Avançando em Meio a Dificuldades – Esdras 1
A expressão que encontramos logo no primeiro versículo do livro de Esdras, bem resume o motivo e o princípio pelos quais não somente a Igreja de Cristo, como cada cristão desta Igreja, individualmente, deveriam nortear todos os seus ministérios e todos os seus projetos de vida, de maneira que se possa dizer deles, quanto a tudo o que tiverem feito neste mundo, que o fizeram “para que se cumprisse a palavra do Senhor”.
Para que nos situemos no tempo, convém saber que a narrativa do livro de Ester pertence a um período anterior (478 a.C.) à vinda de Esdras (458 a.C.) e de Neemias (444 a.C), para Judá.
O livro de Esdras é iniciado com o decreto do rei Ciro, determinando o retorno dos judeus à Palestina, para a reconstrução do templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor, rei de Babilônia, cerca de 586 a.C.
Há mais de duzentos anos antes do nascimento de Ciro, Deus havia falado através do profeta Isaías (Is 44.28; 45.1) que ele (Ciro), libertaria os judeus do cativeiro em Babilônia, e faria com que retornassem à sua terra na Palestina, para reconstruírem o templo que havia sido destruído pelos babilônios, obra esta que Ciro assumiu, pelo exame das profecias dirigidas a ele, como sendo algo da própria esfera da sua responsabilidade, conforme a determinação que havia recebido de Deus (v. 2).
Em 605 a.C. foi levado o primeiro grupo de judeus para o cativeiro em Babilônia.
Cumpridos os setenta anos previstos para o cativeiro, conforme a profecia de Jeremias 29.10, prazo este, que havia sido estabelecido por Deus em Sua soberania, em cerca de 537 a.C., Babilônia caiu sob o poder do rei Ciro da Pérsia, que decretou neste mesmo ano o retorno dos judeus à Palestina.
Nabucodonosor efetuou a primeira leva de cativos no primeiro ano do seu reinado, que correspondeu ao quarto do rei Jeoaquim de Judá, e tendo reinado por 45 anos foi sucedido no trono por seu filho Evil-Merodaque, o qual reinou por 23 anos.
Babilônia caiu sob o poder da Pérsia no terceiro ano de Belsazar, neto de Nabucodonosor, somando assim os setenta anos de cativeiro, que haviam sido profetizados por Jeremias.
Os judeus chegaram à Palestina sob o governo de Zorobabel, e logo se dedicaram à obra de reconstrução do templo.
Sofreram uma forte oposição dos samaritanos, porque haviam sido rejeitados por eles, quanto à participação na reedificação do templo, ficando a obra paralisada por cerca de 16 anos. Esta foi reiniciada em 520 a C., através das exortações dos profetas Ageu e Zacarias, sendo o templo concluído 4 anos depois, em 516 a.C.
A reconstrução de Jerusalém e da vida religiosa do povo de Deus, seria realizada depois do cativeiro, tanto pelos judeus que concluíram a construção do templo em 516 a.C., quanto por Esdras e Neemias, depois deles.
Tal reconstrução da vida religiosa dos israelitas, exigiu determinação e abnegação, para que pudesse ser levada a bom termo.
Esta mesma determinação e abnegação será exigida de todos aqueles que estiverem empenhados em trabalhar em prol da reforma da Igreja, que será uma necessidade sempre presente, enquanto estivermos neste mundo.
Ninguém deve se iludir pensando que a Reforma empreendida no século XVI não necessitou de novas reformas que se lhe seguiram, à medida que o zelo pela verdade revelada que havia nos reformistas foi se extinguindo depois deles.
Não haveria necessidade de qualquer reforma, caso o povo de Deus fosse sempre fiel e obediente à Sua vontade, se andasse sempre em conformidade com a Sua Palavra.
Mas como não é este o caso, nós vemos Deus se levantando e intervindo com Seu braço forte, levantando homens santos, que se consagram inteiramente a Ele e ao Seu serviço, que amam a Sua vontade e Palavra, acima de todas as coisas, que têm o forte desejo de Lhe dar honra e glória, fazendo com que o Seu povo volte a caminhar na verdade.
