Morte e Vida do Espírito 2
É comumente criada uma mistificação religiosa tão grande em torno dos assuntos relativos ao espírito, que ficamos sem a possibilidade, muitas vezes, de fazer uma justa avaliação e ter uma compreensão adequada da real condição do espírito humano.
Confunde-se faculdades da alma (mente) com faculdades do espírito.
Por exemplo, é comum se pensar que a razão e os sentimentos são faculdades do espírito, quando, na verdade, são partes das faculdades da alma.
O que sucede é que os homens estão dotados de uma alma com maiores possibilidades do que a dos demais seres vivos.
Não são infinitas, mas são enormemente ampliadas até se poder pensar que a capacidade do homem aprender é infinita.
Todavia, são faculdades de sua alma, conforme programada por Deus, para responder tanto à ligação com o ambiente exterior, e também interior, e sobretudo, a alma fora projetada para as ligações do espírito do homem com o espírito de Deus.
Mas, em decorrência do pecado original, o espírito do homem morreu, ou seja fica destituído totalmente da comunhão com Deus.
Ele se encontra em estado inativo de dormência latente, apesar de não estar extinto.
Ele não foi aniquilado pelo pecado, mas perdeu o seu poder.
Então, é somente por ser revivificado por Cristo, pelo fogo santo do Espírito de Deus, que o nosso espírito pode adquirir vida e poder.
Poder sobretudo para vencer e resistir à inclinação para o pecado, e também sobre as influências e investidas dos espíritos malignos.
Tanto é verdadeiro que é pelo espírito que se detém as paixões da alma, e todas as concupiscências (cobiças) da carne, que é pelo grande poder do Espírito Santo que o mal é detido no mundo.
Se não houvesse este controle do Espírito Santo em refrear o avanço do mal, em todas as suas formas de manifestação, mesmo naqueles que não conhecem e que não amam a Deus, este mundo já teria de há muito se tornado num verdadeiro inferno de violência e impureza geral, no qual seria impossível se viver.
Este controle do Espírito Santo está sendo removido gradualmente para que o homem saiba qual é realmente a sua condição de ser escravo do pecado, e isto é o fator que tem propiciado o aumento progressivo da iniquidade em todo o mundo.
Somente os que estiverem em Cristo, e que permanecem em Cristo, podem ser livrados dessa escravidão a este senhor terrível chamado pecado, em razão da contínua atuação do Espírito Santo revivificando e renovando seus espíritos, e eles terão isto, sempre que não apagarem ou entristecerem o Espírito Santo, por se afastarem da comunhão com o Senhor.