Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
O VENCEDOR DA VIDA - Parte 3
 
A cruz nos impôs o abandono da confiança em nós mesmos e  a  inteira confiança no sangue de Jesus para que fôssemos salvos, e a mesma  cruz continuará nos impondo a necessidade de renúncia ao nosso ego e vontade para que haja a ação do poder do Espírito para a nossa santificação, e edificação da Igreja.
Ele fará o Seu trabalho se  formos  achados  submissos  e obedientes a Ele, não inativos, mas despertados em  nosso espírito,  e  não propriamente pela mera atividade das faculdades da nossa alma.
A  crucificação da carne com as suas paixões é realizada pelo Espírito com base na nossa escolha voluntária de renunciarmos ao modo de viver pela alma, para que possamos continuar sendo aperfeiçoados no espírito.
Este é o único modo de sermos frutíferos na obra de Deus, porque o trabalho  espiritual da nova criação em Cristo Jesus é realizado exclusivamente pelo Espírito, tal como Ele trouxe todas as coisas à existência na criação natural, sem necessitar do auxílio de mãos humanas.
Na verdade não somos propriamente nós que somos os agentes ativos deste processo, porque o que nos cabe é aceitar o trabalho de quebrantamento operado pelo Senhor em  nós,  de  maneira  que aprendamos a ser submissos à vontade de Deus, para que sejam implantadas em nós as virtudes de Cristo, que são designados como sendo o fruto do Espírito.
Assim, a chamada da cruz do Senhor Jesus é para nós odiarmos nosso viver pela alma de forma que nós achemos a oportunidade para perder isto e não preservá-lo.
Jesus disse que  quem  perder  a vida da alma achará a verdadeira vida do espírito.
É isto  que  significa a expressão "quem perder a sua vida por amor de mim vai  achá-la.".
O  Senhor falou do assunto de odiarmos a nossa própria vida (viver pela alma).
Assim não se  trata de prática religiosa, mas de uma assunto relacionado  à  essência mesma  da verdadeira vida. Por isso se fala de se achar ou de se perder a vida. De modo que "aquele que procurar salvar a sua vida perdê-la-á" (Mc 8.35); isto é, salvar este tipo de vida que é pelo viver pela alma  e  não  pelo  espírito.
Aqueles que vivem deste modo não poderão achar a verdadeira vida  espiritual que procede de Deus.
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 01/02/2013
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras