Rhema e Logos
“2Pe 1:4 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,
2Pe 1:4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,
2Pe 1:5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;
2Pe 1:6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
2Pe 1:7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.
2Pe 1:8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Estas são palavras do bom e velho apóstolo Pedro, quando estava próximo da sua morte, quando seria conduzido à glória celestial, e assim escreveu para confirmar a verdade na qual os cristãos deveriam permanecer, quanto ao cumprimento do propósito de Deus em suas vidas.
Ele não está se referindo à palavra “rhema”, de poder realizador de milagres, mas à palavra “logos”, correspondente ao que há em Jesus Cristo, que é o Verbo de Deus (logos), e cujas virtudes não podem ser adquiridas por meio de “rhema”, mas de logos, ou seja pela aplicação da palavra de Deus revelada na Bíblia.
Pois não há quem seja convertido por ter sido alvo de uma palavra rhema como esta: “converta-se em nome de Jesus!”. Isto não será eficaz porque o caminho da conversão demanda um trabalho do Espírito no coração, nos convencendo do pecado, para o arrependimento, e também da nossa concordância em nos entregarmos a Cristo.
De igual modo ninguém obterá de forma instantânea as virtudes relacionadas pelo apóstolo.
Quem se tornará virtuoso por se lhe ordenar: “seja virtuoso!”. Ou terá domínio próprio, por se lhe dizer: “adquira domínio próprio agora em nome de Jesus!”.
Todas as virtudes que estão em Cristo, e que se referem ao fruto do Espírito Santo, são adquiridas por exercício e disciplina espirituais, em nossa caminhada cristã, e isto é feito por Deus de forma progressiva, na medida proporcional da nossa obediência à Sua vontade e mandamentos.
Não caiamos portanto nesta oferta fácil e barata de uma vida de poder instantânea, supostamente adquirida da parte de pessoas que se declaram “ungidas” por Deus, para nos transformarem em pessoas também ungidas e santas.