Em nossa época, necessitamos de homens e mulheres com este perfil; chamados pelo Senhor para a defesa do Evangelho, consoante a pregação, ensino e prática da sã doutrina bíblica.
Aqueles que tal como Davi se predispuserem a derrubar o gigante da carnalidade, do erro e do secularismo que têm afrontado a Igreja de Cristo, serão cumulados de grandes honras pelo Rei dos reis, e reinarão com Ele pelos séculos dos séculos.
Serão grandemente honrados aqueles que tirarem a Igreja do Senhor do cativeiro em que ela se encontra, e que restaurarem o culto e o serviço devidos a Deus, consoante o que está determinado na Sua Palavra, apesar de terem que enfrentar duras oposições, conforme as que vemos nestes três livros históricos de Esdras, Neemias e Ester. Isto traz grande honra e glória ao Senhor Jesus, por demonstrar a força da sua graça, para vencer todo tipo de resistência da carne.
Os servos do Senhor podem estar certos de que tudo o que fizerem será lembrado por Ele para o próprio bem deles, e terão a grande alegria de verem o fruto do seu trabalho, livrando o povo de Deus das trevas espirituais da ignorância, para o conhecimento e prática da verdade que liberta.
Assim como Israel não poderia se consagrar a Deus do modo devido, adorando-O em santidade de vida, atendendo aos serviços do Seu templo, senão na liberdade da sua própria terra, recebida como herança do Senhor, longe da idolatria das nações dominadoras, por isso o Senhor lhes havia também livrado do cativeiro no Egito, nos dias de Moisés, para a conquista de Canaã, de igual modo, a Igreja de Cristo não pode adorá-lo senão na liberdade que convém aos filhos de Deus, vivendo na graça do evangelho, e sem misturar suas práticas de adoração e serviço às práticas do mundo.
É neste território celestial e sagrado, a saber, nas regiões celestiais, que Deus governa sobre o Seu povo e pode ser adorado por eles, na beleza da Sua santidade.
É a presença do Senhor no meio do Seu povo o principal objetivo da própria vida e ministério, além da razão da sua adoração.
Como isto não pode ocorrer senão dentro dos parâmetros estabelecidos na Palavra da verdade, porque toda adoração deve ser em espírito e em verdade, então se faz mister que a Igreja se santifique, isto é, que ela se separe de todo mundanismo, carnalidade e erro doutrinário, para se consagrar inteiramente ao Senhor.
Nenhuma ligação efetiva pode ser estabelecida com Ele fora desta condição de santidade.
O Israel de Deus deve então sair de Babilônia para servi-lO.
É na santidade de Seu povo que a virtude e o poder de Deus se manifestam entre eles. Isto dá vida e vigor à Igreja para o desempenho do seu serviço em amor.
Quando o Senhor se move na direção de prover livramento ao Seu povo para que possam se consagrar inteiramente a Ele, podemos estar certos de que Ele proverá os meios necessários para isto, tal como fizera nos dias de Ciro, quando trouxe o Seu povo de volta à Palestina.
Para abençoar o Seu povo Ele pode em Seu poder e soberania, até mesmo usar aqueles que não O conhecem, tal como era o caso de Ciro (Is 45.4).
Ele é poderoso para preservar as coisas sagradas que são devidas à Sua adoração, e fazer com que sejam restituídas ao Seu povo, depois de terem sido curados de suas idolatrias e transgressões.
Deus operou através de Ciro, determinando que os povos vizinhos de Israel, lhes dessem provisões para a reconstrução da vida deles na Palestina, bem como determinou que todos os utensílios sagrados do templo, que haviam sido levados para Babilônia nos dias de Nabucodonosor, retornassem a Jerusalém.
