Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
SALMO 41 – Salmo de Davi
 
Neste Salmo, Davi se encontrava enfermo, e mesmo na fraqueza que é produzida pela doença, não se deixou agradar pelas palavras vãs dos falsos consoladores, porque mesmo em fraqueza a sua alma justa abominava o pecado.
Agradava-lhe a companhia dos santos e dos justos.
Ele conhecia o que era a maldade no coração do homem, porque mesmo aqueles que lhe visitavam, por motivo de cumprimento de uma mera norma social, mas não por um sincero desejo do coração, falavam mal dele pelas costas, logo que saíam da sua presença, e se regozijavam pelo fato de estar muito enfermo.
Possivelmente deveriam diagnosticar a causa da enfermidade como sendo falta de fé, ou algum pecado cometido por Davi, com o intuito de lhe infamar o nome.
Contudo, o Senhor assistia a Davi no seu leito de enfermidade e lhe afofava a cama.
Mais do que ser sarado do corpo Davi aspirava ser sarado em sua alma, sendo perdoado dos seus pecados, para que os seus inimigos não tivessem motivo para falar mal dele. 
Mas quando foi que ele havia deixado de acudir ao necessitado?
Então, necessitado que ele estava naquela hora, tinha a certeza, de que o Senhor, cuja bondade era maior do que a dele, lhe acudiria também, tal como ele havia acudido a outros.
E portanto, lhe protegeria e preservaria a vida, contrariando as expectativas de seus inimigos em relação a ele.
Eles o odiavam a ponto de rosnarem como cães, e apostavam na sua morte.
Mesmo o seu amigo íntimo, em quem havia depositado a sua confiança, e que comia à sua mesa, havia levantado contra ele o seu calcanhar, tal como Judas havia feito com nosso Senhor.
Homens cobiçosos passam por amigos até o dia em que vêem surgir alguma oportunidade para assumirem a posição de honra daqueles que se fizeram “amigos” por conveniência interesseira.
Davi estava bem instruído acerca disto e pôde se acautelar deles nas orações que dirigia ao Senhor para livrá-lo de tais homens.
Mas aqueles que são ingênuos, crédulos, e que não podem discernir nem as próprias faltas, bem como as más intenções de outros, certamente haverão de cair nos laços que lhes forem armados por tais ímpios, tal logo observem o menor sinal de fraqueza neles.    
 
“Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal. 
O SENHOR o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos.
O SENHOR o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama. 
Disse eu: compadece-te de mim, SENHOR; sara a minha alma, porque pequei contra ti.
Os meus inimigos falam mal de mim: Quando morrerá e lhe perecerá o nome? 
Se algum deles me vem visitar, diz coisas vãs, amontoando no coração malícias; em saindo, é disso que fala. 
De mim rosnam à uma todos os que me odeiam; engendram males contra mim, dizendo: Peste maligna deu nele, e: Caiu de cama, já não há de levantar-se.
Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar. 
Tu, porém, SENHOR, compadece-te de mim e levanta-me, para que eu lhes pague segundo merecem. 
Com isto conheço que tu te agradas de mim: em não triunfar contra mim o meu inimigo.
Quanto a mim, tu me susténs na minha integridade e me pões à tua presença para sempre. 
Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, da eternidade para a eternidade! Amém e amém!” 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 30/11/2012
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