A NATUREZA DO AVIVAMENTO

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A NATUREZA DO AVIVAMENTO – Parte 2

Tradução e adaptação feitas pelo Pr Silvio Dutra, do original em inglês do livro de autoria de William Sprague intitulado Conferências em Avivamentos, em domínio público.

2. Outra característica proeminente no estado das coisas que eu estou descrevendo, é o despertamento da convicção daqueles que têm até aqui sido descuidados. Às vezes a mudança neste respeito é muito gradual; e durante um tempo considerável nada mais pode ser dito que há apenas mais um ouvido escutando, e de forma mais séria, que a habitual, debaixo da pregação da Palavra; e este aumento de atenção é gradualmente amadurecido em solene e profunda convicção.
Em outros casos, a letargia reinante é repentinamente quebrada, como se tivesse sido atingida por um raio vindo da eternidade; e são ouvidas multidões indagando o que eles farão para ser salvos, simultaneamente.
O jovem, o velho e o homem de meia-idade; o moralista exemplar e ortodoxo, o fariseu arrogante, o infiel, o profano, o sensual, às vezes podem todos serem vistos com o mesmo espírito de ansiedade profunda; indagando a mesma pergunta de como escaparão das aflições ameaçadoras da perdição? (Isto demonstra que é somente o Espírito Santo que pode produzir na humanidade a convicção do que é o pecado e o temor pelo juízo futuro, e isto é visto de modo muito claro em avivamentos por causa de um derramar abundante do Espírito em suas operações – nota do tradutor).
Em alguns casos, a convicção que é sentida lembra o silêncio, e isto se aprende de olhares abatidos, ou de soluços abafados.
Em outros casos, a angústia profunda do coração vem para fora em expressões da solicitude mais dolorosa.
Esses que uma vez teriam desdenhado qualquer coisa que dissesse respeito à sua salvação, não hesitam agora em perguntar e receber instrução até mesmo do cristão menos esclarecido, quanto às circunstâncias de tudo o que estão sentindo e do sentimento de perigo que sentem e desejam saber como poderão escapar disto.
Toda a vergonha que sentiam antes quanto a este assunto eles lançaram aos ventos; e o desejo que os dirige agora, é o de como poderão achar aquela paz e esperança que estão cheias de imortalidade.
Há outros que são despertados parcialmente; de quem a atenção está em alguma medida excitada, mas não o bastante para incitar a qualquer decisão e esforço vigoroso.
Eles olham e veem o que está ocorrendo; e reconhecem a operação de Deus nisto; e às vezes manifestam um pouco de sentimento a respeito da própria condição deles, e expressam um desejo para que eles possam ter mais.
Regularmente não somente prestam atenção no usual mas em alguns dos meios extraordinários de graça, e não somente tratam o assunto inteiro com grande respeito, mas com seriedade decidida; mas afinal de contas não avança até o ponto decisivo de arrependimento, ou até mesmo de verdadeira convicção de pecado.
Neste estado eles permanecem frequentemente durante um tempo considerável; até que voltam ao seu descuido costumado; ou por um pouco de impulso novo, são levados adiante e se tornam o assunto de uma conversão genuína; ou então eles são levados embora no meio das suas resoluções tomadas, para um mundo onde aprenderão, para o custo eterno deles, que foi muito perigoso considerar uma ninharia tratar com o Espírito de Deus.
(Evidentemente, apesar de não ser citado pelo autor nesta parte do seu discurso, a pregação da Palavra conforme deve ser feito, com destaque tanto no pecado, nas consequências danosas eternas do pecado sem a redenção de Cristo, é o modo usado pelo Espírito para produzir tais convicções. Daí a importância da pregação apostólica em avivamentos, porque sem isto não é possível ter um tal trabalho do Espírito – nota do tradutor).
Ainda há outros pertencendo à mesma classe geral de pecadores despertados que lutam contra as convicções deles; cujas consciências lhes proclamam que estão perdidos, mas que tentam desacreditar o testemunho.
Estas pessoas às vezes se apressam com avidez a se abrigarem em seus negócios ou nos abrigos do prazer.
Eles se lançam em companhia vã, ou se ocupam com entretenimentos vãos, e em alguns exemplos aventuram negar o que está passando dentro deles, e zombam do que está acontecendo com eles.
Onde quer que você ouça ridicularização, e testemunho de oposição violenta em um avivamento de religião, é raramente possível que você deveria se equivocar, pensando que estes estão excluídos da lista dos pecadores despertados.
Há um despertamento, mas eles resistem a isto. A verdadeira conta disto é, que há uma guerra entre a consciência e as paixões. A consciência está acordada e fazendo seu trabalho, e o coração está em rebelião contra suas ordens, resistindo a se submeter à verdade da Palavra de Deus.

Silvio Dutra Alves

Enviado por Silvio Dutra Alves em 04/02/2013

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