Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
A Viagem de Esdras de Babilônia para Jerusalém – Esdras 8
O oitavo capítulo de Esdras nos oferece mais detalhes sobre a sua viagem de Babilônia para Judá.
Nós podemos ver que foi uma grande comitiva que subiu juntamente com ele, pessoas que havia escolhido, e que certamente eram devotadas ao Senhor e à Sua Palavra.
Para aquela ocasião mesma haviam sido mantidos pela Providência em Babilônia, para que não se contaminassem com as práticas que haviam sido adotadas pela geração que se levantou depois de Zorobabel, depois de passados aqueles 58 anos, desde a conclusão da edificação do templo, até a data da subida de Esdras com toda esta grande comitiva para Jerusalém.
Nós veremos nos capítulos seguintes a este que as coisas não estavam andando da maneira adequada em Jerusalém, principalmente pelo mau testemunho dado inclusive pelos filhos do próprio sumo sacerdote Josué, e de outros líderes de Judá, que haviam contraído matrimônio com mulheres de Canaã, e que certamente estavam instruindo seus filhos em caminhos diferentes do caminho do Senhor.
São nomeados os cabeças de várias famílias de Israel, que subiram com Esdras, contando o número de pessoas do sexo masculino o total de 1.496 pessoas, tendo inclusive subido sacerdotes entre eles.
Quando este grande agrupamento foi reunido por Esdras junto ao rio Ava, não achou levitas entre eles (v.15), e assim enviou uma embaixada de chefes e mestres (v. 16) a Ido, que era chefe da sinagoga, que havia em Babilônia, numa localidade chamada Casília (v. 17), para lá recrutarem junto a ele homens que fossem entendidos na Lei do Senhor, para se juntarem a ele com o intuito de serem ministros do Senhor no templo de Jerusalém (v. 18-20).
Uma vez completado o número daqueles que deveriam subir a Jerusalém, Esdras proclamou um jejum junto ao rio Ava para que se humilhassem diante do Senhor Lhe pedindo que lhes desse uma viagem segura (v. 21), e afirma que não havia pedido nenhuma escolta ao rei da Pérsia porque isto poderia parecer a ele uma contradição quanto à fé e confiança que ele, Esdras, havia demonstrado quando estivera na sua presença e lhe assegurou que aqueles que buscam ao Senhor estão seguros debaixo da Sua potente mão, mas que aqueles que o abandonam estão continuamente expostos a perigos e têm contra si a ira e o poder do próprio Deus (v. 22).
Esdras não teria deixado de confiar no Senhor caso o rei, por sua própria iniciativa destacasse uma escolta para protegê-los na viagem. Por isso eles jejuaram e oraram pedindo que o Senhor fosse a sua escolta, e Ele atendeu às suas orações (v. 23).
Toda aquela gente estaria expondo suas vidas ao perigo e confiaram suas almas ao fiel Criador, se entregaram nas mãos de Deus, humilhando-se diante dEle com o jejum que proclamaram, para que através dele declarassem a completa insuficiência deles para protegerem a si mesmos, e para empreenderem aquela jornada em segurança.
Em nossas crises e dificuldades, bem faríamos em seguir o seu exemplo, que é a mesma norma bíblica para o Novo Testamento.
Esdras tomou providências especiais quanto à guarda dos tesouros do templo, que estaria levando para Judá, comissionando homens cujo serviço exclusivo seria apenas o de guardar o tesouro, e as ofertas para a casa do Senhor.
E fez isto os colocando debaixo do cuidado de doze sacerdotes principais, e de muitos levitas (v. 24, 30).
O motivo de ter colocado aquelas coisas santas segundo a Lei nas suas mãos é declarado no verso 28: eles (os sacerdotes e levitas) também eram santos ao Senhor, e haviam sido separados por Ele exatamente para tal propósito.
Quando chegassem a Jerusalém, o tesouro e as ofertas destinados ao templo seriam passados aos principais sacerdotes e levitas de Jerusalém, na presença dos quais tudo seria repesado diante deles, para constatarem que havia sido passado às suas mãos, tudo o que havia sido devidamente registrado e pesado por Esdras e os sacerdotes que havia designado para tal propósito quando ainda se encontravam em Babilônia.
Depois de quatro meses de viagem, chegaram a Jerusalém (v. 32), e Deus lhes havia livrado da mão dos seus inimigos e dos que lhes armavam ciladas pelo caminho (v. 31).
E até mesmo os povos vizinhos de Israel enviaram ajuda para o serviço do templo em obediência ao decreto que o rei da Pérsia havia dado a Esdras, para que lhes fosse entregue, que continha tal determinação (v. 36).
