Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

DEUS É AMOR

 Por ser amor, Deus é a fonte da verdadeira vida. 
Não se pense do amor como sendo apenas oposto ao ódio, porque o amor é composto de muitas virtudes, além da bondade, conforme tudo o que se diz dele na Bíblia.
O amor divino que é derramado nos cristãos não é coisa de criança, e por isso o apóstolo Paulo  ao se referir ao amor em I Cor 13, afirmou que quando era criança fazia as coisas inerentes às crianças, mas depois que chegou a ser adulto, abandonou por completo as coisas relativas à infância. 
O amor divino está relacionado ao mundo real das coisas espirituais e que permanecem para sempre,  conforme elas são em sua própria essência, e não ao mundo irreal que é fruto da imaginação, que se encontra na mente e comportamento das crianças, conforme o demonstram nas brincadeiras que elas elaboram.
Por exemplo, se um menino brinca de carreteiro, ele usará um caminhão de brinquedo, com uma carga inútil, e tudo o que ele fizer para imitar a vida de um carreteiro estará bem longe da vida real que este leva com todos os afazeres em transportar cargas de uma localidade para outra.
Então, poderíamos dizer que o amor verdadeiro corresponde a realidades espirituais que só podem ser encontradas em plenitude no mundo daqueles que são maduros espiritualmente.
Como dissemos no início desta nossa breve reflexão, o amor não é apenas oposto ao ódio, como é comum se afirmar, porque ele é também oposto, como se vê em I Cor 13.4-8:
 
- ao temor de sofrer por amor a Cristo e ao evangelho, porque o amor é sofredor e perseverante em meio às tribulações e aflições. 
 
- à malícia e toda forma de maldade, porque o amor é benigno.
 
- à inveja e ao ciúme, porque o amor não é invejoso ou ciumento.
 
- à busca de glória pessoal em coisas vãs, porque o amor não se vangloria.
 
- à soberba, ou seja, ao orgulho, porque o amor não é soberbo.
 
- à falta de sobriedade e moderação, porque o amor nunca se porta inconvenientemente.
 
- ao egoísmo, porque o amor não busca os seus próprios interesses, mas os de outros.
 
- o amor é também oposto à impaciência, sobretudo em relação aos defeitos dos outros, porque o amor não se exaspera, ou seja, ele não se irrita, não se deixando provocar facilmente, sobretudo quando provado pelas injustiças e perseguições.    
 
- o amor não é vingativo, porque nunca se ressente do mal que nos possam fazer.
 
- o amor é também oposto à injustiça, porque se alegra somente com a prática da  justiça.
 
- à mentira, porque o amor se alegra somente com a verdade.
 
- à intolerância, porque o amor tudo pode sofrer e jamais desistirá de amar.
 
- à incredulidade, porque o amor crê em tudo o que a boca do Senhor tem proferido na Sua Palavra, ainda que nos doa a aplicação da Sua Palavra em nossas vidas nas coisas que quebrarão o nosso ego, tornando-nos mansos e humildes como o nosso Senhor.
 
- à desesperança, porque o amor sempre esperará com firme confiança no Senhor, no cumprimento de todas as boas promessas que Ele nos fez.
 
- ao desânimo diante das dificuldades porque o amor tudo suporta, e portanto, nada pode destruí-lo.
 
Por tudo isso o amor jamais acabará, diferentemente dos dons extraordinários sobrenaturais do Espírito Santo, como por exemplo os de profecia e de línguas, porque não estão ligados à natureza do cristão, tal como a graça do amor do Espírito. 
É portanto, somente quando se vive neste amor, que Deus se manifesta a nós, na expressão do Seu próprio amor para conosco, nos fazendo experimentar tal amor, em expressões da Sua aprovação e bondade, nas bênçãos que derrama em nossas vidas.
A obediência aos mandamentos de Cristo, que se cumprem, especialmente pelo viver no Seu amor, conforme o novo mandamento que Ele nos deu de nos amarmos com o Seu amor, ou seja, deixando que Ele próprio ame através de nós, é o que nos traz a Sua aprovação e bênção, que são manifestadas pela Sua própria presença, em cumprimento à promessa que nos fez em João 14.21:
 
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (Jo 14.21)
 
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 03/02/2013
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