Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos
Justificados pelo Justo


 
Jesus foi oprimido e afligido nas mãos dos pecadores, no entanto Ele não abriu a sua boca para se defender, não porque não fosse justo que o fizesse, porque afinal não tinha qualquer culpa, mas Ele voluntariamente, tal como ovelha que permanece perante seus tosquiadores, nada disse em sua defesa porque sabia que importava se entregar para que pudéssemos ser livrados da condenação eterna que pairava sobre nós (Isaías 53.7).
No entanto, poucos sabiam deste mistério, e até o próprio Pedro havia tentado, por inspiração de Satanás, dissuadi-lo de não morrer em Jerusalém.
Deus mataria a morte com aquela morte do Seu Filho na cruz. Este era o objetivo de ambos, e deveria ser cumprido, conforme havia sido ajustado na Trindade, desde antes dos tempos eternos. 
Então, diferentemente daquilo que os judeus costumavam pensar, o Messias morreria, apesar de ser perfeito Deus e perfeito homem, portanto, não por qualquer imperfeição nEle, mas por causa da imperfeição daqueles que seriam salvos por aquela morte.
E ele seria sepultado do mesmo modo como são sepultados os ímpios, porque foi considerado um malfeitor pelos que o julgaram.
Mas estaria com o rico na sua morte, porque foi o rico José de Arimatéia que lhe deparou o lugar onde fora sepultado.
No entanto, isto não significava que fosse um malfeitor, porque o profeta afirma que isto sucedeu “embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.” (Isaías 53.9).
Ele não tinha pecado algum, mas foi da vontade do Pai esmagar o Filho, fazendo-o enfermar (enfraquecer e ser ferido) porque importava que fosse dado como oferta pelo pecado, porque ressuscitaria, porque é dito que veria a sua posteridade, ou seja, os que descenderiam dEle como filhos de Deus, e os seus dias seriam prolongados porque importa que a vontade do Pai prospere em suas mãos, a saber, é Ele que recebeu do Pai a responsabilidade de conduzir o Seu povo.
 Assim, Ele não seria retido pela morte, porque é dito que veria o fruto do trabalho da sua alma, e que ficaria satisfeito com o seu resultado, porque justificaria a muitos com a Sua justiça, porque carregou as iniquidades deles sobre si.
Pelo Seu trabalho o Pai lhe daria um galardão, honra e glória inigualáveis, por causa da Sua morte, não fazendo caso de ser contado como se fosse um transgressor, não o sendo, entretanto, foi por causa disto que pôde tomar sobre si o pecado de muitos, veja que não se diz de todos, porque tomou os pecados daqueles que nEle creem.
 
 
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 11/02/2013
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