Os Presos de Esperança
Judá havia sido encurvada pelo braço forte do Senhor, que a havia disciplinado.
No entanto, não seria das nações pagãs que procederia a salvação do Senhor para todo o mundo, mas de Judá.
Não seria de Tiro, nem de Sidom, nem das cidades confederadas dos filisteus citadas nos versos 5 a 7, de Zacarias 9, contra as quais o Senhor ainda entraria em juízo.
Damasco, Arã e estas cidades citadas, que haviam juntado muito ouro, e que estavam confiantes em suas riquezas, viriam a ser despojadas por Deus.
Nos versos 9 e 10 há uma profecia que revela que o Rei Justo e Salvador de Judá, é humilde, e viria a Jerusalém montado num jumento, um jumentinho, filho de jumenta.
E a Sua entrada triunfal em Jerusalém geraria exultação e alegria, como de fato gerou porque gritaram “Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor”, a ponto de os fariseus terem pedido a Jesus que repreendesse os Seus discípulos para não gritarem tão alto, mas Jesus lhes disse, que caso não o fizessem, as pedras clamariam, uma vez que isto estava profetizado neste texto de Zacarias 9 (v. 9).
Israel e Judá não prevaleceriam pela força de carros e de cavalos e de arcos de guerra, porque o reino deste Rei Justo e Salvador é um reino de paz para todas as nações, e o Seu domínio se estenderia de mar a mar, até as extremidades da terra (v. 10).
E por causa da nova aliança, que seria inaugurada no sangue deste Rei Justo e Salvador, seriam libertados os presos da cova em que não havia água (v. 11). Esta é a condição de todo homem sem Cristo. Ele está preso na cova do pecado, e desprovido da água viva do Espírito Santo.
Os presos são chamados a virem para a fortaleza que é o Senhor. E são chamados de presos de esperança. Ou seja, aqueles que suspiram pela salvação de Deus, e que têm a certeza de que têm em Cristo um libertador.
Para estes é prometida uma recompensa dupla, porque o Senhor traz consigo o Seu galardão para recompensar aqueles que O buscam (v. 12).
Deus tomaria vingança contra os inimigos do Seu povo, mas deles faria o que está prometido no que se afirma nos versos 16 e 17:
“16 E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como o rebanho do seu povo; porque eles serão como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra dele.
17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande é a sua formosura! o trigo fará florescer os mancebos e o mosto as donzelas.”
“1 A palavra do Senhor está contra a terra de Hadraque, e repousará sobre Damasco, pois ao Senhor pertencem as cidades de Arã, e todas as tribos de Israel.
2 E também Hamate que confina com ela, e Tiro e Sidom, ainda que sejam mui sábias.
3 Ora Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro como a lama das ruas.
4 Eis que o Senhor a despojará, e ferirá o seu poder no mar; e ela será consumida pelo fogo.
5 Asquelom o verá, e temerá; também Gaza, e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; e de Gaza perecerá o rei, e Asquelom não será habitada.
6 Povo mestiço habitará em Asdode; e exterminarei a soberba dos filisteus.
7 E da sua boca tirarei o sangue, e dentre os seus dentes as abominações; e ele também ficará como um resto para o nosso Deus; e será como chefe em Judá, e Ecrom como um jebuseu.
8 Ao redor da minha casa acamparei contra o exército, para que ninguém passe, nem volte; e não passará mais por eles o opressor; pois agora vi com os meus olhos.
9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta.
10 De Efraim exterminarei os carros, e de Jerusalém os cavalos, e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o Rio até as extremidades da terra.
11 Ainda quanto a ti, por causa do sangue do teu pacto, libertei os teus presos da cova em que não havia água.
12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje anuncio que te recompensarei em dobro.
13 Pois curvei Judá por meu arco, pus-lhe Efraim por seta; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia; e te farei a ti, ó Sião, como a espada de um valente.
14 Por cima deles será visto o Senhor; e a sua flecha sairá como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar a trombeta, e irá com redemoinhos do sul.
15 O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles devorarão, e pisarão os fundibulários; também beberão o sangue deles como ao vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar.
16 E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como o rebanho do seu povo; porque eles serão como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra dele.
17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande é a sua formosura! o trigo fará florescer os mancebos e o mosto as donzelas.” (Zacarias 9.1-17)