O Deus de Ordem e Organização
Deus organizou a forma pela qual as tribos de Israel deveriam realizar as suas marchas, e o fez designando quatro grupos de três tribos cada, encabeçados por uma tribo, respectivamente, e a tribo de Levi marcharia no meio deles.
Estes grupos receberam a denominação de arraial, sendo eles os seguintes:
1 – Arraial de Judá (v. 2-9), encabeçado por esta tribo, e ao qual pertenciam também as tribos de Issacar e Zebulom, totalizando 186.400 homens.
Eles deveriam estacionar defronte à parte Leste do tabernáculo, onde ficava a sua entrada, e seriam os primeiros a se colocarem em ordem de marcha.
2 – Arraial de Rúben (v. 10-16) – estacionaria ao Sul do tabernáculo juntamente com as tribos de Simeão e Gade. Totalizava 151.450 homens.
Era o segundo a se por em ordem de marcha, em seguida ao arraial de Judá.
3 – Os levitas marchavam com o tabernáculo logo depois do arraial de Rúben (v. 17).
4 – Arraial de Efraim (v. 18-24) – estacionaria a Oeste do tabernáculo juntamente com as tribos de Manassés e Benjamim. Totalizava 108.100 homens.
Era o terceiro a se colocar em ordem de marcha, à retaguarda dos levitas.
Observe que o santuário era coberto pelas seis tribos que marchavam adiante dele e pelas seis tribos que marchavam à sua retaguarda.
5 – Arraial de Dã (v. 25-31) – estacionaria ao Norte do tabernáculo juntamente com as tribos de Aser e Naftali. Totalizava 157.600 homens.
Era o quarto a se colocar em ordem de marcha, à retaguarda do arraial de Efraim.
Deus ama a ordem e estabeleceu Ele próprio a forma como Israel deveria se organizar.
De igual modo todo trabalho que proceda de fato de Deus em Sua igreja, terá esta marca da organização inspirada por Ele, e que deve ser buscada nEle pelos líderes de cada um destes trabalhos, para ser aplicada exatamente do modo que lhes foi revelado pelo Senhor.
Esta organização deve ser cumprida por todos os servos do Senhor, tal qual fizeram os israelitas nos dias de Moisés (Nm 1.54; 2.34).
Foi de toda a revelação da maneira como Deus organizou não somente a criação como a vida da nação de Israel, que Paulo ordena que tudo seja feito com ordem e decência na igreja de Cristo.
A muitos não agrada terem que se submeter a regras e procedimentos padrões estabelecidos na igreja, especialmente firmados nos princípios da Palavra do Senhor, mas sem isto, não se pode de fato obedecer ao Senhor, porque Ele ama a ordem e a decência.
Promover uma desorganização geral, a pretexto de que fazemos isto para dar maior liberdade ao Espírito Santo, é se utilizar de um argumento inválido, porque o Espírito jamais promoverá qualquer tipo de inspiração à desorganização, pois como agente divino, que gera e dá forma às obras da Trindade, tais quais as que podem ser observadas na criação visível, tanto quanto nas Escrituras, como na igreja de Cristo, percebe-se nitidamente que Deus é pela ordem e jamais pela desordem.
Quem constitui ministérios e serviços com vistas à edificação dos santos, senão o Espírito?
É Ele quem constitui os pastores para as igrejas (At 20.28), e para quql propósito constituiria lideranças, senão para que além de tudo haja um governo da igreja, para que ande do modo pelo qual convém que ela ande?
Para qual propósito teria Deus constituído príncipes sobre cada uma das tribos de Israel, e as organizado em grupos de três, e designado a forma de acampar e marchar, se não fosse de Sua vontade que haja uma ordem visível no meio do Seu povo, estabelecida por Ele próprio?
Como podem então alguns afirmarem que os pastores não devem ser acatados, ou pior ainda, como alguns costumam dizer, que sequer há necessidade de pastores, se Deus mesmo os instituiu para a condução do Seu povo?
O Senhor afirma que estes pastores seriam dados por Ele próprio, por Sua chamada, homens que seriam segundo o Seu coração, para dirigirem o seu povo, com conhecimento e com inteligência (Jer 3.15).
O fato das tribos acamparem ao redor do tabernáculo, indica claramente a mensagem que Deus quis nos transmitir, que é Ele quem deve ocupar o centro da vida do Seu povo.
Ninguém deve ser colocado no centro no lugar de Deus, porque Ele deve ser o centro de todas as coisas.
Tudo deve ser feito para Ele e para a Sua glória, pois esta é a Sua vontade, em relação a todos aqueles que o servem.
O racionalismo e o humanismo colocaram o homem no centro em seu sistema filosófico, e a cultura mundial segue esta orientação errônea.
Mas a Bíblia mostra claramente que Deus é o centro de tudo, e não o homem.
Outro aspecto muito importante a ser observado no modo como Deus organizou Israel em esquadrões, é que Ele próprio escolheu, por Sua soberana vontade, quem deveria liderar quem.
Assim, não haveria motivo para disputas pela liderança entre eles.
Se este é o modo do mundo, no entanto não é o modo do povo de Deus, cujas posições de liderança são escolhidas e capacitadas, não pela vontade dos homens, mas pela do Senhor.
É muito sábio e útil reconhecer aqueles que têm sido chamados para ocuparem as posições em que devem estar pela vontade de Deus, para que os acatemos, para o nosso próprio bem.
