SALMO 63 – Salmo de Davi quando no deserto de Judá
Davi está num deserto, mas não murmurava como haviam feito os israelitas nos dias de Moisés, depois de terem deixado o Egito.
O deserto só servia para aumentar a sua devoção ao Senhor, porque era grande a sede que Ele tinha da Sua presença.
Então, a aridez do deserto, e a exaustão produzida pela escassez de água, só servia para aumentar a sede de Deus que tinha a sua alma.
A Davi não importavam as adversidades externas, porque em toda e qualquer circunstância estava acostumado a achar refrigério no Seu Deus.
Por isso podia dizer que a graça do Senhor lhe era melhor do que a própria vida, porque era por meio dela que era fortalecido na fraqueza, tal como Paulo viria a aprender depois dele, em seus dias.
Esta era a razão porque podia louvar ao Senhor e lhe bendizer o nome em todos os momentos da sua vida, e que o faria enquanto vivesse, porque tinha esta convicção de que a graça de Deus sempre o fortaleceria.
Então a sua alma estava saudável, assim como o gado gordo nos pastos, e podia com grande alegria expressar louvores a Deus com a sua boca, mesmo quando estava deitado em seu leito, e meditava em Deus na vigília da noite.
Ele podia dormir sossegado porque sabia que tinha o Senhor por seu auxílio, e assim, se sentindo à sombra das Suas asas de proteção divinas cantava jubilosamente.
A alma de Davi estava apegada a Deus, e por isso era amparada pela Sua mão direita.
Então aqueles que procurassem destruir a sua vida ficariam abismados nas profundezas da terra, porque o Senhor os lançaria lá, por amor do Seu servo.
Os que intentassem tirar a sua vida pela espada, seriam entregues por Deus ao poder da espada, e seus corpos mortos serviriam de pasto aos chacais, porque os que confiam no Senhor, recebem dele paz e segurança para permanecerem sossegados, mesmo diante das ameaças injustas que sofrem neste mundo.
A boca de Davi se abriria sempre em alegres louvores, e sempre se gloriaria no Senhor, porque Deus taparia a boca dos mentirosos, que falavam contra a sua vida caluniosamente.
“Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.
Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.
Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.
Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos.
Como de banha e de gordura farta-se a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva, no meu leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigília da noite.
Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas, eu canto jubiloso.
A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara.
Porém os que me procuram a vida para a destruir abismar-se-ão nas profundezas da terra.
Serão entregues ao poder da espada e virão a ser pasto dos chacais.
O rei, porém, se alegra em Deus; quem por ele jura gloriar-se-á, pois se tapará a boca dos que proferem mentira.”