Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Promessa Feita Promessa Cumprida
 
Nós vemos no capítulo 11 de Jeremias, que o Senhor vindicou a Sua fidelidade, santidade e justiça com esta mensagem que mandou Jeremias pregar em todas as cidades de Judá, lendo-lhes as palavras da aliança que havia feito com eles desde os dias de Moisés, na qual estavam previstos todos os juízos que viriam sobre eles, inclusive o do cativeiro, em caso de desobediência aos termos da aliança, que eles haviam voluntariamente feito com o Senhor.
Deus não muda. A Sua vontade não muda. A Sua Lei não muda. Mas a aliança seria mudada porque eles haviam violado a mesma. O Senhor faria uma nova aliança com a casa de Israel e de Judá, conforme está profetizado no trigésimo primeiro capítulo do livro de Jeremias, nos versos 31 a 34.
Mas antes de revogar a antiga aliança ela seria lida a todos os judeus para que soubessem que eles a haviam violado servindo a outros deuses e não somente ao Senhor.   
Como um profeta não tem honra na sua própria terra, e entre os seus, foi justamente em Anatote, sua cidade natal, cidade de sacerdotes, que Jeremias sofreu grande oposição e resistência a ponto de terem intentado tirarem a sua própria vida, quando lhes proclamou, como em todas as cidades de Judá, que eles haviam quebrado a aliança do Senhor. 
Então Deus ordenou a Jeremias que não mais orasse em favor daquele povo, porque Ele não os ouviria quando clamassem a Ele no dia da sua calamidade (v. 14).
Deus havia revelado, havia mostrado ao profeta a profundidade da iniquidade do coração de todos eles (v. 18); todavia o profeta continuava como um manso cordeiro em seu meio, sem saber que era contra ele próprio que estavam maquinando, com o intento de matá-lo (v. 19).
Mas o Senhor, justo Juiz que é, e que prova os corações e a mente, conhecia os intentos deles, que às ocultas armavam contra o Seu profeta, e por isso tomou a sua causa em Suas mãos, e proferiu um juízo terrível de morte contra os habitantes de Anatote.
Aqueles que estavam procurando a morte do justo, encontrariam a própria morte deles.     
Eles haviam proibido Jeremias de lhes profetizar em nome do Senhor (v. 21), para que não morresse nas mãos deles, mas o Senhor mataria os seus jovens à espada e os seus filhos e filhas morreriam de fome, e não deixaria que ficasse qualquer resto deles em Anatote, no ano da sua punição (v. 23). 
 
 
“1 A palavra que veio a Jeremias, da parte do Senhor, dizendo:
2 Ouvi as palavras deste pacto, e falai aos homens de Judá, e aos habitantes de Jerusalém.
3 Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Maldito o homem que não ouvir as palavras deste pacto,
4 que ordenei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: Ouvi a minha voz, e fazei conforme a tudo que vos mando; assim vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus;
5 para que eu confirme o juramento que fiz a vossos pais de dar-lhes uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Então eu respondi, e disse: Amém, ó Senhor.
6 Disse-me, pois, o Senhor: Proclama todas estas palavras nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, dizendo: Ouvi as palavras deste pacto, e cumpri-as.
7 Porque com instância admoestei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, até o dia de hoje, protestando persistentemente e dizendo: Ouvi a minha voz.
8 Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes andaram cada um na obstinação do seu coração malvado; pelo que eu trouxe sobre eles todas as palavras deste pacto, as quais lhes ordenei que cumprissem, mas não o fizeram.
9 Disse-me mais o Senhor: Uma conspiração se achou entre os homens de Judá, e entre os habitantes de Jerusalém.
10 Tornaram às iniquidades de seus primeiros pais, que recusaram ouvir as minhas palavras; até se foram após outros deuses para os servir; a casa de Israel e a casa de Judá quebrantaram o meu pacto, que fiz com seus pais.
11 Portanto assim diz o Senhor: Eis que estou trazendo sobre eles uma calamidade de que não poderão escapar; clamarão a mim, mas eu não os ouvirei.
12 Então irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a que eles queimam incenso; estes, porém, de maneira alguma os livrarão no tempo da sua calamidade.
13 Pois, segundo o número das tuas cidades, são os teus deuses, ó Judá; e, segundo o número das ruas de Jerusalém, tendes levantado altares à impudência, altares para queimardes incenso a Baal.
14 Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim por causa da sua calamidade.
15 Que direito tem a minha amada na minha casa, visto que com muitos tem cometido grande abominação, e as carnes santas se desviaram de ti? Quando tu fazes mal, então andas saltando de prazer.
16 Denominou-te o Senhor oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos; mas agora, à voz dum grande tumulto, acendeu fogo nela, e se quebraram os seus ramos.
17 Porque o Senhor dos exércitos, que te plantou, pronunciou contra ti uma calamidade, por causa do grande mal que a casa de Israel e a casa de Judá fizeram, pois me provocaram à ira, queimando incenso a Baal.
18 E o Senhor mo fez saber, e eu o soube; então me fizeste ver as suas ações.
19 Mas eu era como um manso cordeiro, que se leva à matança; não sabia que era contra mim que maquinavam, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto, e cortemo-lo da terra dos viventes, para que não haja mais memória do seu nome.
20 Mas, ó Senhor dos exércitos, justo Juiz, que provas o coração e a mente, permite que eu veja a tua vingança sobre eles; pois a ti descobri a minha causa.
21 Portanto assim diz o Senhor acerca dos homens de Anatote, que procuram a tua vida, dizendo: Não profetizes no nome do Senhor, para que não morras às nossas mãos;
22 por isso assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que eu os punirei; os mancebos morrerão à espada, os seus filhos e as suas filhas morrerão de fome.
23 E não ficará deles um resto; pois farei vir sobre os homens de Anatote uma calamidade, sim, o ano da sua punição.”. (Jeremias 11.1-23)
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 30/11/2012
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