Nós veremos adiante o que foi feito com Datã, Corá e Abirão, que contestaram a escolha de Arão e sua casa para o sacerdócio.
Invejas e descontentamentos em razão da posição que fomos chamados a ocupar são descabidas, porque isto significa estar em rebelião contra o próprio desígnio do Senhor.
Há poderes ordenados por Deus e faremos bem em reconhecê-los e acatá-los, porque quem os rejeita não rejeita ao homem, mas ao Senhor que os instituiu.
A Lei determinava que os príncipes de Israel deveriam ser honrados, e este critério não foi mudado em relação às autoridades civis, e especialmente em relação aos ministros do evangelho.
Não importa que o mundo esteja vivendo em grande impiedade, pois a vontade do Senhor não mudou e jamais mudará em relação a isto.
“1 Disse o Senhor a Moisés e a Arão:
2 Os filhos de Israel acampar-se-ão, cada um junto ao seu estandarte, com as insígnias das casas de seus pais; ao redor, de frente para a tenda da revelação, se acamparão.
3 Ao lado oriental se acamparão os do estandarte do arraial de Judá, segundo os seus exércitos; e Nasom, filho de Aminadabe, será o príncipe dos filhos de Judá.
4 E o seu exército, os que foram contados deles, era de setenta e quatro mil e seiscentos.
5 Junto a eles se acamparão os da tribo de Issacar; e Netanel, filho de Zuar, será o príncipe dos filhos de Issacar.
6 E o seu exército, os que foram contados deles, era de cinquenta e quatro mil e quatrocentos.
7 Depois a tribo de Zebulom; e Eliabe, filho de Helom, será o príncipe dos filhos de Zebulom.
8 E o seu exército, os que foram contados deles, era de cinquenta e sete mil e quatrocentos.
9 Todos os que foram contados do arraial de Judá eram cento e oitenta e seis mil e quatrocentos, segundo os seus exércitos. Esses marcharão primeiro.
10 O estandarte do arraial de Rúben segundo os seus exércitos, estará para a banda do sul; e Elizur, filho de Sedeur, será o príncipe dos filhos de Rúben.
11 E o seu exército, os que foram contados deles, era de quarenta e seis mil e quinhentos.
12 Junto a ele se acamparão os da tribo de Simeão; e Selumiel, filho de Zurisadai, será o príncipe dos filhos de Simeão.
13 E o seu exército, os que foram contados deles, era de cinquenta e nove mil e trezentos.
14 Depois a tribo de Gade; e Eliasafe, filho de Reuel, será o príncipe dos filhos de Gade.
15 E o seu exército, os que foram contados deles, era de quarenta e cinco mil seiscentos e cinquenta.
16 Todos os que foram contados do arraial de Rúben eram cento e cinquenta e um mil quatrocentos e cinquenta, segundo os seus exércitos. Esses marcharão em segundo lugar.
17 Então partirá a tenda da revelação com o arraial dos levitas no meio dos arraiais; como se acamparem, assim marcharão, cada um no seu lugar, segundo os seus estandartes.
18 Para a banda do ocidente estará o estandarte do arraial de Efraim, segundo os seus exércitos; e Elisama, filho de Amiúde, será o príncipe dos filhos de Efraim.
19 E o seu exército, os que foram contados deles, era de quarenta mil e quinhentos.
20 Junto a eles estará a tribo de Manassés; e Gamaliel, filho de Pedazur, será o príncipe dos filhos de Manassés.
21 E o seu exército, os que foram contados deles, era de trinta e dois mil e duzentos.
22 Depois a tribo de Benjamim; e Abidã, filho de Gideôni, será o príncipe dos filhos de Benjamim.
23 E o seu exército, os que foram contados deles, era de trinta e cinco mil e quatrocentos.
24 Todos os que foram contados o arraial de Efraim eram cento e oito mil e cem, segundo os seus exércitos. Esses marcharão em terceiro lugar.
25 Para a banda do norte estará o estandarte do arraial de Dã, segundo os seus exércitos; e Aiezer, filho de Amisadai, será o príncipe dos filhos de Dã.
26 E o seu exército, os que foram contados deles, era de sessenta e dois mil e setecentos.
27 Junto a eles se acamparão os da tribo de Aser; e Pagiel, filho de Ocrã, será o príncipe dos filhos de Aser.
28 E o seu exército, os que foram contados deles, era de quarenta e um mil e quinhentos.
29 Depois a tribo de Naftali; e Airá, filho de Enã, será o príncipe dos filhos de Naftali.
30 E o seu exército, os que foram contados deles, era de cinquenta e três mil e quatrocentos.
31 Todos os que foram contados do arraial de Dã eram cento e cinquenta e sete mil e seiscentos. Esses marcharão em último lugar, segundo os seus estandartes.
32 São esses os que foram contados dos filhos de Israel, segundo as casas de seus pais; todos os que foram contados dos arraiais segundo os seus exércitos, eram seiscentos e três mil quinhentos e cinquenta.
33 Os levitas, porém, não foram contados entre os filhos de Israel, como o Senhor ordenara a Moisés.
34 Assim fizeram os filhos de Israel, conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés; acamparam-se segundo os seus estandartes, e marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo as casas de seus pais.” (Nm 2.1-34).