É possível fazer da própria Bíblia uma espécie de escudo para nos escondermos de Deus.

Muitos fogem de uma experiência profunda com o Espírito Santo, por terem temor disto, e preferem passar a imagem de pessoas religiosas lendo suas Bíblias, mas nunca se entregando de fato a uma verdadeira consagração a Deus, por uma comunhão vital com Jesus no Espírito.    

Como disse Tozer:

“É preciso lembrar que nós corremos o risco de perdemos Deus de vista em meio às maravilhas da Sua própria Palavra.”

“A doutrina que fala de uma experiência do coração, aceita pelo grande contingente dos santos do passado que possuíam o bom perfume de Cristo, hoje é substituída por uma interpretação superficial das Escrituras, que sem dúvida soaria como muito estranha para Spurgeon, Owen, Wesley, Brainerd, Withefield e outros.”      

O verdadeiro conhecimento profundo das Escrituras sempre será traduzido em verdadeiro e profundo conhecimento da pessoa do próprio Deus, e ser transformado por tal conhecimento, pelo crescimento que conduz à maturidade espiritual.

Nós temos por exemplo, a palavra “epignosis” no original grego para várias citações do Novo Testamento, tendo tal palavra o significado de conhecimento que é completo, preciso, que vem de um enchimento progressivo da pessoa do próprio Cristo até a sua totalidade.

Veja

Ef 1.16,17 - 16 não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, 17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele;

Então se ordena aos cristãos a busca de um conhecimento completo, preciso de Cristo.

Ef 4.13 – até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

Este alvo não é para o por vir, como muitos o entendem, mas é algo para ser atingido ainda aqui neste mundo, para que o Senhor possa manifestar a Sua glória através da Igreja.