A Impiedade Tem Seu Próprio Lugar
Logo depois da visão do candelabro e dos dois ramos de oliveira, Zacarias teve a visão de um rolo esvoaçante, registrado no quinto capitulo do seu livro, tendo dez metros de comprimento, por cinco de largura. Exatamente as medidas do santuário do tabernáculo, correspondente ao Lugar Santo e ao Santo dos Santos.
Isto indica que aquele rolo era procedente do santuário celestial de Deus.
Aquele rolo representava a Lei de Deus, mais particularmente a maldição da lei, conforme o anjo falou a Zacarias, que viria sobre todos os transgressores da Lei do Senhor, em toda a terra.
São descritas portanto, especialmente maldições contra aqueles que transgridem os dez mandamentos, como são citados, por exemplo, o ato de furtar e jurar falsamente (v. 3 e 4), a cujos praticantes, foi dito que seriam desarraigados da terra.
Depois desta, Zacarias teve outra visão de um efa, com uma tampa de chumbo, e quando foi retirada a tampa, havia uma mulher sentada no meio do efa.
O anjo disse que o efa era a iniquidade em toda a terra de Judá, e a mulher, a impiedade.
O anjo lançou a mulher dentro do efa e o fechou com a tampa de chumbo (v. 5 a 8).
A iniquidade se multiplica na terra por causa da prática da impiedade pelas que não têm uma vida santificada diante de Deus.
Zacarias viu em seguida duas mulheres que tinham asas como as da cegonha, e que levantaram o efa entre a terra e o céu, e quando Zacarias perguntou ao anjo para onde elas levariam o efa, este respondeu que iriam preparar um casa na terra de Sinar, na qual o efa seria colocado (v. 9 a 11).
Esta visão significa que a iniquidade de Judá seria removida pela destruição da vida de impiedade em que eles vinham vivendo, e seria arrancada da sua terra, e seria lançada fora em outras regiões distantes da terra, representadas na profecia pela terra de Sinar, onde seria bem acolhida nas casas dos amantes da impiedade, representados nas duas mulheres com asas, que construiriam uma casa para o efa da iniquidade.
Não deve haver impiedade e iniquidade no meio do povo de Deus, porque o lugar próprio para a iniquidade é no meio daqueles que não temem e que não amam ao Senhor.
Por isso se diz no final desta profecia, que o efa seria colocado no seu lugar, ou seja, no lugar onde lhe é apropriado para estar, e não no meio do povo de Deus.
“1 Tornei a levantar os meus olhos, e olhei, e eis um rolo voante.
2 Perguntou-me o anjo: Que vês? Eu respondi: Vejo um rolo voante, que tem vinte côvados de comprido e dez côvados de largo.
3 Então disse-me ele: Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra: porque daqui, conforme a maldição, será desarraigado todo o que furtar; assim como daqui será desarraigado conforme a maldição todo o que jurar falsamente.
4 Mandá-la-ei, diz o Senhor dos exércitos, e a farei entrar na casa do ladrão, e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome; e permanecerá no meio da sua casa, e a consumirá juntamente com a sua madeira e com as suas pedras.
5 Então saiu o anjo, que falava comigo, e me disse: levanta agora os teus olhos, e vê que é isto que sai.
6 Eu perguntei: Que é isto? Respondeu ele: Isto é uma efa que sai. E disse mais: Esta é a iniqüidade em toda a terra.
7 E eis que foi levantada a tampa de chumbo, e uma mulher estava sentada no meio da efa.
8 Prosseguiu o anjo: Esta é a impiedade. E ele a lançou dentro da efa, e pôs sobre a boca desta o peso de chumbo.
9 Então levantei os meus olhos e olhei, e eis que vinham avançando duas mulheres com o vento nas suas asas, pois tinham asas como as da cegonha; e levantaram a efa entre a terra e o céu.
10 Perguntei ao anjo que falava comigo: Para onde levam elas a efa?
11 Respondeu-me ele: Para lhe edificarem uma casa na terra de Sinar; e, quando a casa for preparada, a efa será colocada ali no seu lugar.”