Temos um Deus que é restaurador e misericordioso, e podemos contar com a renovação de nossos dons apagados e talentos enterrados, quando nos dispomos a obedecê-lo, quando Ele manifesta novamente o Seu favor a nós, depois de nos ter curado das nossas possíveis apostasias e rebeliões contra a Sua santa vontade, consoante uma prática sincera da genuína Palavra, pela qual se opera todo verdadeiro crescimento e amadurecimento espiritual.
A data da proclamação do decreto que determinou a saída dos judeus do cativeiro em Babilônia é citada no verso 1 como tendo sido no primeiro ano do reinado de Ciro, certamente esta é uma referência ao seu primeiro ano de governo sobre Babilônia, que havia sido tomada por ele, e não propriamente sobre a Pérsia que vinha sendo regida por Ciro há mais tempo.
Como Ciro não conhecia a Deus, o Senhor se fez conhecer a ele, não pessoalmente, para conversão, mas através das profecias que havia dado a respeito dele ao profeta Isaías, para o cumprimento do propósito que havia determinado antes mesmo que Ciro nascesse.
A própria queda de Babilônia sob os persas havia sido preanunciada pelo Senhor, através do profeta Daniel, assim como pelo mesmo profeta havia predito a queda destes sob o domínio dos gregos, e deles sob os romanos.
Reinos que se sucederiam uns após outros, até que viesse o Messias, e para que fossem criadas as condições adequadas no mundo para a Sua vinda.
E isto havia sido revelado por Deus através do profeta Daniel, antes mesmo que estes impérios se levantassem sobre a terra, e com isto Ele revelou que intervém na história, para levar a efeito o plano de redenção que estabeleceu em Cristo, desde antes da fundação do mundo.
Ciro foi rei, Ciro governou, mas na verdade foi apenas um instrumento nas mãos do Deus Altíssimo, para a consecução dos Seus propósitos, de maneira que Ciro pôde ser chamado pelo Senhor, através do profeta Isaías, como sendo um servo que Ele chamou para executar toda a Sua vontade em relação ao Seu povo.
Tal foi a ação do Senhor sobre a mente deste homem, que nós o vemos declarando as palavras dos versos 2 a 4, que registrou no decreto que redigiu, dizendo que havia recebido do Deus de Israel os reinos da terra, e que havia sido encarregado por Ele para lhe edificar um templo em Jerusalém.
Foi simplesmente pensando em contar com o favor e com a proteção do Deus dos judeus, que Ciro se dispôs a cumprir as profecias relativas ao que lhe havia sido determinado pelo Senhor, através do profeta Isaías, mas aqueles que conhecem verdadeiramente a Deus não devem obedecê-lo movidos pelos mesmos sentimentos deste rei pagão, mas devem fazê-lo desinteressadamente e por amor a Ele, consagrando-Lhe suas vidas, para um viver inteiramente santo.
Quando nos dispomos a obedecê-Lo, Ele também nos honrará, nos consolará e nos auxiliará em meio às nossas provações.
Quão fácil é errar o alvo em relação a isto!
Este foi basicamente o problema com os judeus, porque, como veremos adiante, eles deixaram a obra de reconstrução do templo do Senhor de lado, depois de terem retornado de Babilônia, por causa das perseguições dos samaritanos, e passaram a se aplicar à realização do que era apenas do seu próprio interesse, tendo sido necessário que fossem exortados e animados pelos profetas Ageu e Zacarias, a se levantarem e a fazerem em primeiro lugar a vontade do Senhor, para então poderem se ocupar das suas próprias necessidades e interesses.
Afinal, a maior necessidade e interesse de qualquer cristão é a de buscar em primeiro lugar ao Senhor, ao Seu reino e à Sua justiça.
Importava que continuassem se empenhando em reconstruir o templo e a vida religiosa deles, independentemente da grandeza das perseguições.
Deveriam ser diligentes em buscar a remoção de todos os empecilhos que os samaritanos haviam levantado junto aos reis Ciro e Dario.
Estes recuos, estas paralisações, não podem de modo algum honrar e santificar o nome do Senhor, porque Ele é poderoso para quebrar toda a oposição e resistência levantada pelo Inimigo, e para cumprir aquilo que designou fazer através de nós.
