Guardando para Não Perder
Nos é ordenado na Bíblia permanecermos completos, porque é possível ser esvaziados, por exemplo, do poder do Espírito, da sabedoria e do conhecimento divinos, do amor, da paciência, da fé, etc.
Esta é a importância do conhecimento real de Deus por experiência íntima com Ele.
Daí se ordenar que retenhamos o que recebemos e alcançamos, e façamos sempre um progresso cada vez maior, como vemos pelo uso da palavra grega “filassô” que significa guardar, vigiar para não ser furtado de algo, para não deixar fugir, para prevenir a perda, em textos como:
I Tim 6.20 – Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada ciência;
Timóteo tinha então o encargo de não perder o que havia recebido da parte de Deus, por uma vigilância constante para não permitir que fosse desviado da verdade do evangelho por conversas vãs e profanas e pelas oposições de um falso conhecimento sobre a pessoa de Cristo.
Lc 11.28 – Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a guardam.
Nosso Senhor nos recomendou não somente o ouvir a Palavra de Deus, mas vigiarmos para cumprirmos esta Palavra, e não perdermos nada daquilo que for aplicado da mesma pelo Espírito ao nosso viver.
Jo 17.12 – Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
É pelo poder de nosso Senhor, por meio do Espírito Santo, que somos guardados, ou seja, impedidos de nos desviarmos da verdade.
De modo que não devemos nos gloriar em nós mesmos pela nossa firmeza espiritual, apesar de se exigir de nós esforço e diligência para permanecermos em Cristo e no poder das coisas relativas ao reino dos céus, que são tomadas por esforço.
Grande parte deste nosso esforço consiste em nos arrependermos e em cedermos ao trabalho do Espírito pela renúncia ao nosso ego.