“1 Estes, pois, são os chefes de suas casas paternas, e esta é a genealogia dos que subiram comigo de Babilônia no reinado do rei Artaxerxes:
2 Dos filhos de Fineias, Gérson; dos filhos de Itamar, Daniel; dos filhos de Davi, Hatus;
3 dos filhos de Secanias, dos filhos de Parós, Zacarias; e com ele, segundo as genealogias dos varões, se contaram cento e cinquenta;
4 dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zeraías, e com ele duzentos homens;
5 dos filhos de Zatu, Secanias, o filho de Jaaziel, e com ele trezentos homens;
6 dos filhos de Adim, Ebede, filho de Jônatas, e com ele cinquenta homens;
7 dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e com ele setenta homens;
8 dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Micael, e com ele oitenta homens; e
9 dos filhos de Joabe, Obadias, filho de Jeiel, e com ele duzentos e dezoito homens;
10 dos filhos de Bani, Selomite, o filho de Josifias, e com ele cento e sessenta homens;
11 dos filhos de Bebai, Zacarias, o filho de Bebai, e com ele vinte e oito homens;
12 dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de Hacatã, e com ele cento e dez homens;
13 dos filhos de Adonicão, que eram os últimos, eis os seus nomes: Elifelete, Jeuel e Semaías, e com eles sessenta homens;
14 e dos filhos de Bigvai, Utai e Zabude, e com eles setenta homens.
15 Ajuntei-os à margem do rio que corre para Ava; e ficamos ali acampados três dias. Então passei em revista o povo e os sacerdotes, e não achei ali nenhum dos filhos de Levi.
16 Mandei, pois, chamar Eliézer, Ariel, Semaías, Elnatã, Jaribe, Elnatã, Natã, Zacarias e Mesulão, os chefes, como também, Joiaribe e Elnatã, que eram mestres.
17 E os enviei a Ido, chefe em Casífia, e lhes pus na boca palavras para dizerem a Ido e aos seus irmãos, os servidores do templo, em Casífia, que nos trouxessem ministros para a casa do nosso Deus.
18 E, pela boa mão de nosso Deus sobre nós, trouxeram-nos um homem entendido, dos filhos de Mali, filho de Levi, filho de Israel; e Serebias, com os seus filhos e irmãos, dezoito;
19 e Hasabias, e com ele Jesaías, dos filhos de Merári, com seus irmãos e os filhos deles, vinte;
20 e dos servidores do templo, que Davi e os príncipes tinham dado para o serviço dos levitas, duzentos e vinte, todos eles mencionados por nome.
21 Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda.
22 Pois tive vergonha de pedir ao rei uma escolta de soldados, e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho, porquanto havíamos dito ao rei: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira estão contra todos os que o deixam.
23 Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus; e ele atendeu às nossas orações.
24 Então separei doze dos principais dentre os sacerdotes: Serebias e Hasabias, e com eles dez dos seus irmãos;
25 e pesei-lhes a prata, o ouro e os vasos, a oferta para a casa do nosso Deus, que o rei, os seus conselheiros, os seus príncipes e todo o Israel que estava ali haviam oferecido;
26 entreguei-lhes nas mãos seiscentos e cinquenta talentos de prata, e em vasos de prata cem talentos; e cem talentos de ouro;
27 e vinte taças de ouro no valor de mil dáricos, e dois vasos de bronze claro e brilhante, tão precioso como o ouro.
28 E disse-lhes: Vós sois santos ao Senhor, e santos são estes vasos; como também esta prata e este ouro são ofertas voluntárias, oferecidas ao Senhor, Deus de vossos pais.
29 Vigiai, pois, e guardai-os até que os peseis na presença dos principais dos sacerdotes e dos levitas, e dos príncipes das casas paternas de Israel, em Jerusalém, nas câmaras da casa do Senhor.
30 Então os sacerdotes e os levitas receberam o peso da prata, e do ouro, e dos vasos, a fim de os trazerem para Jerusalém, para a casa do nosso Deus.
31 Então partimos do rio Ava, no dia doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém; e a mão do nosso Deus estava sobre nós, e ele nos livrou da mão dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas pelo caminho.
32 Chegamos, pois, a Jerusalém, e repousamos ali três dias.
33 No quarto dia se pesou a prata, e o ouro, e os vasos, na casa do nosso Deus, para as mãos de Meremote filho do sacerdote Urias; e com ele estava Eleazar, filho de Fineias, e com eles os levitas Jozabade, filho de Josué, e Noadias, filho de Binuí.
34 Tudo foi entregue por número e peso; e o peso de tudo foi registrado na ocasião.
35 Os exilados que tinham voltado do cativeiro ofereceram holocaustos ao Deus de Israel: doze novilhos por todo o Israel, noventa e seis carneiros, setenta e sete cordeiros, e doze bodes em oferta pelo pecado; tudo em holocausto ao Senhor.
36 Então entregaram os editos do rei aos sátrapas do rei, e aos governadores a oeste do Rio; e estes ajudaram o povo e a casa de Deus.” (Ed 8.1-36)
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links:
http://retornoevangelho.blogspot.com.br/
http://poesiasdoevangelho.blogspot.com.br/
A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
Veja a apresentação destas condições no seguinte link:
http://aguardandovj.blogspot.com.br/
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 10/01/2013
Alterado em 10/07/2014