Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
EZEQUIEL 31

Esta profecia foi dada a Ezequiel no primeiro dia, do terceiro mês, do décimo primeiro ano, e a queda de Jerusalém, ao término do sítio a que fora submetida pelos babilônios, aconteceu no nono dia, do quarto mês, do décimo primeiro ano.
Então, quando esta profecia foi proferida, os judeus estavam há cerca de apenas quarenta dias para serem assolados pelos babilônios, porque eles entrariam finalmente no interior de Jerusalém.
Grande estava sendo o desespero dos judeus pela escassez de tudo no interior da cidade, e estariam tentados a negociar quaisquer condições com o Egito para serem libertados por eles do jugo de Babilônia, mas o Senhor se interpôs lhes lembrando o que havia ocorrido com a Assíria que havia sido um poder dominante naqueles dias, maior do que o do Egito, e que no entanto caiu sob o poder de Babilônia.
Apesar de a Assíria ter atingido muita glória e formosura, da qual o Senhor diz ter sido maior do que a das belas árvores esplendorosas do jardim do Éden, e por cuja glória o coração deles se elevou e se corrompeu, como costuma ocorrer com todas as nações que se tornam poderosas na terra, então o Senhor lhes impôs um juízo de abatimento de toda a sua exaltação.  
O Senhor estava dirigindo tais palavras a faraó, indagando-lhe a quem ele queria se comparar na sua grandeza?
Se comparado às árvores do jardim do Éden, a sua glória e formosura era bem menor do que a que o Senhor havia dado à Assíria, e no entanto, a havia abatido. Como então escaparia faraó, cujo poder e glória eram bem menores do que os da Assíria, que já havia sido submetida ao juízo do Senhor?
Então o Senhor removeria toda a glória do Egito e abateria faraó e seu exército até o mais profundo do Seol.

“A quem, pois, és semelhante em glória e em grandeza entre as árvores do Éden? Todavia serás precipitado juntamente com as árvores do Éden às partes inferiores da terra; no meio dos incircuncisos jazerás com os que foram mortos à espada: este é Faraó e toda a sua multidão, diz o Senhor Deus.” (v. 18).



“1 Também sucedeu, no ano undécimo, no terceiro mês, ao primeiro do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Filho do homem, dize a Faraó, rei do Egito, e à sua multidão: A quem és semelhante na tua grandeza?
3 Eis que o assírio era como um cedro do Líbano, de ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura; e a sua copa estava entre os ramos espessos.
4 As águas nutriram-no, o abismo fê-lo crescer; as suas correntes corriam em torno da sua plantação; assim ele enviava os seus regatos a todas as árvores do campo.
5 Por isso se elevou a sua estatura sobre todas as árvores do campo, e se multiplicaram os seus ramos, e se alongaram as suas varas, por causa das muitas águas nas suas raízes.
6 Todas as aves do céu se aninhavam nos seus ramos; e todos os animais do campo geravam debaixo dos seus ramos; e à sua sombra habitavam todos os grandes povos.
7 Assim era ele formoso na sua grandeza, na extensão dos seus ramos, porque a sua raiz estava junto às muitas águas.
8 Os cedros no jardim de Deus não o podiam esconder; as faias não igualavam os seus ramos, e os plátanos não eram como as suas varas; nenhuma árvore no jardim de Deus se assemelhava a ele na sua formosura.
9 Formoso o fiz pela abundância dos seus ramos; de modo que tiveram inveja dele todas as árvores do Éden que havia no jardim de Deus.
10 Portanto assim diz o Senhor Deus: Como se elevou na sua estatura, e se levantou a sua copa no meio dos espessos ramos, e o seu coração se ufanava da sua altura,
11 eu o entregarei na mão da mais poderosa das nações, que lhe dará o tratamento merecido. Eu já o lancei fora.
12 Estrangeiros, da mais terrível das nações, o cortarão, e o deixarão; cairão os seus ramos sobre os montes e por todos os vales, e os seus renovos serão quebrados junto a todas as correntes da terra; e todos os povos da terra se retirarão da sua sombra, e o deixarão.
13 Todas as aves do céu habitarão sobre a sua ruína, e todos os animais do campo estarão sobre os seus ramos;
14 para que nenhuma de todas as árvores junto às águas se exalte na sua estatura, nem levante a sua copa no meio dos ramos espessos, nem se levantem na sua altura os seus poderosos, sim, todos os que bebem água; porque todos eles estão entregues à morte, até as partes inferiores da terra, no meio dos filhos dos homens, juntamente com os que descem a cova.
15 Assim diz o Senhor Deus: No dia em que ele desceu ao Seol, fiz eu que houvesse luto; cobri o abismo, por sua causa, e retive as suas correntes, e detiveram-se as grandes águas; e fiz que o Líbano o pranteasse; e todas as árvores do campo por causa dele desfaleceram.
16 Farei tremer as nações ao som da sua queda, quando o fizer descer ao Seol juntamente com os que descem à cova; e todas as árvores do Éden a flor e o melhor do Líbano, todas as que bebem águas, se consolarão nas partes inferiores da terra;
17 também juntamente com ele descerão ao Seol, ajuntar-se aos que foram mortos à espada; sim, aos que foram seu braço, e que habitavam à sua sombra no meio das nações.
18 A quem, pois, és semelhante em glória e em grandeza entre as árvores do Éden? Todavia serás precipitado juntamente com as árvores do Éden às partes inferiores da terra; no meio dos incircuncisos jazerás com os que foram mortos à espada: este é Faraó e toda a sua multidão, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 31)

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 29/01/2013
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