
21  porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. (O plano satânico de redução drástica da humanidade em dois terços, estará sendo colocado em marcha com o início da Grande Tribulação, na metade do governo do Anticristo. E tal será a mortandade deste período que nosso Senhor afirma que nada do que já houvera antes no mundo, em termos de extermínio da humanidade poderá ser comparado ao que ocorrerá na citada ocasião).
22  Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados. (Os seis milhões de judeus que foram mortos sob Hitler, e os cerca de 50 milhões que foram mortos na Segunda Grande Guerra Mundial, será bem menor do que a que ocorrerá na Grande Tribulação, cujo tempo será controlado por Deus, para que sejam poupados os Seus escolhidos).
23  Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; (Tendo concluído seu discurso sobre as coisas que aconteceriam próximo e durante o período da Grande tribulação, nosso Senhor passou a retomar, a partir deste versículo novas advertências quanto à necessidade de os cristãos estarem vigilantes para não serem enganados, pela falsidade daqueles que estarão operando nos últimos dias próximos da Sua segunda vinda, como se fossem o próprio Cristo ou Seus seguidores, quando na verdade são aqueles que estão contribuindo com os planos de Satanás para enganar a humanidade).   
24  porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. (Será de tal ordem a forma de engano que ocorrerá nos dias do tempo do fim, que será permitido por Deus que os falsos cristos e profetas operem grandes sinais e prodígios, para reivindicarem a sua procedência “divina”. Fazer alguém crer que uma mentira é uma verdade é no que consiste o engano, especialmente com o propósito de levar as pessoas a negligenciarem o assunto da necessidade de salvação de suas almas por meio da fé em Cristo. E é exatamente isto que temos observado em nossos dias, e isto aumentará em intensidade e poder quando o Anticristo se manifestar. Veja que nosso Senhor apontou esta multiplicação de falsos profetas e falso ensino dos nossos dias, como uma evidência da geração do tempo do fim que testemunharia a Sua segunda vinda.)
25  Vede que vo-lo tenho predito.
26  Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. (A predição feita por nosso Senhor de todas estas coisas é para que os cristãos não deem crédito ao que estes falsos profetas e cristos estiverem afirmando e todas estas coisas manifetrode a liberdade, igualdade e fraternidade que lhes estque estão fazendo em nome de Deus e de Cristo. Ou seja, nosso Senhor nos adverte para que não sejamos crédulos, dando crédito a tudo que se afirme em nome de Deus, quer seja dentro da própria Igreja, porque é na Bíblia que o cristão deve fundamentar a sua fé e fidelidade a Deus, e não propriamente no ensino de homens e de demônios que não estejam em conformidade com a sã doutrina bíblica. Isto evidencia que há necessidade de se buscar a santificação que é mediante a Palavra de Deus, para que possamos ser arrebatados, e escapar por conseguinte, das coisas horríveis que ocorrerão no período da Grande Tribulação, que se seguirá não muito depois do arrebatamento da Igreja).
27  Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. (A vinda de nosso Senhor ocorrerá no final do período da Grande Tribulação, ou seja, dos sete anos de governo do Anticristo. E a sua manifestação será em glória, à vista de todas as nações, de modo sobrenatural, e não por meios tecnológicos que serão usados pelo Anticristo para imitar que é o próprio Cristo que está vindo em sua segunda vinda. Assim, os que derem crédito a homens que afirmam ser o próprio Cristo, nosso Senhor, apresenta o firme argumento, que se serão enganados somente aqueles que não dão crédito a esta Sua palavra, porque quando Ele vier, será em grande glória e poder celestial, à vista de todas as nações).
28  Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. (Esta é outra evidência da Segunda Vinda de nosso Senhor, logo depois do arrebatamento da Igreja, para julgar o mundo de ímpios: muitos serão mortos pela liberação da Sua palavra de juízo e de poder sobre eles.  Não será com exércitos terrenos que nosso Senhor destruirá os ímpios na Sua segunda vinda. Ninguém se iluda portanto, pensando que os juízos derramados através das perseguições do Anticristo são os juízos diretos que nosso Senhor manifestará na Sua segunda vinda. De modo que o próprio Anticristo e os falsos profetas que o apoiarão, e os ímpios dos exércitos que lhe estiverem apoiando, serão destruídos por nosso Senhor quando se manifestar com poder e glória na Sua segunda vinda. Haverá abutres porque haverá cadáveres de muitos ímpios que serão mortos pela manifestação do Senhor).  
29  Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
30  Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.
31  E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. (Nestes versos 29 a 31 continuam sendo detalhadas as coisas que sucederão no final da Grande Tribulação, ou seja, quando nosso Senhor inaugurar o período do milênio pela destruição de todas as hostes do Anticristo. Os escolhidos serão reunidos para reinarem juntamente com Ele em Jerusalém.). 
32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.
33  Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
34  Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
35  Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. (Nestes versos 32 a 35, nosso Senhor conclui suas palavras proféticas sobre o tempo do fim, afirmando que os cristãos devem saber reconhecer o período da Sua segunda vinda, pela ocorrência em conjunto das coisas que foram profetizadas. Quando tudo isto estiver ocorrendo numa determinada geração, será esta a que testemunhará o fim dos tempos. Os sinais que temos visto nunca ocorreram em nenhuma outra época da humanidade, senão na nossa. Então é provável que o retorno de nosso Senhor ocorra na nossa geração). 
