No Mundo Mas Não do Mundo
Os cristãos que não se purificam viverão na Igreja, em seus lares ou onde quer que seja como se fossem pessoas do mundo, porque aqueles que resistem à obra de santificação pelo Espírito, serão achados vivendo seguindo a inclinação da carne e não a do Espírito, e sabemos que a carne é inimizade contra Deus, e não está sujeita à Lei de Deus e nem mesmo pode estar, conforme dizer do apóstolo Paulo.
Os que estão na carne não podem ter prazer nas coisas de Deus.
Definitivamente os cristãos devem abandonar toda forma de impureza para que possam agradar verdadeiramente ao Senhor.
Enquanto permanecerem rebeldes contra este mandamento, não receberão graça da Sua parte tanto para viverem em vitória, sobre estas impurezas das quais devem se despojar por um andar no Espírito, quanto para praticarem o que é exigido deles em relação às boas obras de justiça, como fruto de uma fé viva e operante.
Aqueles que vivem pela esperança de que serão um dia completamente santos, devem viver de modo digno desta esperança, a saber, purificando a si mesmos no temor de Deus.
Nós vivemos em dias difíceis porque a teologia liberal conseguiu triunfar obscurecendo a verdade bíblica da diligência e perseverança para a santificação pelo Espírito.
O apóstolo João diz que Jesus se manifestou exatamente para tirar os nossos pecados, e isto porque nEle não há nenhum pecado .
De modo que todo aquele que permanece de fato nEle não viverá pecando; não terá o hábito de pecar, mas o de se santificar.
Mas todos os que vivem na prática deliberada do pecado não têm visto nem conhecido ao Senhor, porque se o tivessem de fato visto e conhecido se santificariam, porque seriam convencidos disto e impelidos a isto, pelo Espírito, não apenas em suas mentes, mas pelo mover e revelação do Espírito em seus espíritos lhes incentivando a se santificarem.
O mover do Espírito no interior do cristão o conduzirá a se interessar pela causa da justiça evangélica e a praticar a justiça, porque o Senhor é justo.
Pelo Espírito, o cristão que se santifica aborrecerá o mal e amará o bem.
Se o pai do pecado é o diabo, como podem aqueles que afirmam serem filhos de Deus permanecerem na prática deliberada do pecado?
Jesus se manifestou exatamente para destruir as obras do diabo, então nenhum cristão pode justificar o ato de permanecer na prática deliberada do pecado.
Se forem genuínos eleitos, serão disciplinados e corrigidos por Deus, porque conforme o dizer do autor de Hebreus, não são bastardos mas filhos.
Aqueles que são do diabo fazem as obras do diabo, assim como aqueles que são de Deus fazem as obras de Deus.
Os filhos de Deus devem ser imitadores das obras do seu Pai, não simplesmente por uma questão de dever moral, mas pelo fato de ter sido implantada neles uma nova natureza na regeneração do Espírito, que é a semente de vida eterna semeada neles.
Esta semente é santa e incorruptível.
Ela não pode ser destruída.
De forma que onde há esta semente haverá uma chamada para um crescimento em santidade, e não para a permanência na prática do pecado.
Então, esta divina semente que é uma nova natureza no cristão há de manifestar neles a sua filiação com Deus, e praticarão a justiça e amarão os seus irmãos.
Por isso é absolutamente necessário que sejam instruídos na sã doutrina, que lhes ensinará estas verdades, para que nunca se desviem da maneira pela qual importa viverem.
Um falso ensino poderá fazer com que esta semente de vida eterna fique abafada e não germine produzindo os devidos frutos.
Como dissemos antes, o caráter da união dos cristãos com Cristo é vital.
É uma relação de Vida gerando vida.
De Vida espiritual e eterna que se manifesta na nossa vida.
Não é apenas mero relacionamento social.
O relacionamento dos cristãos com Cristo e uns com os outros é um relacionamento de manifestação de vida, que gera comunhão e comunicação espiritual de uns com os outros, porque formam no Senhor, um só espírito com Ele (I Cor 6.17).
De modo que onde houver um verdadeiro mover do Espírito há de se sentir esta unidade espiritual entre os cristãos e Deus, e deles entre si.