Moral da Estória
Postei há poucos dias atrás, aqui no Recanto, a estória intitulada “Meu Cãozinho Fiel”, e gostaria agora de apresentar a seguir um tipo de moral dessa pequena estória:
“Por vezes sem conta tenho voltado aos saquitéis de ouro para guardá-los com o gastar da minha própria vida.”
Esta é a moral da estória, e aqui a explicação:
Pregamos o evangelho para cuidar e guardar o ouro precioso das almas pelas quais oramos e bendizemos, e contudo, é muito comum, que alguns pensem que estamos loucos ao fazê-lo, e nos atingem com palavras duras e ferinas com o propósito de matar o vigor de nosso espírito.
Todavia, ainda que feridos continuamos cuidando dos interesses dos que nos ferem, velando por suas almas.
Para quem não lembra, eis a estória:
Meu Cãozinho Fiel
Faz mais de cinquenta anos,
mas trago ainda vividamente
estampada na memória
a estória do cãozinho fiel,
que tanto marcou a minha vida,
desde que era uma criança.
Em poucas palavras a resumo:
Um negociante saiu em viagem
com um saquitel de ouro,
acompanhado do seu cãozinho.
Tendo feito uma pausa,
para descansar à sombra de uma árvore,
lá deixou por descuido o seu ouro.
E partindo de novo em viagem,
Fiel rosnava, e mordiscava
as patas do seu cavalo.
Pensando que tinha enlouquecido,
seu dono desferiu-lhe um tiro.
E Fiel, com seu corpinho ensanguentado,
foi quase se rastejando na direção contrária,
e sendo seguido pelo seu dono,
foi encontrado morto,
sobre o seu saquitel de ouro.
Eu chorei muito quando li esta estória.
e fui marcado para sempre, por ela,
quanto a dar valor à fidelidade.