Ainda que fiquemos paralisados por um tempo em nossas realizações, pela permissão do Senhor, no entanto nunca deveríamos parar no que se refere à nossa devoção e empenho para vencer os obstáculos, que produziram tais paralisações.
Dependemos inteiramente do Senhor para vencê-los e ultrapassá-los, enquanto permanecemos firmes na fé e nas orações, sabendo que toda tribulação sempre será benéfica para o aperfeiçoamento da nossa fé e do nosso caráter.
Há paralisações que são determinadas pelo próprio Deus, como aqueles 70 anos que os judeus teriam que ficar no cativeiro em Babilônia.
Este tempo tinha o propósito de curá-los de sua carnalidade, mundanismo e idolatria.
Uma vez quebrados em seu orgulho carnal, seriam levantados e exaltados novamente pelo Senhor, para servi-lO em santidade de vida.
Assim procede o Senhor com todos os Seus filhos altivos e carnais.
Ele em primeiro lugar lhes abate para que possa exaltá-los depois, de maneira que não corram o risco de incorrerem no orgulho espiritual.
Ele humilha para exaltar, de modo que concede graça ao que se humilha, àquele que se coloca debaixo da Sua potente mão, reconhecendo que Ele é justo em permitir que sejamos afligidos, para sermos curados deste terrível mal que se chama pecado.
Mas há paralisações que são atos deliberados de desobediência à vontade expressa do Senhor, por causa de negligência e indolência, tanto em relação ao dever de nos santificarmos, quanto em cumprir o que Ele nos tem determinado, tal como estava ocorrendo com aqueles judeus, que haviam paralisado a construção do templo, por causa da oposição que estavam sofrendo dos seus inimigos.
Os cristãos são chamados a avançarem para o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus, ainda que em meio às suas tribulações e aflições, porque há paz no vale para todos eles.
Ali, aprenderão tal como Davi, que o Senhor é o grande pastor e nada lhes faltará.
Ainda que estejam no vale da sombra e da morte, Ele expulsará todo temor dos seus corações com a Sua santa, poderosa e consoladora presença.
Todos aqueles que têm crescido na graça e aumentado a sua fé, podem experimentar estas coisas a que estamos nos referindo.
Se algum cristão não tem tido esta experiência, deve então, se consagrar ao Senhor empenhando-se na prática da Sua Palavra, no poder do Espírito, de forma que aumente a sua fé, e assim aprenda a se gloriar nas suas fraquezas.
O verdadeiro cristão deve glorificar e exaltar o nome do Senhor, em meio às suas aflições, contrariamente ao desejo de tão somente se livrar de todas as dificuldades que tenha que enfrentar neste mundo.
O cristão é o soldado de Deus neste mundo, que não deve fugir do bom combate da fé, por causa das feridas que recebe neste combate.
Na verdade não há nenhuma ferida mortal que possa paralisá-lo, porque ainda que ferido é fortalecido pela graça do Senhor.
É por isso que mesmo em leitos de enfermidade acharemos cristãos se regozijando em Deus, e podendo realizar poderosas intercessões em favor do progresso do Seu reino na terra.
O motivo da nossa tristeza e infelicidade nunca deve ser a nossa própria ruína, seja ela de qual ordem for, Jó que o diga, e sim o de vermos a Palavra do Senhor sendo descumprida e desonrada.
Qual teria sido realmente o interesse daqueles judeus que se dispuseram a retornar de Babilônia para Judá, em atendimento ao decreto de Ciro?
Muitos haviam deixado para trás uma vida próspera, que tinham em Babilônia e sabiam que teriam que se defrontar com muitas dificuldades, não somente em Judá, como também na viagem que teriam que empreender para lá chegarem, com suas esposas e filhos.
Eles teriam que reconstruir a cidade que havia sido totalmente destruída nos dias de Nabucodonosor. Eles teriam que construir casas para si.
Acima de tudo receberam a missão por decreto imperial de Ciro de que a sua volta estava condicionada à reconstrução do templo, que eles próprios teriam que edificar.
Até que ponto foi uma boa desculpa para eles a oposição que foi levantada pelos samaritanos?
Através dela deixaram de fazer o que era da vontade de Deus, e que estava tomando muito do seu tempo, de suas energias, de seus recursos.
Para que reconstruir um templo? Eles não morariam afinal no templo.
Por aquela oposição dos samaritanos, que foi permitida pelo Senhor, foram provados, de modo que poderiam ser convencidos de qual era a real motivação de seus corações em retornarem a Judá.
O povo do Senhor deve antes de tudo, viver para o Senhor e para a realização dos Seus interesses e não para os seus próprios interesses.
Isto se aplicava a Israel, e se aplica principalmente à Igreja de Cristo.
É a vontade de Deus e não a nossa, que deve ser feita, tanto no céu quanto na terra.
Mas como a carne resiste a isto! Como ela se opõe a se sujeitar à vontade do Senhor!
Ela não é submetida por Deus, senão quando crucificada.
É-nos ordenado que mortifiquemos e nos despojemos de nossa natureza terrena, porque ela é inteiramente oposta à vontade do Senhor (Rom 8.13; Ef 4.22; Col 3.5).
Ela é sumamente egoísta, de modo que sempre se levantará contra todo o bem que pretendermos fazer, e sempre nos disporá a praticar o que é mau, de maneira que por ela, somos impossibilitados de viver no amor, na bondade, na paz e em tudo aquilo que procede de Deus.
Todo serviço prestado verdadeiramente ao Senhor terá então que vencer esta oposição da carne.
Daí a necessidade de se subjugar a carne, para que possamos fazer a vontade de Deus.
Este poder não se encontra em nós, senão em Deus e no Seu Espírito.
Dependemos que Ele nos mova, realizando tanto o querer quanto o realizar, de forma que possamos não somente nos dispor a Lhe obedecer, como também efetivamente cumprir o nosso dever.
O Sezbasar referido no verso 8, como príncipe de Judá, é provavelmente o nome caldeu dado a Zorobabel.
Sezbasar significa alegria na tribulação, e Zorobabel, um estranho em Babilônia. Ambos os nomes se lhe ajustavam bem. Ele não deixou de ser devoto ao seu Deus em Babilônia, de maneira que foi reconhecido por eles, pela alegria espiritual que nele havia a par de sua aflição numa terra estranha que adorava falsos deuses.
Daí o nome Zorobabel, porque era de fato um estranho não somente em Babilônia, como também para Babilônia. Não admira portanto que tenha sido escolhido para liderar os judeus no retorno deles à Palestina.
“1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto:
2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.
3 Quem há entre vós de todo o seu povo (seja seu Deus com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
4 E todo remanescente, seja qual for o lugar em que é peregrino, seja ajudado pelos homens desse lugar com prata, com ouro, com bens e com animais, afora a oferta voluntária para a casa de Deus, que está em Jerusalém.
5 Então se levantaram os chefes das casas paternas de Judá e Benjamim e os sacerdotes, e os levitas, todos aqueles cujo espírito Deus despertara, para subirem a edificar a casa do Senhor, que está em Jerusalém.
6 E todos os seus vizinhos os ajudaram com utensílios de prata, com ouro, com bens, com animais e com coisas preciosas, afora tudo o que se ofereceu voluntariamente.
7 Também o rei Ciro tirou os utensílios que pertenciam à casa do Senhor e que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém e posto na casa de seus deuses.
8 Ciro, rei da Pérsia, tirou-os pela mão de Mitredate, o tesoureiro, que os entregou contados a Sesbazar, príncipe de Judá.
9 Este é o número deles: Trinta bacias de ouro, mil bacias de prata, vinte e nove incensários,
10 trinta taças de ouro, quatrocentas e dez taças de prata e mil outros utensílios.
11 Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro foram conduzidos de Babilônia para Jerusalém.” (Ed 1.1-11).