36  Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. (Se os cristãos podem e devem interpretar os sinais que estarão ocorrendo no tempo do fim, para redobrarem a vigilância para não serem enganados, no entanto não podem conhecer o dia exato da volta do Senhor).
37  Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.
38  Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39  e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.
40  Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;
41  duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
42  Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. (Nos versos 37 a 42, nosso Senhor se referiu às condições reinantes na terra, quando se der o arrebatamento da Igreja. Veja que o sermão profético proferido por Ele não apresentou os fatos em ordem cronológica. Ele fala neste verso de coisas que ocorrerão antes de muitas outras que havia citado anteriormente, relativas ao período da Grande Tribulação. Todavia, a vida seguirá o seu rumo em meio a todas as crises e enganos que estarão sucedendo à geração da Sua segunda vinda.  Ninguém sabia quando seria o dia do dilúvio, e de igual modo ninguém sabe quando o Senhor voltará, mas Ele assegurou que alguns serão arrebatados e outros não. A grande advertência aqui é a de que se tenha cuidado, para que não se pense que as condições de aparente normalidade do curso da vida no mundo, leve muitos a crerem que os sinais da volta do Senhor não estão também presentes, e que assim se venha a afrouxar na vigilância para a necessidade de santificação. Nenhum cristão deve ficar enredado nos negócios desta vida. No entanto, é o que muitos estão fazendo. Estão negligenciando a saúde de suas almas, seus corpos e espíritos, por causa de um grande envolvimento com os atrativos do mundo).        
43  Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
44  Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.
45  Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?
46  Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
47  Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens.
48  Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,
49  e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,
50  virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe
51  e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes. (Nestes últimos versos, em face da realidade do arrebatamento prometido para a Igreja, nosso Senhor adverte os cristãos quanto ao procedimento santo e reto que eles deverão manter para serem arrebatados, e que ninguém se descuide quanto à vigilância e à referida necessidade de viver do modo ordenado na Palavra de Deus. Os ímpios serão lançados no tormento eterno, e portanto, os cristãos que têm a promessa de serem arrebatados não devem viver como os ímpios, porque o Senhor não confiará os Seus bens a pessoas infiéis, de modo que tais cristãos infiéis não serão arrebatados, ainda que isto não signifique a perda da sua salvação).    
 
Se a forma como Jesus indicou o tempo do Seu retorno auxilia para a fixação exata da época em que tal se dará, não sabemos, mas uma coisa é certa, o modo de exposição tem ajudado a Igreja a vigiar por quase toda a  sua história, em face das diversas expectativas quanto à volta do Senhor, motivadas por tais eventos, que muitas vezes foram interpretados como  sinais que anunciavam a Sua proximidade.    
Quase dois mil anos já se passaram desde que Jesus morreu e ressuscitou. Qual a importância das suas palavras de alerta para a necessidade de vigilância, para as gerações anteriores, já que Ele não retornou até agora? 
Muita. Pois a vigilância é companheira da fidelidade.
A vigilância lhes ajudou a progredirem em santidade, de maneira que lhes fosse amplamente suprida a entrada no reino dos céus.
De igual forma, em relação a nós, nos presentes dias. A forte expectativa de que o Senhor está retornando coopera para que muitos acordem da sonolência espiritual e se ponham de pé diante dEle.
Ainda que a Sua volta venha a ocorrer só daqui a muitos anos, o que não cremos, todavia, Sua palavra de alerta continua efetuando o mesmo efeito benéfico sobre o Seu povo, conduzindo-o à comunhão e ação.
Lembremos da promessa feita pelo Senhor de que a geração que testemunhasse a ocorrência de todos os eventos chaves destacados por Ele em Seu sermão profético, não passaria (Mt 24.34; Lc 21.32), ou seja, seria a geração que testemunharia também o Seu retorno para o arrebatamento da Igreja, cremos que tal promessa se refere aos dias em que temos vivido. Guardemo-nos portanto irrepreensíveis, saudáveis, em tudo o que se refere ao nosso espírito, à nossa alma e até mesmo ao nosso corpo, para que possamos participar do arrebatamento que velozmente se aproxima.
Por isso lemos em I Tes 5.23 o seguinte:
O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tes 5.23)
E quando Deus levantar milhões de cristãos que foram achados dignos de serem arrebatados, por terem sido fiéis às Suas chamadas ao arrependimento e à santidade para o encontro com o Senhor Jesus entre nuvens, Ele terá muita glória ao demonstrar o Seu grande poder sobre a morte, tripudiando sobre ela, levantando a milhões que escaparão do grilhão da própria morte física.
Assim, a Palavra afirma que nem todos dormiremos, ou seja, morreremos fisicamente, como se vê em I Cor 15. Cuidemos então muito bem de nossa própria saúde física, além da espiritual, porque o dia do arrebatamento está muito próximo.  
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
52  num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53  Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54  E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
55  Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Cor 15.51-55)
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 26/11/2012
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