Lendo o texto de Col 3.12-14 vemos que Paulo está descrevendo o traje do cristão.
As vestes que ali são descritas devem ser usadas permanentemente.
Nenhuma delas deve ser deixada de lado.
Todas devem ser vestidas.
Não apenas no domingo, mas durante todos os dias da semana.
As primeiras vestes citadas são a misericórdia e a bondade.
Somos tão misericordiosos, benignos, ternos e compassivos com os nossos semelhantes como é o próprio Cristo?
Pela santificação, obtivemos este traje, e estamos com ele vestidos?
Esforçamo-nos para alcançá-lo?
Se não, a nossa alegada santidade está nua em parte.
Longe de nós a presunção da igreja de Laodiceia que lhe custou a reprimenda de Apo 3.17.
Em seguida são citadas como parte do vestuário de Cristo, a mansidão e a humildade.
Jesus não oprime nem tiraniza a ninguém.
Ele foi sempre humilde, manso e cheio de graça, sendo o Mestre de todos, e o Senhor dos senhores.
Somos arrogantes e duros de coração por natureza. É somente pelo trabalho de quebrantamento do Espírito Santo que deixamos de sê-lo.
Há também os vestidos da longanimidade e da paciência, no trato com os semelhantes.
Há cristãos que se não fazem tudo a seu gosto, logo se encolerizam.
São egoístas, obstinados, iracundos e suscetíveis.
Não se sujeitam à disciplina do Espírito Santo, e nem à autoridade da Palavra de Deus.
A verdade que servem é a própria, engendrada por sua imaginação e sentimentos carnais.
Estas vestes da velha natureza devem ser trocadas pelas vestes de Jesus, da longanimidade (tardio em se irar) e da paciência.
Devemos ser pacientes ainda quando tenhamos sido vítimas de grandes injustiças: mais vale sofrer do que devolver mal por mal (Rom 12.17-21; I Pe 2.19-23; 4.12-14).
O apóstolo segue dizendo:
“Perdoai-vos mutuamente...”.
Não é evidente que tal ensino não é da terra, mas que nos veio do céu? T
Tratemos pois de colocá-lo em ação.
Vesti-vos do Espírito de Cristo, e sua língua não soltará palavras tão amargas.
Vesti-vos do seu amor, e seu coração não abrigará sentimentos tão ásperos.
Que suas almas se encham de sua santidade, e de boa vontade perdoarão, não sete, mas setenta vezes sete.
Agora, o cinturão que mantém em seu lugar cada peça deste vestuário espiritual é:
“Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.”.
Este cinturão é divino: o amor.
Tudo o que temos feito tem muito pouco valor se nossas animosidades não têm sido sepultadas com o velho homem.
Ainda que tenhamos muitos defeitos, que não nos falte o amor pelo Senhor e por nossos semelhantes.
E finalmente:
“a paz de Deus governe os seus corações e sejam agradecidos.”.
A gratidão deve ser achada entre os discípulos de Jesus.
Bem-aventurada a alma que está em plena possessão de si mesma, sempre tranquila e descansada.
Se desejamos ser semelhantes a Jesus devemos estar vestidos da Sua paz.