Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
PRIMEIRO O ESPÍRITO SANTO,
DEPOIS O TESTEMUNHO – Parte 1
 
Jesus mesmo, antes de ser elevado às alturas deu mandamentos aos apóstolos, por intermédio do Espírito Santo (At 1.2).
Seu ministério terreno também foi cumprido no poder do Espírito.
Por três anos, os apóstolos haviam acompanhado o Senhor, dando juntamente com Ele testemunho da verdade, curando enfermos, expulsando demônios, batizando os que se convertiam. Mas, agora é-lhes ordenado que permanecessem em Jerusalém, em oração, juntamente com toda a igreja, aguardando o cumprimento da promessa do derramamento do Espírito.
Os apóstolos já haviam recebido o Espírito Santo, quando o Senhor soprou sobre eles para que o recebessem (Jo 20.21,22), dizendo-lhes que os estava enviando assim como Ele fora enviado pelo Pai. Eles não poderiam dar testemunho do Senhor sem a capacitação do Espírito e sem que, eles próprios, tivessem uma experiência pessoal com Ele.
Mas o Senhor lhes disse que eles também receberiam, juntamente com outras pessoas, um batismo com o Espírito (At 1.4,5). Tendo feito na ocasião, menção ao batismo que João realizava nas águas. Ora, os que eram batizados por João faziam-no na expectativa de serem purificados de seus pecados e  de entrarem no reino dos céus. Mas o próprio João afirmava que ele era apenas um precursor daquele cujo batismo poderia realizar tal obra. O batismo que Jesus faria com o Espírito Santo.
Assim, para os apóstolos, que já haviam recebido o Espírito, aquele batismo seria um revestimento de poder. Para outros, a conversão de suas almas e/ou também revestimento de poder.
Fosse o que fosse, o grande fato é que a igreja começaria a ser formada em todo o mundo através do testemunho daqueles que haviam tido uma experiência pessoal com o Espírito, por meio da fé em Jesus.
O Espírito Santo revestiria os cristãos de poder para levarem a salvação em Jesus para além dos termos de Israel.
O derramamento do Espírito confirmaria a glorificação do Senhor junto ao Pai, depois de Sua morte, ressurreição e ascensão.
Tremendos dias eram aqueles. Neles estava ocorrendo o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas de Israel e aos profetas.
Um avivamento espiritual estava às portas. Eles não deveriam retornar para a Galileia, ao norte, mas permanecer em Jerusalém, onde estava o templo, e para onde viriam judeus de todas as nacionalidades para celebrarem a festa  de Pentecostes.
Imagine a cena: várias pessoas reunidas no dia da festa. Judeus vindos de todas as partes do mundo, falando as mais variadas línguas. De repente, como afirma a Bíblia, isto é, sem aviso prévio. Inesperadamente. Ouve-se o som de uma grande ventania dentro de uma casa onde várias pessoas estavam assentadas. Não havia vento algum, mas aquele som era bem conhecido de todos.
Algo diferente estava acontecendo. E não parou por aí. Também pousou sobre cada  um  deles  uma  língua  com aparência de fogo. Simultaneamente ficaram cheios do Espírito e começaram a falar sobre as grandezas de Deus em idiomas que eles não conheciam, mas que eram exatamente as línguas que falavam aquelas pessoas que se encontravam ao redor.  
Eles próprios não devem ter entendido o que falavam, mas os que os ouviam entenderam perfeitamente, a ponto de terem sido convencidos em grande número de que algo vindo do céu e não do homem, estava acontecendo.
Quando Pedro lhes explicou o significado daquela ocorrência, e que eles também poderiam receber o dom do Espírito, isto é, o próprio Espírito, desde que se arrependessem e fossem batizados em nome de Jesus para remissão dos pecados (At 2.38), cerca de três mil dentre eles aceitaram a palavra e foram batizados. 
A língua de fogo foi a palavra que receberam do Espírito. O testemunho não deve ser dado simplesmente pela nossa própria boca e baseado na nossa própria razão, mas no e pelo poder do Espírito.
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 31/01/2013
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