O Início da Grande Tribulação – Apocalipse 4
A citação “depois destas coisas”, constante do incídio do 4º capítulo de Apocalipse, isto é, depois de tudo o que foi dirigido por carta às Igrejas nos dois capítulos precedentes a este, abriu um novo quadro de cenas, e provavelmente, essa citação indica que tudo o que será dito dali por diante, se refere ao período de três anos e meio da Grande Tribulação, em cujo final se dará a volta de Cristo.
A Igreja foi arrebatada. Os elogios à perseverança, ao amor, à fé e às obras das igrejas fiéis, e as suas repreensões aos cristãos que deixaram o amor, a fé, a doutrina, já são coisas que ficaram para trás, no passado, porque uma nova situação é instalada, e os que forem salvos, ou os cristãos rebeldes, que finalmente se arrependerem de seu mau procedimento, no breve período da tribulação, sofrerão em sua grande maioria o martírio sob o Anticristo.
À citação “depois destas coisas” também foi acrescida no mesmo primeiro versículo deste quarto capítulo, com a seguinte afirmação:
“Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”.
Este “sobe aqui” indica que João está sendo convidado a perceber a partir do céu as coisas que sucederão na terra, no período da Grande Tribulação.
Como vemos, foi dito também que lhe seriam mostradas as coisas que depois destas deviam acontecer, ou seja, o que se seguiria, ao período da Igreja.
Cristo havia escrito cartas para confirmar as igrejas na maneira de viverem para que a obra do evangelho avançasse no mundo, de forma a precipitar a Sua Segunda vinda.
A Igreja cumpriu a missão que lhe foi designada pela graça de Cristo, e pelo poder e disciplina do Espírito Santo.
Então chegou o tempo da ceifa.
É isto que se descortinará deste quarto capítulo em diante.
Sendo arrebatado em espírito ao terceiro céu, João descreveu em poucas palavras, a glória do trono de Deus, e a presença dos quatro querubins, que ele chamou de seres viventes, dos vinte e quatro anciãos, que se prostram em adoração diante de Deus, e que lançam suas coroas diante do trono, glorificando o nome do Senhor, dizendo o seguinte:
“Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas.”
É afirmado, portanto, que Deus sendo o Criador, entrará na posse plena de todas as coisas, recebendo a glória, a honra e o poder que lhe são devidos, porque foi por Sua vontade que tudo foi criado e chegou à existência.
Chegou a hora do Filho entregar ao Pai o domínio e o reino, conforme afirmado por Paulo em I Cor 15.24:
“Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder.”
Cristo formou um povo que é reino sacerdotal para o Pai, pela Sua obra de redenção.
Agora é chegada a hora de o reino ser estabelecido em sua forma final.
“1 Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvira, voz como de trombeta, falando comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
2 Imediatamente fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono;
3 e aquele que estava assentado era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio; e havia ao redor do trono um arco-íris semelhante, na aparência, à esmeralda.
4 Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro.
5 E do trono saíam relâmpagos, e vozes, e trovões; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus;
6 também havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal; e ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás;
7 e o primeiro ser era semelhante a um leão; o segundo ser, semelhante a um touro; tinha o terceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era semelhante a uma águia voando.
8 Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir.
9 E, sempre que os seres viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
11 Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas.” (Apocalipse 4.1-11)