O VENCEDOR DA VIDA - Parte 1
Tudo o que está revelado na Palavra não é para o nosso próprio interesse pessoal, mas para que se cumpram os propósitos de Deus relativos ao Seu povo.
Olhemos por um pouco para a história da Igreja antiga, o povo de Israel, no período da restauração, quando Deus os trouxe de volta do cativeiro em Babilônia para a própria terra deles em Judá, e especialmente para a cidade de Jerusalém.
O que estava ocorrendo?
Qual era o propósito de Deus com aquela restauração da vida espiritual de Israel?
Era simplesmente o de alegrar alguns fiéis dentre o povo?
Qual era o caráter das pessoas chaves que Ele usou para liderar Israel?
Qual era o pensamento delas quanto à necessidade de serem espirituais e consagradas ao Senhor?
Olhemos para a rainha Ester disposta a morrer se fosse necessário, caso o rei não lhe estendesse o seu cetro, quando ela decidiu que intercederia junto dele para o livramento do extermínio de Israel sob o ardil de Hamã.
Olhemos para a atitude do povo e de Mordecai, que jejuaram e choraram amargamente por causa do decreto do extermínio do povo (Ester 4.1-3).
Olhemos para a atitude de Esdras, depois do povo ter retornado para Judá, mas não vivendo na santidade prescrita pelo Senhor na Sua Palavra.
Nós o vemos chorando diante do Senhor no templo, por causa do pecado deles, ao mesmo tempo que se dispôs a tomar providências para que eles fossem santificados (Esdras 1.6).
E finalmente, qual foi a atitude de Neemias quando soube do estado de miséria do povo que se encontrava em Jerusalém?
Porventura ele não chorou, lamentou por alguns dias e não jejuou e orou perante o Deus dos céus por causa daquela situação em que Israel se encontrava? (Neemias 1.3,4).
Tudo o que se encontrava em jogo para estas pessoas não era o que fosse do próprio interesse deles, mas a glória do nome do Senhor que não estava sendo santificado enquanto o Seu povo permanecia naquela condição de miséria espiritual.
Eles almejavam que a vontade de Deus fosse feita, conforme deve ser, na vida do Seu povo.
E por acaso o estado em que a Igreja de Cristo se encontra presentemente não é de necessidade de restauração em santidade, pela pregação da rude cruz?
E isto não é motivo para que choremos, lamentemos e jejuemos tal como Ester, Mordecai, Esdras e Neemias fizeram no passado?
Que o Senhor tenha misericórdia de nós, e que nos conceda um coração sempre contrito perante Ele, e nunca esquecido destas coisas, para que não venhamos a fixar o motivo da nossa consagração em nós mesmos, senão somente nEle e na Sua vontade.